Sexta-feira, 19 de agosto de 2016 - 16h04
Robson Oliveira
Obscuridade
Não tem tecnicamente como a coluna imputar objetivamente todos os males que tem provocado ao meio ambiente da capital o funcionamento das Usinas, em particular a de Santo Antônio. No entanto, os defensores da usina não podem garantir peremptoriamente que a obra não seja responsável pelos desmoronamentos das margens do Rio Madeira. É visível a qualquer leigo, inclusive aos asseclas das Usinas, que o banzeiro aumentou consideravelmente desde a inauguração das obras, provocando desmoronamentos. A iniciativa da Assembleia Legislativa de investigar o assunto é boa e abre uma oportunidade para dissipar dúvidas já que nove entre dez portovelhenses eventualmente pesquisados desaprovam a forma obscura como a Usina trata o assunto ambiental.
Boatos
Por duas vezes esta semana surgiu o boato de que o candidato peemedebista a prefeito da capital havia desistido da disputa. Por duas vezes foi desmentido. A verdade é que há nas hostes do PMDB e DEM – partidos coligados – militantes que torcem para que Pimentel desista por razões ainda não claras. Mas é uma minoria a serviço de outras candidaturas que plantam esses boatos para provocar percalços internos ao candidato majoritário. O problema é que o fogo amigo mina qualquer candidatura. O que está ocorrendo em relação a Pimentel.
Viralizando
O slogan adotado pelo candidato do PSB Mauro Nazif à reeleição, “Já tá fazendo, vai fazer mais”, viralizou na internet com manifestações de vários internautas gozando a frase. Colocaram a partícula negativa NÃO entre o já e o tá, e nem após a vírgula. A gozação rendeu a frase “Já não tá fazendo, nem vai fazer mais”. Um marketing às avessas para o candidato.
Debates
Rede TV e SBT começam a programar os primeiros debates dos candidatos a prefeito das capitais. Em Porto Velho as retransmissoras das duas redes também estão programando debate na mesma data da grade nacional. Os candidatos Dr. Hildon Chaves (PSDB), Léo Moraes (PTB), Roberto Sobrinho (PT), Mauro Nazif (PSB), Ribamar Araújo (PR), Williames Pimentel (PMDB) e Pimenta de Rondônia (PSOL) vão confrontar suas propostas para que o eleitor saiba escolher o melhor para nossa maltratada capital.
Tête-à-tête
Nesta eleição os programas de TV perdem os atrativos dos programas das eleições passadas com vedações que terminaram engessando as campanhas. Apresentador, por exemplo, foi retirado. Os candidatos vão ter que falar diretamente com a população sem truques computadorizados nem convidados alheios ao processo. É o tête-à-tête.
Tempo
São dez minutos destinados a todos os candidatos que vão ser divididos entre eles, somando-se em relação às coligações. O telespectador será poupado de programas longos e sem conteúdo que atrapalhavam a programação das tevês. Embora não sejam poupados das mesmices e promessas falsas.
Mídias
Nas redes sociais os candidatos já estão dando a cara na tentativa de empinar as candidaturas. Não há dúvida de que esta ferramenta deverá ser uma ou a principal a ser utilizada para levar as propostas com mais eficiência aos eleitores. É também a que pode derrubar qualquer candidatura caso não seja bem utilizada. Quem pensar que é um território sem regulação vai dar com os burros n’água. Pois tanto o candidato quanto o eleitor respondem criminalmente e civilmente na justiça eleitoral pelos excessos que eventualmente derem causa. Não é território sem lei.
Pesquisas
Quem acompanha as campanhas da capital sabe que é um eleitor exigente que aguarda os acontecimentos e o desenrolar da campanha eleitoral para definir o candidato. Não há favoritos. A exemplo das eleições municipais passadas quando nenhum prognóstico indicava quem iria ao segundo turno com Garçon. Mauro, Mário Português e Mariana Carvalho, embolados, travaram uma disputa árdua até o último momento pela segunda vaga. É possível que este ano a disputa se acirre sem favoritos. Portanto, pesquisa nestes primeiros dias é empulhação.
Impugnação
Todos os candidatos a prefeitos registraram suas candidaturas, conforme dispõe a legislação eleitoral. Agora é aguardar os deferimentos. Pelo menos três (entre candidatos a prefeitos e vice), em Porto Velho, terão as candidaturas com pedidos de impugnações.
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