Terça-feira, 31 de maio de 2022 - 13h18
NEGACIONISMO
O negacionismo bolsonarista contra a ciência não está circunscrito
apenas às vacinas contra o coronavírus. A negação da vez agora são as pesquisas
de intenção de votos que têm dado a fatura no primeiro turno favorável ao
ex-presidente Lula.
NEGAR
É verdade que as pesquisas retratam o momento de quando foram
apuradas e mudam conforme as circunstâncias eleitorais. O problema é que as
divulgadas até o momento registram um fenômeno antes nunca acontecido em
período pré-eleitoral: sete em cada dez eleitores teriam definido em quem votar
entre Lula e Bolsonaro. Portanto, não restariam muitas alternativas aos
bolsominions senão negar, negar e negar as pesquisas para desacreditá-las e, em
seguida, as urnas eletrônicas.
JUSTIFICATIVAS
A cada pesquisa divulgada a reação de indignação é a mesma, embora
nenhum instituto tenha detectado Bolsonaro ultrapassando Lula. Demonizam as
pesquisas sob a justificativa de que por onde Bolsonaro passa parte da
população comparece para abraçá-lo. Além do número enorme de motos nas famosas
“motociatas”. Alegam também que Lula não consegue fazer um evento público por
suposto medo de reação negativa da população. Ambas justificativas não estão
sendo detectadas pelas pesquisas, razão pela qual a saída que resta é
negar.
DECISÃO
Política é como nuvem, já profetizava o ex-senador mineiro
Magalhães Pinto. Mesmo com um quadro estável e bem favorável ao candidato
petista Luís Inácio da Silva, ainda teremos um caminho longo e bem conturbado a
enfrentar até outubro. A parada não está decidida antecipadamente, mas não
havendo nada de extraordinário nos próximos sessenta dias e se o quadro se
mantiver da mesma forma será a primeira vez em nossa história política recente
que a decisão eleitoral é tomada antes da apuração. Isto na hipótese de a nuvem
não mudar de lugar até lá.
LOROTA
Não há a mínima hipótese, segundo o ex-senador Expedito Junior, da
esposa Val Ferreira ser candidata a vice-governadora ou outro cargo qualquer
nestas eleições. Segundo JR, a própria Val Ferreira desestimula qualquer
especulação sobre candidatura porque estará empenhada em reeleger o filho,
deputado federal Expedito Neto, para mais um mandato. É lorota a
especulação.
RETORNO
Apesar dos apelos para que retorne à disputa nestas eleições à
vaga senatorial, o ex-senador Valdir Raupp ainda avalia as probabilidades
eleitorais e pode sim aceitar disputar uma vaga na Câmara Federal. Quanto ao
Senado Federal, ele próprio falou à coluna que fica provavelmente para a
próxima eleição. Com a carreira política fulminada nas eleições passadas devido
às imputações da lavajatismo, agora absolvido, muitos prefeitos torcem para a
volta do senador que fazia do seu gabinete em Brasília uma extensão dos
interesses municipalistas de Rondônia.
REAÇÃO
A reação contundente do senador Confúcio Moura (MDB) às
provocações do governador Marcos Rocha, durante a Rondônia Rural Show, acusando
o ex-governador de ter deixado um rombo nas finanças do estado, revela o quanto
é lerdo o chefe do executivo estadual quando abre a matraca para falar de política.
DESMENTIDO
Isolado no próprio palácio muito antes da epidemia, Marcos Rocha
resolveu percorrer o trecho em busca de mais um mandato e estreou improvisando
palavras ríspidas contra seu ex-patrão. Chamado de ingrato, blefador e
incompetente pelo ex-chefe (Rocha foi auxiliar de Confúcio), o governador bateu
pino e desdisse o que efetivamente disse ao isentar Confúcio Moura do suposto
rombo nas finanças estaduais. Em entrevista a uma emissora de TV local, o
governador negou que a crítica tenha sido endereçada a Confúcio Moura e
esclareceu que era para Daniel Pereira, também ex-governador.
PROVÉRBIO
Daniel Pereira, assim como Confúcio Moura, negou que tenha deixado
uma herança orçamentária maldita para o novo governador Marcos Rocha. Em nota,
que inicia com o provérbio: “Conheceis a verdade, e a verdade vos libertará”,
explicou que: “Quando da realização do segundo turno das eleições para
governador, por manifestas disposições legais, a proposta orçamentária para o
ano 2019 já se encontrava na Assembleia Legislativa para discussão e
votação’.
PROVÉRBIO II
Continuou a nota com uma acusação grave: “Imediato às eleições,
foi disponibilizada abertura total para os ajustes que o novo governador
achasse necessário na proposta orçamentária de 2019, no que ele nunca
demonstrou o menor interesse; além do desinteresse quanto ao orçamento de 2019,
somente veio nomear seus secretários no dia 04 de janeiro de 2019, deixando
acéfala a administração estadual por três dias”, reagiu Daniel Pereira. A
campanha nem bem começou e o governador cutuca com vara curta quem já esteve ao
lado. E os ensinamentos de Galileu ao caso caem como luva: ‘duas verdades nunca
podem se contradizer’. A estreia do governador no improviso da reeleição, como
vimos, foi um horror. Melhor voltar ao isolamento. E a verdade salvará...
INTROMETIDO
Embora Marcos Rocha tenha minimizado as críticas ao senador
Confúcio Moura, o ex-secretário de educação e candidato a candidato a deputado
estadual, Suamy Vivecananda, resolveu se intrometer na contenda e baixou o
verbo contra o governo do senador Confúcio Moura. Não economizou nem no verbo e
nem nos adjetivos. Uma intromissão que tende a afastar de vez o MDB de uma
possível união com candidatura à reeleição de Marcos Rocha. O senador que não é
otário e é mestre em política, ignorou o puxa saco do governador e deu de
ombros aos impropérios.
DENÚNCIA
E por falar em Suamy Vivecananda, a coluna recebeu algumas
denúncias de que o pré-candidato estaria utilizando a estrutura da secretaria
estadual de educação, onde respondeu como secretário por três anos, para
supostamente divulgar suas propostas de campanha sob a manobra de palestras. A
coluna conseguiu comprovar que as palestras ocorreram nas dependências das
escolas, embora elas (palestras) em si não sejam vedadas, mas é bom ficar de
olho se a secretaria convocará outros palestrantes pré-candidatos para falar
sobre educação, ou se o privilégio é somente para o ex-secretário.
PERDA
É uma perda política para o estado de Rondônia a desistência do
ex-prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires, em disputar uma vaga no Congresso
Nacional. Trata-se de um político íntegro, moderno, inteligente e capaz de
fazer um belo trabalho no Congresso Nacional. Em razão da desistência este
cabeça chata ficou sem uma boa opção para a Câmara Federal. Restará passar o
que sobrou na peneira para verificar o que se aproveita, visto que não votamos
em branco nem nulo.
ORDEM
É uma vergonha o aumento de mais de 15% nos planos de saúde
autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Coube ao deputado
federal Léo Moraes (Podemos) apresentar um decreto legislativo na Câmara
Federal para conter o ímpeto da majoração dos planos de saúde. Não fosse o
parlamentar, o que já é caro para as famílias ficaria mais caro. É de longe o
melhor e mais resolutivo parlamentar representante rondoniense no Congresso
Nacional. Está preparado para voos ainda maiores.
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