Terça-feira, 5 de outubro de 2021 - 11h53
DISPUTA
Com a iminente fusão entre os partidos DEM e PSL em uma nova
legenda denominada União Brasil, o governador Marcos Rocha (PSL) e o senador
Marcos Rogério (DEM) começam a disputar nos bastidores a direção regional da
nova legenda. Uma disputa que deixará querelas a serem expostas na campanha
eleitoral de 2022, uma vez que ambos pleitearão o cargo de chefe do executivo
estadual.
AVEXADO
O governador tem declarado que o seu grupo político comandará o
Diretório Estadual da nova legenda, afastando, portanto, a possibilidade do
partido ser comandado pelo senador Marcos Rogério. Como retornou ao PSL pelas
mãos do presidente nacional da legenda, deputado federal Luciano Bivar,
deduz-se que Rocha obteve de Bivar as garantias de que será o comandante do
partido como anda propalando na mídia local.
TRAIÇÃO
O coronel Rocha esquece que o deputado federal Luciano Bivar tem
fama em Brasília de mudar de opinião conforme as circunstâncias e foi o
causador da desfiliação de Jair Bolsonaro da agremiação. Para manter a palavra
dada ao governador, Bivar dependerá das circunstâncias que serão conhecidas
somente após a fusão. O anúncio pode ter sido avexado e intempestivo e o
coronel pode ser compelido a dar meia volta volver.
SILÊNCIO
Ao tempo em que o coronel Rocha anuncia o comando do União Brasil,
o senador Marcos Rogério, líder do DEM no Senado e líder incondicional do
bolsonarismo na CPI da Covid, mantém-se silente observando os movimentos do
governador.
RUÍDO
A coluna procurou a direção nacional das duas agremiações para
constatar com quem fica em Rondônia mas as respostas foram todas evasivas, o
que leva a crer que nem o governador e nem o senador podem anunciar de forma
peremptória qual dos dois será o donatário do novo partido. O que perder esta
disputa perderá também espaço político para empinar a candidatura a governador
em razão do desgaste que o processo pode causar. Enquanto a tropa do coronel
anuncia que já ganhou a legenda, a do senador silencia. Dois comportamentos que
falam muito mais do que se possa escutar.
VERSÃO
Procurado por este cabeça chata para se pronunciar sobre o anúncio
do governador, Marcos Rogério revelou que tem visto todas as manifestações pela
imprensa sobre o tema e não vai enviar nenhum release relativo ao assunto. E
que não tem interesse em rivalizar com o governador de Rondônia ou qualquer
pessoa que esteja à frente de alguma função, seja pública, seja privada.
Informou ainda que rivalizar com um governador por questões políticas prejudica
a população que, por sua vez, não merece pagar uma conta de possíveis
divergências. Concluiu alegando que possui restrições à forma de administrar do
governador e que eventuais disputas eleitorais devem ser travadas no tempo
apropriado. Avisou ainda que não responderá qualquer provocação palaciana.
TEMPO
Ao finalizar o papo com a coluna, Marcos Rogério deu sinais de que
está tranquilíssimo em relação à fusão do
PSL e DEM. Lembrou que é um dos partícipes deste processo na condição de líder
do partido no Senado Federal e, portanto, o tempo confirmará com quem a direção
do novo partido União Brasil ficará. A experiência sugere que “quem fala demais
dá bom dia a cavalo”. Uma disputa que se ganha nos bastidores com menos no
barulho do que com açoite no ‘equus caballus’. Como diz o adágio: o
tempo é o senhor da razão.
MEIO AMBIENTE
Como a coluna havia previsto meses atrás, o Tribunal de Justiça
declarou a inconstitucionalidade da Lei Complementar Estadual n. 999, que
extinguiu 11 unidades de conservação ecológica no estado com a publicação do
acórdão do julgamento. A questão ambiental não tem sido uma prioridade para o
governador. Desde que ascendeu à chefia do
executivo estadual a visão tosca sobre o meio ambiente tem redundado em uma
inércia nas políticas de preservação que deveriam ser adotadas para garantir
que as nossas riquezas ambientais sejam duradouras para o desfrute das futuras
gerações.
REFIS
Os prefeitos, através da Associação dos Municípios, estão cobrando
do Governo de Rondônia que encaminhe ao Poder Legislativo um projeto de lei
concedendo às empresas devedoras de tributos a possibilidade de
refinanciarem suas dívidas de forma escalona e sem os juros extorsivos. Em
todos os estados o Refis está sendo adotado para que estados e municípios
possam contar com um bom reforço no caixa. Apenas em Rondônia este processo
anda moroso por razões inconfessáveis.
REFIS 2
Para se ter uma ideia da proporção de um Refis, sendo aprovado
imediatamente, mais de oito bilhões de reais incrementariam o comércio
estadual. Porto Velho, por exemplo, receberia aproximadamente cinquenta milhões
de reais. Os demais munícipios, conforme suas participações na distribuição do
ICMS, receberiam proporcionalmente alguns milhões para investimentos. Mas,
lamentavelmente, estabeleceram um limite obsequioso de duzentos milhões para
que as empresas devedoras possam parcelar suas dívidas, ao invés de liberar
para o pagamento escalonado de toda a dívida. Aliás, único estado do país que
optou em limitar o refinanciamento.
REFIS 3
A cobrança de créditos tributários à vista é
complexa e segue um emaranhado jurídico quando as empresas optam por
judicializar. Um lei que abra caminho para que as empresas possam quitar suas
dívidas tributárias em condições de manter os postos de trabalho é uma saída
jurídica que vem sendo adotada anos a fio com soluções exitosas. E por qual a
razão que em Rondônia esta possibilidade é morosa e limitada? Com a palavra o
parlamento estadual.
ESPÍRITO PÚBLICO
Uma coisa é certa: prefeitos, vereadores e o próprio governo têm
interesse em resolver a questão com um Refis sem limitações, o que refletiria
em mais recursos a serem investidos em favor da população já que as empresas
devedoras querem resolver suas pendências tributárias. É incompreensível que
créditos prontos para serem utilizados estejam à mercê de entraves que exigem
do agente público um desprendimento maior que a forma como exerce sua
função.
INVIABILIDADE
Não apenas os prefeitos devem estar mobilizados, é preciso que
todos os segmentos produtivos e empresariais do estado tenham coragem de cobrar
que seja aprovado o refinanciamento das dívidas tributárias. Não é novidade
este tipo de refinanciamento, visto que o contribuinte individualmente também é
beneficiário de tempos em tempos de uma legislação da mesma natureza para que
não se inviabilize civilmente. Já as empresas para que não inviabilizem suas
mercancias. O refis exige rapidez política e espírito público, já!
O ex-senador Valdir Raupp pode retornar à ribalta política em 2026
PLO encontro promovido em Ji-Paraná pelo PL revelou mais no que não foi dito do que o que falaram em seus discursos os líderes da direita rondoniens
Deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) adiantou que projeta sair candidato a governador
PROJETOEm conversa com este cabeça chata, o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) adiantou que projeta sair candidato a governador dependendo do cen
As eleições municipais rondonienses traçaram um novo cenário
TRANSIÇÃOAs equipes de transição foram indicadas pelo prefeito eleito Leo Moraes e pelo atual prefeito Hildon Chaves para que todos os dados sejam pr
Somente alguém muito ingênuo não previa pressão dos vereadores eleitos sobre o novo prefeito
TRANSIÇÃONão tem motivo para o prefeito Hildon Chaves não acolher o pedido do prefeito eleito Leo Moraes para adiantar a transição. Leo precisa de t