Terça-feira, 8 de novembro de 2016 - 21h16
Resenha política
Robson Oliveira
Lista
Na capital federal não se fala de outra coisa senão a lista de autoridades feita em delação premiada pelo mandatário da Odebrecht, principal empreiteira do país enrolada na operação Lava Jato. Dizem que mais de trezentas personalidades do mundo político e adjacências serão denunciadas por malfeitos nos rolos com a empreiteira. Governadores, senadores, deputados federais, prefeitos e vereadores estão na lista. Além de ministros de outros poderes. Pelo burburinho brasiliense não sobrará um nome dos conhecidos para disputar as eleições presidenciais em 2018. A ver!
Mudanças
Eventual candidato a governador em 2018, o senador Acir Gurgacz (PDT) está avaliando a possibilidade de trocar de partido para evitar que seja surpreendido com a obrigatoriedade do PDT em apoiar Ciro Gomes a presidente da república. O senador rondoniense já assuntou o PR, PMDB, PSDB e PSB. Como poderá mudar de partido sem perder o cargo - já que o STF decidiu que detentores de cargos majoritários podem trocar de partido sem ferir a regra da fidelidade partidária, Gurgacz tem até início de outubro do próximo ano para decidir a legenda a qual ingressará para disputar o Governo de Rondônia. As negociações começaram.
Regabofe
O prefeito eleito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), convidará os membros da bancada federal em Brasília para um regabofe quando pretende pedir ajuda (emendas) para as diversas áreas da capital. A data ainda não está definida, mas a coluna apurou que deverá ocorrer nos próximos dez dias num restaurante brasiliense. Mariana Carvalho (PSDB), Lindomar Garçon (PMDB) e Luiz Cláudio (PR), deputados federais que apoiaram o prefeito eleito, deverão ser seus interlocutores junto aos demais membros da bancada.
Reforço
Estados e municípios terão um bom reforço de caixa neste final de ano com a repatriação dos recursos oriundos do exterior. A previsão é que uma nova autorização legislativa mais elástica de repatriação de recursos enviados ilegalmente para o exterior deverá ocorrer no início de 2017. Mais um reforço extra-orçamentário aos prefeitos empossados que vão encontrar as prefeituras zeradas.
Escapando
O processo que dormita no Supremo Tribunal Federal contra o senador Ivo K-SOL (PP) e que o torna inelegível por oito anos, quando definido, deverá ser declarada a extinção da punibilidade. Trocando em miúdos, K-Sol escapará da punição por razões processuais.
Inabilitação
Para que ele (K-SOL) fique inabilitado nas eleições de 2018, é preciso que a Justiça Estadual julgue em tempo hábil os recursos interpostos às decisões de primeira instância da justiça de Rolim de Moura. São ações de natureza própria que não são atraídas pelo STF decorrente da prerrogativa de foro que detém o senador. Caso contrário, K-Sol estará apto a disputar as eleições de 2018. Quem viver verá!
Vespeiro
Inconformado ainda com a sova que levou do professor Ari Ott na disputa da reitoria da Unir, um pequeno grupo de professores pressionou membros da bancada federal para interferir junto ao MEC para que seja nomeado reitor o segundo colocado da lista. Senadores e deputados federais sondam para verificar a extensão do barulho e percebem que mexer nesse vespeiro não é um bom negócio político. E não é mesmo, pois o que uma comunidade acadêmica não perdoa é mudança de regra depois do jogo jogado. Ainda mais se tratando de democracia interna e autonomia universitária. O político que meter o bedelho vai sair picado desse vespeiro. Ott venceu as eleições da Unir de forma limpa e convincente. Aos perdedores, as dores da sova.
Desmilinguido
Tão grave quanto em outros estados é a situação eleitoral do PT de Rondônia que, depois de eleger prefeitos e vereadores em várias cidades importantes, a exemplo de Jaru, Cacoal, Presidente Médici e Guajará, entre outras, conseguiu eleger apenas um prefeito nestas eleições. Na capital sequer conseguiu alcançar o coeficiente mínimo para eleger um vereador. Nas eleições estaduais vindouras a situação não é alentadora e a debandada do partido começou. Padre Ton, após abandonar o sacerdócio para se dedicar ao partido, presencia uma debandada avassaladora e está cada vez mais isolado em suas pregações.
Escárnio
Parece que caiu a ficha da edilidade de Porto Velho ao desistirem de aumentar os salários para mais de 18 mil reais, além de vários penduricalhos denominados verba de gabinete. Os vencimentos pagos atualmente aos vereadores da capital são suficientes para viverem de bem com a vida, visto que a maioria esmagadora dos barnabés do município não percebe trinta porcentos desses vencimentos. Aumentar salários de políticos na atual crise do país é um escárnio.
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