Terça-feira, 15 de fevereiro de 2022 - 16h57
POSSE
O presidente nacional
da OAB, Beto Simonetti, deu posse ontem ao presidente da Seccional de Rondônia,
Márcio Nogueira, em Porto Velho, numa solenidade bem prestigiada. Além de
inúmeras autoridades do mundo jurídico e político, o presidente da Assembleia
Legislativa e do Poder Judiciário, Alex Redano e Marcos Alaor, respectivamente,
compareceram à solenidade.
GAFE
Embora tenha sido um
evento maçante em razão de quase duas horas de atraso, as
autoridades permaneceram no recinto até o término da sessão solene. Mas a
principal gafe ficou por conta de um cerimonialista atrapalhado que trocou o
nome do presidente do Poder Legislativo, Alex Redano, pelo do deputado estadual
Eyder Brasil. Ao lado dos presidentes do TJ, da OAB e demais autoridades,
Redano riu amarelo com a gafe que foi corrigida por uma outra profissional do
próprio Cerimonial.
IRONIA
É inaceitável um
profissional contratado para cerimoniar um evento solene trocar por
displicência ou incompetência o nome de um dos presidentes dos Poderes
constituídos. Em particular de um parlamentar que aparece todos os dias na
mídia estadual. Ainda que tomado pela surpresa, Redano não fez de rogado, e ao
discursar, fez questão de cumprimentar o deputado Eyder Brasil em nome dos
parlamentares presentes, ostentando um sorriso irônico.
INSULTOS
Apesar do clima de
festa entre os advogados e convidados, todos foram surpreendidos com a
manifestação de um cidadão que interrompeu o discurso de despedida do
ex-presidente Elton Assis, visivelmente alterado, gritando impropérios contra o
governador Marcos Rocha, além de criticá-lo por sua ausência. Mesmo sendo um
ato isolado de destempero de um convidado qualquer, uma vez que não era
advogado, o governador enviou oficialmente o Procurador Geral do Estado como
seu representante, inclusive usando da palavra em nome do Executivo Estadual.
Perplexos, empossados e convidados esperaram o insurgente destilar sua ira
contra Marcos Rocha para que o evento pudesse prosseguir sem novas surpresas.
DISCURSOS
Os discursos do
presidente da OAB, Beto Simonetti, do empossado Márcio Nogueira e do
Subprocurador Geral do Ministério Público Estadual, Eriberto Gomes Barroso, foram
bem densos e emotivos, mas quem se destacou com a qualidade da eloquência e do
conteúdo foi o representante do MP. Uma fala irretocável para a ocasião e de
uma qualidade jurídica impecável. Poucas vezes este cabeça chata ouviu um
discurso tão bem articulado em que orador e público estavam na mesma
frequência.
CANDIDATURA
Quem esperava uma
candidatura promissora do atual Secretário de Agricultura do Município de Porto
Velho, professor Vinicius Miguel, para uma vaga no legislativo, poderá revê-lo
em mais uma candidatura ao Governo de Rondônia. Aos interlocutores o professor não
esconde a disposição de disputar mais uma vez uma vaga a cargo majoritário. A
princípio governador, mesmo não descartando uma vaga senatorial. Toda vez que
alguém propõe para que dispute uma vaga na Câmara Federal, Vinicius descarta
imediatamente sem esconder uma certa irritação.
DERROTAS
Vinicius é um jovem
brilhante e com maturidade para galgar qualquer cargo que se dispuser à
disputar, embora seus interlocutores avaliem que uma vaga a Câmara dos
Deputados seria muito mais fácil para quem disputou duas vezes consecutivas um
cargo majoritário com votações expressivas, mas insuficientes para vencer.
Ainda assim não hesitará em colocar o nome para uma terceira mesmo sabendo que
sem grupo e sem uma base mais consistente em todo o estado a possibilidade de
lograr êxito é menor.
RAPOSAS
Os partidários do
governador Marcos Rocha estão se gabando antecipadamente de que sua candidatura
à reeleição está bem consiste com a adesão de prefeitos e velhas “raposas” da
política estadual. As mesmas figuras que mudam de palanque conforme os anúncios
das pesquisas.
BAJULADORES
É verdade que o
governador Marcos Rocha ampliou a base eleitoral nos últimos meses, o que não é
real é que seja um candidato difícil de ser batido. Nesta mesma época, o então
vice-governador João Caulla, se preparava para assumir o governo estadual e ser
o candidato ungido pelo então todo poderoso Ivo Cassol. Os percentuais
auferidos nas pesquisas para ele (Caulla) eram bem superiores aos percentuais
obtidos hoje por Marcos Rocha. Com uma diferença: Caulla assumiu em abril do
último ano do governo Cassol e Marcos Rocha está governando há três anos. As
únicas semelhanças entre Caulla e Rocha é que ambos governam com amigos e ambos
adoram a arte da bajulação. O primeiro governou por oito meses e, o segundo,
quer oito longos anos.
ENTUSIASMADO
Há quem diga nos
bastidores que o prefeito da capital, Hildon Chaves, esteja entusiasmado com a
candidatura de reeleição do governador. Pelos mimos que o DER vem fazendo na
capital é possível que o alcaide entre uma e outras tenha dito algo nesta
direção. A coluna aposta um dose de uísque contra uma de pinga que este
entusiasmo não dure mais que poucas horas. Chaves e Rocha são bem diferentes na
forma de governar, de pensar e de agir. Juntos alargariam ainda mais estas
diferenças e o eleitor certamente reprovaria. Sozinho o prefeito é maior
eleitoralmente do que o governador acompanhado dos novos adesistas.
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