Quarta-feira, 25 de maio de 2022 - 10h24
IMPOSIÇÃO
Há um burburinho nos bastidores políticos de que o senador Flávio
Bolsonaro esteja pressionando o senador Marcos Rogério (PL) para que com a
deputada federal Mariana Carvalho (Republicanos) façam uma composição nas
eleições estaduais. O problema é que Rogério já está recebendo outra pressão
para que ceda a vaga a Jaime Bagattoli, embora Expedito Junior (PSD) seja o
predileto para a composição na chapa de Marcos Rogério.
DISTANTES
Apesar das pressões e dos burburinhos, o senador Marcos Rogério e
a deputada federal Mariana Carvalho continuam distantes e ainda não falaram
sobre eventuais composições desde que a parlamentar decidiu acompanhar o
prefeito da capital ao evento promovido em março com as pompas do “já ganhei”
para anunciar o apoio de Hildon Chaves à reeleição do governador Marcos Rocha
(União Brasil).
QUEIMAÇÃO
No evento promovido pelo governador, a família Carvalho esteve
presente, chegou a ensaiar uma adesão ao governador com registro de fotos com V
de vitória. No dia seguinte a mídia chapa branca chegou a decretar a reeleição
do governador e tirou sarro com a oposição que, na oportunidade, passou recibo.
Passada a folia do evento e a oposição se rearticulando, ao que parece o
entusiasmo de então dos Carvalhos não durou as labaredas das fogueiras de São
João. E quem tem medo de se queimar foge de fogo como o cão da cruz.
SIAMESES
Quem acompanha o monitoramento interno dos partidos sobre o humor
dos eleitores sabe muito bem do que a coluna está a falar uma vez que reside na
capital a maior rejeição ao governo Marcos Rocha. E é neste colégio eleitoral
de Porto Velho que a deputada Mariana conta uma votação expressiva para
catapultá-la à vaga senatorial. Mas aliada a quem é rejeitado a conta fica mais
difícil para somar no resultado final do escrutínio das eleições. Pode ser que
em razão desta realidade a família tenha acionado o primogênito dos Bolsonaros
para pressionar o PL a ceder a vaga senatorial à primogênita dos Carvalhos.
PRIVILEGIADO
A coluna sondou uma fonte ligada ao senador Marcos Rogério, visto
que ele não atende telefonema deste colunista, e confirmou que há pressão do
filho mais velho de Bolsonaro (senador Flávio) para que Mariana dispute o
senado na mesma chapa de Rogério. Disse ainda que em relação a Expedito Junior
(PSD) e Jaime Bagattoli (PL), Marcos Rogério está propenso a aceitar que os
três sejam candidatos e que juntos subam no seu palanque. Isto significa que
neste cenário, Bagattoli, filiado ao PL, seria em tese o mais privilegiado pela
similaridade do número ao bolsonarismo. Embora numa campanha eleitoral nem
sempre o favoritismo inicial seja confirmado no resultado final da eleição.
LOROTA
Quem se prepara para disputar uma eleição majoritária de
governador, por exemplo, não escolhe os adversários. Cada eleição tem suas especificidades
próprias e raramente o cenário pretérito se repete no presente. É uma lorota
achar que uma candidatura de Vini Miguel ao governo prejudica a do Léo Moraes,
como se o eleitor fosse o mesmo. Mesmo que parte do eleitor mais jovem tenha
similitude com as propostas de ambos, esta aparente coincidência não chega nem
perto dos percentuais que alguns aprendizes a bruxos profetizam por aí. Vamos
para uma eleição com adversários da mesma raiz: Marcos Rogério e Marcos Rocha
e, dois com características de mudanças parecidas, Léo Moraes e
Vinícius Miguel. Um eventual segundo turno, tudo indica que
ocorrerá, tende a cruzar o velho com o novo numa disputa espetacular.
RAIZ E NUTELA
A possibilidade de dois candidatos a governador com o mesmo tronco
passarem para o segundo turno, para este cabeça chata, é mínima uma vez que o
eleitor “nutela” não utiliza a mesma lógica do eleitor convertido em suas
escolhas. Quem estuda as eleições rondonienses desde a primeira pós-estado,
verifica que o MDB foi quem mais venceu e saiu vitorioso porque conseguiu
dialogar com o eleitor mais de centro do que dos extremos.
TITANIC
No evento do União Brasil de março que ressoou como a arrancada do
governador à reeleição, onde reuniu a maioria dos deputados federais,
estaduais, dezenas prefeitos, vereadores, entre outros, esta coluna ousou de
cravar que o barco reuniu gente tão diversa que tinha tudo para afundar,
especialmente em razão das promessas mirabolantes para aliciar apoios. Dois
meses depois, vemos que hoje a canoa governamental começa a fazer água com os
roedores sendo os primeiros a tentar se salvar. Ainda não afundou, mas rema
contra uma maré que se forma para tragá-lo.
EMBROMAÇÃO
Não é nova a ladainha dos políticos em culpar a imprensa pelo
inferno astral em que se metem. Marcos Rogério não é diferente e ataca a mídia
local por noticiar fatos que são desabonadores à postura moral que exige do
próximo. Ao invés de esclarecer tais fatos, aliás verdadeiros, opta por repetir
a mesma empulhação para fugir das explicações. Faça o que falo, mas não faça o
que faço. É com este adágio que o senador foge da imprensa local. Embora a
coluna tenha apurado que o assessor enrolado com supostos ilícitos de
entorpecentes tenha sido nomeado por indicação de um amigo. Apesar de que o ato
em si recaia com razão nas costas de quem nomeou.
SHOW
A Rondônia Rural Show é hoje a principal feira de negócios do agro
da Região Norte. Quem esteve na abertura comentou a bela organização com que o
evento vem sendo promovido a cada ano. Não faltaram ao evento o desfile de
políticos e prováveis candidatos abordando os eleitores. O governador Marcos
Rocha, por exemplo, depois de três anos recluso no palácio, caminhava com os
apaniguados entre as pessoas sem causar nenhum furor a quem ele cumprimentava.
Foram poucas pessoas que o abordaram para uma selfie. A feira de negócios
existe independentemente do governo.
VIOLÊNCIA
É assustador o número crescente de violência constatado por órgãos
governamentais em Rondônia. Não se ouve um pio do governador para diminuir esta
realidade e não se conhece uma estratégia para que as ações governamentais
sejam exitosas. Mas o governador pede mais quatro anos para tentar melhorar
aquilo que é de sua responsabilidade. Num debate, esta pergunta é obrigatória
para que os números sejam contraditados. Caso possam…
O ex-senador Valdir Raupp pode retornar à ribalta política em 2026
PLO encontro promovido em Ji-Paraná pelo PL revelou mais no que não foi dito do que o que falaram em seus discursos os líderes da direita rondoniens
Deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) adiantou que projeta sair candidato a governador
PROJETOEm conversa com este cabeça chata, o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) adiantou que projeta sair candidato a governador dependendo do cen
As eleições municipais rondonienses traçaram um novo cenário
TRANSIÇÃOAs equipes de transição foram indicadas pelo prefeito eleito Leo Moraes e pelo atual prefeito Hildon Chaves para que todos os dados sejam pr
Somente alguém muito ingênuo não previa pressão dos vereadores eleitos sobre o novo prefeito
TRANSIÇÃONão tem motivo para o prefeito Hildon Chaves não acolher o pedido do prefeito eleito Leo Moraes para adiantar a transição. Leo precisa de t