Quarta-feira, 15 de junho de 2022 - 14h06
REPERCUSSÃO
Lamentavelmente foi
necessário que um ambientalista estrangeiro estivesse entre os dois
desaparecidos no alto amazonas para que o desmonte governamental nas políticas
ambientais tomassem a dimensão que estamos a testemunharmos. Não são poucos
ambientalistas brasileiros que tombam todos os dias por defenderem a Amazônia
sem a mesma repercussão para que o tema volta à pauta
governamental. O sumiço de Dom (cidadão inglês) e Bruno (nosso
compatriota) encarna uma realidade horrorosa de crimes perpetrados com o mesmo
modus operandi contra os defensores da Amazônia na atual gestão de Bolsonaro.
DESMONTE
Não e segredo nem
para os neófitos no assunto que o presidente tem afrouxado toda a legislação
ambiental para facilitar a exploração indevida dos recursos naturais a
garimpeiros, madeireiros, pecuaristas e setores do agro, além de desmontar toda
fiscalização dos órgãos para facilitar a exploração fora da lei. A visão tosca
do governo sobre a forma de explorar as riquezas amazônicas propicia a
violência que estamos a presenciar. A inércia governamental em impedir o
desmate da floresta encorajou atividades de mineração ilegal em terras
indígenas, suspendeu a criação de novas áreas de conservação, desmontou os
órgãos de controle e, portanto, fez vistas grossas a grilagem, garimpagem,
extração de madeira. Neste diapasão de mazelas, o tráfico de entorpecentes
encontrou terreno fértil para se expandir.
TOSCA
Para alguns setores,
inclusive em Rondônia, unidades de conservação é um atraso ao desenvolvimento.
Uma visão tosca uma vez que Rondônia conhece bem o ciclo do ouro e da madeira,
setores que quando se expandem, trazem consigo muito mais mazelas sociais do
que distribuição de riquezas. Poucos que ganham com estas atividades, inclusive
contribuem para aumento do contrabando. Há quem defenda abertamente a revogação
dos unidades de conservação sob leviandade de que estas unidades atrasam o
desenvolvimento. Ainda bem que esta visão coalha esta circunscrita a uma bolha
ideológica que CORAGEM
É preciso coragem
para denunciar os crimes contra o meio ambiente e firmeza para suportar os
impropérios dos intolerantes que veem nossos recursos naturais como um meio de
especular e ganhar uma grana fácil. É preciso que se diga que agronegócio é
importante na produção de alimentos, mas emprega muito pouco em razão da
tecnologia agregada. Sua expansão sem compatibilizar com políticas de
preservação será uma tragédia anunciada num
futuro próximo.
ISOLAMENTO
Os néscios não ligam
para o futuro porque enxergam somente o umbigo, no entanto, cada vez mais, o
mundo vai impor sanções para aquisição de produtos oriundos da Amazônia sem um
plano adequado de manejo. A continuar este desmonte das políticas de
preservação, é possível que não teremos mercados consumidores fora do país para
vender os produtos. Revogar as unidades de conservação, é o caminho mais rápido
para que estas sanções sejam adotadas com mais rapidez. Coragem!
COMBATE
Embora haja um
desmonte proposital no combate firme aos crimes ambientais, nos últimos dez
dias, em Rondônia, ocorreram duas ações policiais que revelam o modus operandi
da turma que exige afrouxamento das leis ambientais. Invadem as reservas para
retirar dela as riqueza e vendem o lote para a pecuária extensiva ou o plantio
da soja que cada dia se expande sobre nossas riquezas naturais provocando todo
tipo de desequilíbrio na fauna e flora. São ações desta monta que deveriam
ocorrer permanentemente uma vez que os depredadores não dormem no ponto.
DENUNCIA
O ex-superintendente
da Polícia Federal Alexandre Saraiva deu uma declaração bombástica ontem a uma
emissora de TV fechada acusando políticos da região com os crimes ambientais. É
uma denúncia a ser investigada por ter sido feita por um dos mais qualificados
profissionais da policia brasileira. Saraiva foi afastado da Superintendência
exatamente por combater de forma implacável dos grupos criminosos instalados no
Amazonas. O Congresso Nacional deveria convocar o policial para esclarecer
melhor os políticos envolvidos com crimes ambientais, entre outros.
VIOLÊNCIA
A coluna alertou dias
atrás do aumento da violência em Rondônia, em especial na capital, com cenas de
tiroteio a luz do dia. Ao que parece o governo, comandado por um coronel,
prefere permanecer na inércia que ingressou desde que assumiu a condução do
governo. Não há um ato concreto para minimizar a violência que campeia no
estado. Marcos Rocha visitou alguns trechos de asfalto que realiza para mostrar
durante a campanha eleitoral, mas tem sido acompanhado por um número bem
significativo de seguranças da nossa força militar. Ele sim, está seguro. Já a
população...
PESQUISAS
Em breve uma emissora
nacional vai divulgar a primeira pesquisa eleitoral para presidente, governador
e senador. As pesquisas, a exemplo das urnas eletrônicas, serão as mais
contestadas pelos negacionistas. Exceto na hipótese dos números serem
favoráveis para seus candidatos. Vêm surpresas por ai.
CAMPANHA
Enquanto Marcos Rocha
(União Brasil) continua perambulando na companhia dos prefeitos visitando obras
de pavimentação urbanas, Marcos Rogério (PL), Léo Moraes (Podemos) e Vinicius
Miguel (PT-PSB- PCdoB e Cidadania) intensificam as visitas no interior com
reuniões. Quem melhor aproveitou a semana que passou foi Léo que fez reuniões,
concedeu entrevistas no rádio e percorreu dezessete municípios. Na medida que o
eleitor do interior vai conhecendo as suas propostas mais avança sobre estes
redutos.
SOPAPOS
A refrega da campanha
em sim ainda não começou, nem os sopapos. Mas é natural que comece se acirrar
na medida que as convenções homologuem as candidaturas. Não há campanha sem
críticas, sem que um candidato aponte os defeitos do outro. Somente os ingênuos
acreditam que no calor de uma campanha não sobra sopapos. Os próprios grupos
engajados nas candidaturas anteciparam o acirramento nas redes sociais e
revelam o que vai ocorrer na campanha.
PRESSÁGIO
Já começaram a sair
pesquisas por ai. A pesquisa retrata uma realidade momentânea e pode ser bem
feitas ou “emprenhadas”. Todos os candidatos estão monitorando com as próprias
pesquisas para definir duas estratégias. A pesquisa para o público não tem mais
aquele efeito de antigamente que influenciava na hora voto. Há muito tempo não
muda nada. O candidato que utilizar desta esparrela tem tudo quebrar a cara.
Somente amador insiste no passado. Nas eleições de 2018, Maurão apareceu em
primeiro com uma boa diferença do segundo, mas sequer foi ao segundo turno. Os primeiros
números são um bom presságio.
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