Terça-feira, 28 de fevereiro de 2012 - 11h22
Um ano depois...
Completando um ano do falecimento do jornalista Paulo Queiroz verificamos o quanto o jornalismo rondoniense empobreceu desde a sua partida: uma lacuna ainda a ser preenchida.
Cabo véio
O cabo véio (era assim que nos cumprimentávamos) faz muita falta. Ainda guardo o e-mail que me postou momentos antes da partida. Daqui de baixo, rendo todas as homenagens possíveis ao amigo do andar de cima. Paulo Queiroz deixou um legado de um profissional correto, decente e amigo.
'Ceariba'
O texto de Paulo era inconfundível: inteligente e magnífico. Quando escolhia um político como alvo me avisava com antecedência e colhia eventualmente minhas opiniões. Era um grande mestre. Forjou o termo 'Ceariba' para justificar a origem e o amor: nasceu no Ceará, mas adorava dizer que era da minha Paraíba (onde foi criado desde os dois anos). Suas colunas deveriam ser publicadas num livro. Uma memória viva de parte da história política e boêmia de Rondônia. Uma grande falta faz o 'Cabo Véio'.
Corredor da morte
Passam os anos e os problemas velhos surgem de novo. Não é de hoje que o traçado da BR 364 ceifa vidas. De pessoas ilustres a cidadãos mais simples. Projetada a três décadas, hoje é um dos principais corredores para escoamento de grãos do maior produtor de soja do país (Mato Grosso). Estreita, sem acostamento adequado, sem sinalização perfeita e sem fiscalização preventiva, a BR 364 vai se tornando o corredor da morte. Com a palavra as autoridades, antes que outra morra!
Eleições
Tudo começa depois do carnaval, diz o adágio popular. Março chega com a pauta das eleições municipais e algumas movimentos paredistas pipocando por aí. Os líderes dos principais partidos políticos olham o calendário eleitoral para definir seus projetos. Na capital, por exemplo, as definições ainda vão demorar porque os nomes especulados ainda não empolgaram.
Enquadramento
Mauro Nazif (PSB) garante que vai à disputa independentemente das coligações. É um nome que tem agregado apoio da maioria dos sindicalistas, especialmente na saúde, mas vai ser obrigado a construir novos apoios partidários que aumentem seu tempo na televisão. Aí surge um novo problema: melhorar a imagem e o discurso no vídeo.
Mito
Mauro Nazif é um político a moda antiga e resiste aos truques de marketing. Vai ser obrigado a se enquadrar para suavizar a imagem e quebrar alguns mitos negativos que pesam sobre sua forma de viver. É um adversário que não pode ser subestimado, visto que virou obstinação ser eleito prefeito de Porto Velho.
Indecisão
Lindomar Garçon (PV), pré-candidato, pode ser convencido a desistir e retomar seu projeto de voltar a Câmara dos Deputados (de onde foi retirado de forma nebulosa) com as bençãos palacianas. É o nome que agrega como vice em qualquer coligação. Se decidir disputar a prefeitura da capital a qualquer custo não terá nada a perder.
Cascata
A pré-candidatura do vereador Mário Sérgio, lançada com pompa por uma legenda 'nanica', não pode ser levada a sério. O objetivo do vereador é ser convidado para figurar de vice de uma candidatura mais densa. Leia-se aí PMDB, PT, PP ou PSB.
Fumaça preta
No que pese as ressistências do grupo liderado pelo prefeito Roberto Sobrinho contra o grupo da ex-senadora Fátima Cleide, dificilmente o alcaide da capital consiga impedir que ex-senadora seja a indicada pelo Partido dos Trabalhadores para sua sucessão. Fátima é membro do Diretório Nacional e conhece como ninguém os caminhos das pedras e das entranhas petistas. Ademais, sua pretensão é chacelada pelos principais 'cardeais' do partido ligado ao "papa" Lula.
Indecisão
Já na seara peemedebista os problemas não são diferentes do PT. Dois nomes são especulados como pré-candidatos: David Chiquilito e Abelardinho Castro. Nem um dos dois conseguiu até o momento força suficiente para garantir a indicação. Uma cadidatura própria do PMDB, em Porto Velho, dependerá de outros fatores, a exemplo do desempenho do governo. Aliás, nem a coligação com os petistas está descartada. No que pese as dificuldades existentes.
Acirramento
A disputa está acirrada pela reitoria da Universidade Federal de Rondônia entre os cinco professores que concorrem ao pleito. A coluna apurou que os dois candidatos mais postados atualmente são Berenice Tourinho e Ene Glória. Os ânimos em nossa academia continuam exaltados. Contudo, os dois postulantes, doutores, possuem currículos respeitáveis.
Fiel da balança
O curioso é que, segundo uma fonte da coluna, ganha a reitoria da Unir aquele candidato que contar com os votos dos docentes liderados pelo ex-reitor Januário Amaral, que renunciou ao cargo depois de denúncias. Amaral, antes execrado por todos, agora é o fiel da balança.
Verdade restabelecida
Ao invés de apresentar uma proposta mais condizente com as reivindicações dos trabalhadores em educação em greve (algo maior do que ofereceu aos professores e menor do que eles pediram), Júlio Olivar, dublê de Secretário de Educação, parte para a provocação com um artigo inapropriado num momento de crise. Quando militava no PCdoB o discurso era veemente. Hoje, no governo, a ação é outra. Como ele mesmo escreveu: Nada do que a verdade restabelecida. Com justiça e paz!
Caos
Dias atrás o caos estava circunscrito à Saúde. Agora é na educação. Amanhã, anotem, será na Segurança. Faltam interlocutores ao governo. Aliás, falta governo. E pouco para o caos!
Inundações
As chuvas estão castigando a maioria dos estados do Norte do país, incluído aí Rondônia. Mas a administração de Roberto Sobrinho (PT) contribuiu com suas obras inacabadas para que as inundações cobrissem as ruas da capital. São Pedro abriu as torneiras do Céu e Sobrinho fechou as de Porto Velho.
Cadafalso
Através de recursos procrastinatórios e bem formulados, o deputado federal Natan Donadon (PMDB) tem conseguido escapar da guilhotina e mantém-se firme no mandato de deputado federal. Mas o tempo do parlamentar está se findando e os recursos deverão ser fulminados. Enquanto isto, tem salvado o pescoço, mas não o bastante para escapar do cadafalso.
Empulhação
Em viagem na cometiva da presente Dilma Rousseff a ministra do Planejamento Miram Belchimot somente receberá o governador de Rondônia e os membros da bancada federal em sua volta, nesta quinta-feira. Isso se o Palácio Getúlio Vargas confirmar a audiência. Na pauta a transposição que emperrou nos escaninhos da gaveta de algum burocrata do Ministério do Planejamento. O governador Confúcio Moura disse no interior que vai falar grosso. Esperamos que sim. E chega de empulhação!
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