Segunda-feira, 28 de setembro de 2015 - 19h43
Incompetência
Nem quando tenta fazer a coisa certa a administração de Mauro Nazif, prefeito de Porto Velho, consegue agradar. Um exemplo da coisa certa por vias errada foi a colocação do semáforo na confluência entre as avenidas Imigrantes e Lauro Sodré, quando decidiram colocar para funcionar, exatamente na hora do rush e de uma feira no Parque dos Tanques, formando filas enormes em todas as mãos de ambas as avenidas. O responsável pela incompetência não escapou dos xingamentos dos motoristas que retornavam para suas residências. O calor escaldante ajudou os condutores a estenderem também os impropérios ao prefeito Mauro Nazif.
Nervosos
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a julgar nesta quarta-feira (30) o recurso interposto pela defesa de Confúcio Moura, cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral por abuso de poder econômico. A pauta foi publicada nesta segunda-feira (28). Embora no Palácio Vargas ninguém comente o julgamento, era visível a alteração no comportamento de muitos auxiliares do governo. Pense num povo nervoso!
Imprevisibilidade
No julgamento de Confúcio Moura o TSE vai se debruçar com teses novas relativas à extensão do dano de abuso de poder. Ninguém arrisca um resultado, apesar dos peemedebistas alardearem uma suposta influência partidária sobre as cortes superiores. Tudo papo furado. A maré não é favorável aos políticos em Brasília. Mesmo analisando votos proferidos pelos ministros em situações similares, nenhum deles se enquadra ao caso concreto. O resultado é imprevisível e qualquer prognóstico é mero exercício de especulação.
Inelegível
Quem também está em situação jurídica complicada é o deputado estadual Alex Redano. O TSE julga nesta terça-feira um recurso para refazer a decisão do Tribunal Regional Eleitoral que deixou o parlamentar inelegível quando disputou as eleições municipais para vereador de Ariquemes em 2012. Enquadrado em 2014 na Lei da Ficha Limpa, Redano conseguiu o registro para disputar a vaga de deputado estadual provisoriamente. Na pauta estão os embargos, os autos principais vão a julgamento nos próximos dias. Dificilmente livra o mandato.
Oposição
Quem assistiu ao programa nacional do PMDB, exibido semana passada em rede nacional, se surpreendeu com o tom ácido e oposicionista ao mesmo governo que o partido ofereceu oito nomes como sugestão para ocupar ministérios. Há uma máxima na capital federal que diz: ninguém governa sem o PMDB. Ao que parece o partido pensa em governar só! Pelo menos é o que dá para deduzir das falas dos próceres durante o programa do partido.
Descaso
Foi protocolada junto à Corte Interamericana, nos Estados Unidos, uma denúncia contra o descaso de nossas autoridades estaduais e municipais em relação ao abandono da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Pode parecer bobagem, mas não é. Denúncias dessa natureza criam problemas de ordem econômica e política para o estado. Nem a intervenção judicial local conseguiu obrigar as autoridades afetas à EFMM a recuperarem aquele complexo histórico. O jeito foi apelar para uma corte internacional.
Modernidade
A atual gestão da OAB-RO tem se destacado por investir nas subseções dotando-as de estrutura física e tecnologia para atender ao advogado. Na capital, além de vários cursos, palestras, campanhas e salas nas esferas judiciais e policiais para melhor atender ao advogado, a gestão ofereceu planos de saúde, inclusão digital, entre outros benefícios. No momento pré-eleitoral que se inicia é provável que os interessados em gerir a Seccional tentem minimizar os avanços, mas não conseguirão esconder tais feitos.
Movimento
Um número expressivo de advogados atendeu ao chamamento do Movimento ‘Estamos à Ordem’, lançado na última quinta-feira na capital. Quem compareceu ao evento ficou surpreso com a presença maciça de advogados com anos de carreira trocando experiências com jovens advogados que iniciaram a carreira empenhados em fortalecer e ampliar as vitórias conquistadas pela advocacia rondoniense. Foi uma reunião festiva que contou também com vários profissionais do interior de Rondônia. Este cabeça chata não compareceu por razões de viagem, mas mantém-se firme ao movimento que possui com líder Andrey Cavalcante.
Censura
dos oito sites que publica simultaneamente esta coluna recebeu uma visita inesperada com ameaças veladas por causa da coluna anterior sobre as eleições da OAB, entidade que tem por princípio a defesa intransigente da liberdade de imprensa e da livre manifestação. Com anos de profissão já me deparei, em especial no final da ditadura, com ameaças dessa natureza e não é hoje que vão me intimidar. Pode vir quente que estou fervendo... Como diria o compositor.
A fábula da sobrevivência
Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, e juntar-se mais e mais.
Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.
E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele forte inverno.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, e afastaram-se feridos, magoados, por não suportar mais tempo os espinhos dos seus companheiros.
Doíam muito...
Mas, essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados, os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver, resistindo à longa e rigorosa era glacial.
Sobreviveram...
A fábula retrata bem a situação política senadora Marta Suplicy, ex-petista, que decidiu se afastar dos companheiros para empinar um projeto pessoal sem levar em conta as intempéries que lhes esperam. Pode ter escapado o ouriço espinhento e roedor, mas para sobreviver precisará de muito soro antiofídico. No PMDB cobra engole cobra.O ex-senador Valdir Raupp pode retornar à ribalta política em 2026
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