Terça-feira, 23 de junho de 2015 - 15h21
Robson Oliveira
Alvo
Três prefeituras rondonienses estão tendo os seus contratos e convênios investigados e seus dirigentes podem virar alvo dos órgãos de controle, com consequências nada alvissareiras. A coluna apurou que em uma delas, por exemplo, há indícios fortes de malfeitos, embora o ritmo administrativo seja lento. Imagine se fosse arrojado...
Inteligência
A operação da polícia civil estadual que prendeu uma quadrilha de narcotraficantes na região central de Rondônia é sinal de que voltamos a ser um corredor importante na rota do tráfico. Isto explica o aumento desenfreado da violência em nosso estado e, a operação, feita pela polícia estadual, indica que a instituição adotou a inteligência como ferramenta importante de investigação. Também revela que não está inerte à escalada da violência num governo onde nada funciona na velocidade que a população almeja.
Cemitério
A prefeitura de Porto Velho é conhecida nos bastidores políticos como o terreno mais fértil para que os políticos enterrem pretensões maiores na vida pública. Razão pela qual muitos pretendentes a suceder o desastroso prefeito Mauro Nazif estão receosos a anunciar em seus partidos a disposição de encarar a disputa em 2016.
Receio
deputada federal Mariana Carvalho (PSDB), parlamentar mais votada na capital, ainda não decidiu se disputa a prefeitura, receosa dos entraves administrativos, e avalia com mais cautela a candidatura. Apesar de ser a mais forte concorrente.
Abreviação
Os municípios em geral passam por uma crise sem precedentes, mas em Porto Velho, particularmente, a situação é muito grave devido ao volume de obras inacabadas, de incompetência e de demandas judiciais que paralisam qualquer administração. Não é à toa que é conhecida como cemitério de político. Mariana tem razão em avaliar bem antes de decidir para não abreviar a carreira. Embora os asseclas pressionem para que assuma a candidatura imediatamente.
Zumbi
Quem também reza para que Mariana Carvalho opte por ficar fora da disputa é o prefeito Mauro Nazif. Desgastado e sem um discurso para convencer o eleitor da capital a lhe conferir mais quatro anos no paço municipal, Nazif é um zumbi político numa cidade sob escombros. Está num mandato fantasmagórico que provoca horror no mais incrédulo eleitor.
Efeito
O efeito da paralisia nos municípios vai influenciar nas eleições municipais de 2016. Em Rondônia, por exemplo, a maioria dos prefeitos está mal avaliada e muitos deles vão ser derrotados nas candidaturas de reeleição. Porto Velho, Ariquemes, Jaru, Ouro Preto, Médici, Guajará-Mirim, Cacoal, Rolim de Moura, Vilhena, entre outros, possuem administrações capengas, além dos problemas com os órgãos de controle que tendem a derrubar ainda mais os percentuais de avaliação.
Escândalo
O projeto de lei complementar 16/15, de autoria do Governo do Estado, enviado para aprovação na Assembleia Legislativa, é escandaloso porque não melhora o funcionamento da máquina administrativa nas áreas de saúde, educação e segurança, conforme justificou o senhor secretário de planejamento, George Braga. O projeto de reestruturação apenas concentra cargos comissionados em setores cruciais à administração que são altamente organizados do ponto de vista das demandas corporativas e, com a nova nomenclatura organizacional, é possível aliviar a barra com nomeações. Ademais, não indica concretamente melhora nos serviços públicos. Um escandaloso instrumento de manipulação política e os apadrinhados agradecem.
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