Terça-feira, 15 de dezembro de 2015 - 05h01
Robson Oliveira
Ilegalidades
Ao concluir que o processo de construção do Espaço Alternativo está eivado de ilegalidades, o Tribunal de Contas acertou ao determinar que seja anulado e, em noventa dias, que o estado adote providências legais para a retomada das obras. O TCE agiu dentro da legalidade, visto que o TAC – Termo de Ajuste de Conduta – não ilidiria as ilegalidades de origem apontadas nem seria o instrumento adequado para retomada das obras. Embora alguns tenham defendido esta absurda saída com se o TAC corrigisse os eventuais vícios do processo licitatório.
Irresponsabilidade
Em conversa com a coluna um conhecido engenheiro do governo (pediu anonimato por razões óbvias) explicou que o projeto básico das obras do Espaço Alternativo contém erros de engenharia elementares. Revelou ainda que não há estudos relativos aos impactos nas bacias hidrográficas nem de impacto ambiental complementar. Demonstrando que a obra foi iniciada de qualquer jeito visando apenas o calendário eleitoral. Aliás, em uma dessas quebras de sigilo telefônico divulgadas por aí, há diálogos entre autoridades que comprovam tais suspeitas.
Cupim
Outra obra que foi inaugurada seguindo o mesmo calendário eleitoral daquela é o Palácio das Artes. Um ano após a festa de inauguração paga pela empresa responsável pela obra, os problemas começaram a aparecer. Além do sistema de ar condicionado que vive enguiçando, o cupim está devastando parte da madeira que ornamenta o palco.
Incompetência
Parece birra da coluna com a administração da capital, mas não é: nem tentando fazer a coisa certa, a gestão acerta. Explico: ano passado a prefeitura foi duramente criticada por optar em utilizar pneus como matéria prima para a ornamentação natalina da cidade. Além do gosto duvidoso, os pneus são criadouros naturais de larvas que aumenta a proliferação da Dengue, entre outras mazelas. Este ano escolheram uma ornamentação mais bonita, com muitas luzes. Nem assim as críticas arrefeceram, pois os gastos de mais de dois milhões estão sendo questionados devido à crise que assola o país, em particular, a administração municipal. Acertar, sinceramente, não é o forte da administração de Mauro Nazif. Não é birra, é fato!
Transparência
Para piorar a situação, a administração de Mauro Nazif não consegue concluir o impasse que envolve o processo de licitação dos transportes coletivos. Há incertezas em relação à empresa que explorará os serviços, além de atos que exigem esclarecimentos. Falta transparência nesse processo.
Capitulou
Embora esta coluna tenha informado que o deputado estadual Laerte Gomes anunciou que votaria contra o aumento de impostos, em conversa com um especialista da área o parlamentar teria sinalizado que havia capitulado ao projeto do executivo. Durante o papo, Laerte também disse que não tem medo de votar contra a opinião pública mesmo que afete a reeleição. “Quem tem medo de reeleição, não se candidata”, teria dito o deputado. Em privado todos falam lorota, quero em ver público.
Holofotes
O deputado federal Marcos Rogério (PDT), parlamentar da bancada evangélica e membro da ala mais conservadora da Câmara Federal, avisou que entregará um relatório na Comissão de Ética sugerindo o prosseguimento do processo de cassação de Eduardo Cunha, por quebra de decoro. Apesar de ambos serem evangélicos e comungarem das mesmíssimas ideias conservadoras, o parlamentar rondoniense não tentará salvar o colega. Considerada pelos observadores políticos como uma das piores legislaturas, Marcos Rogério tem conseguido se descolar da mediocridade reinante, apesar das posições reacionárias que assume em relação a temas atualíssimos.
Coerência
Ainda é muito cedo para que cenários sobre as eleições municipais sejam avaliados, mas o deputado estadual Léo Moraes (PTB) tem dado sinais de que pode entrar na disputa pela prefeitura de Porto Velho. Conseguiu se destacar entre os vereadores no ano passado e, este ano, é de longe o melhor deputado estadual numa legislatura que vive só da benção do executivo estadual. Léo tem mantido a coerência que imprimiu enquanto vereador da capital, o que lhe rendeu uma boa votação de deputado estadual. Embora cedo para qualquer prognóstico, o parlamentar é uma opção melhor do que o atual prefeito.
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