Segunda-feira, 27 de janeiro de 2014 - 13h23
Inovando
O governador Confúcio Moura (PMDB) pode não ter inovado nas ações governamentais, mas inovou na forma pela qual passa ordens para os seus auxiliares do primeiro escalão. Nos primeiros dias do ano enviou um e-mail (meio pelo qual adotou para falar com os secretários) aos secretários e assessores lembrando que restariam apenas 360 dias deste governo. E que, no dia seguinte, seria um a menos. Até zerar o mandato.
JK
Portanto, um dia da administração, para Confúcio Moura, corresponderia a dez dias possíveis para que trabalhem. E fez menção ao slogan de JK: 50 anos em 5. Moura espera que todos os auxiliares executem em um ano aquilo que não conseguiram executar em três. E-mail que a coluna recebeu de um dos destinatários e que passamos a tecer observações.
Atalho
Para dar celeridade à máquina burocrática que emperra as ações da maioria dos governantes, o governador mandou que os auxiliares procurassem agilizar os processos utilizando atalhos. Deu como exemplo: “Se fizer um despacho à PGE para providências, não faça mais isto. Vá pessoalmente a PGE e procure resolver a sua dificuldade no mesmo dia. Se tiver que fazer um termo de referência, que normalmente demora 60 dias, reduza este tempo para 6 dias. Vá atrás de quem possa ajudá-lo num termo de referência em 6 dias. E como estes, muitos exemplos poderia dar”, ensinou Confúcio Moura.
Redução
Em relação às obras, a ordem do governador daqui em diante é: “a empresa pode pedir 2 anos para fazer. Reduza o prazo para 6 meses. Basta que a empresa aumente o número de pessoas para trabalhar e receba as medições no dia certo”, profetizou.
Gargalo
Quanto à licitação escreveu: “é um gargalo, maioria, saúde, educação, presídios, PAC todas podem ser feitas pelo RDC. Economiza tempo. Pode ser licitada sem (grifo nosso) projeto formal de engenharia. A equipe da Supel está preparada. Iacira também. Caerd também. Peça ajuda”, orienta o governador.
Racha
“Este será o nosso ano. Mas, para isto, cada um de vocês deve mudar o jeito de ser e de fazer e pensar. Se ficar como ano passado, posso tirar o cavalinho da chuva, que pouca coisa irá acontecer. Tem que ser na base do vai ou racha. E é agora. Ou quando você espera ser secretário de Rondônia de novo? Quando?”, indagou Moura.
Ajuda
O governador conclui o texto do email implorando ajuda aos auxiliares para melhorar o governo e para escrevê-lo na história. Assim concluiu: “meu querido companheiro, escreva a sua história. Siga este conselho e você me ajudará a fazer o melhor governo da história deste estado. Preciso da sua ajuda”, implorou.
Nota da coluna
Na verdade a inovação (mensagens) adotada pelo governador Confúcio Moura para passar ordens aos auxiliares não é nova no país. No século passado dois políticos passavam ordens por bilhetes aos assessores para governar. Graciliano Ramos, ex-prefeito de Palmeiras dos Índios (AL), e Jânio Quadros, ex-presidente do Brasil e ex-prefeito de São Paulo, ambos eram adeptos dessa fórmula. O que é novo é a sinceridade de Confúcio Moura em reconhecer que quer fazer em trezentos e sessenta dias o que deixou de realizar em mil e noventa e cinco dias. Não sendo atendido, pode tirar mesmo o cavalinho da chuva e receberá a resposta via urnas eletrônicas.
Perdulário
A propósito de uma reprodução nesta coluna de uma nota divulgada na mídia sobre os excessivos gastos do deputado federal Padre Ton, na coluna passada, a assessoria do parlamentar enviou a nota que segue abaixo:
“Padre Ton e a cota parlamentar
Não é nenhuma aberração, como disseram alguns sites da capital, a diferença de gastos no uso da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) pelo deputado federal Padre Ton, de Rondônia, e Miro Teixeira, do Rio de Janeiro.
Suporte ao trabalho
A CEAP é definida de modo diferenciado por estado justamente por se considerar a distância, o custo da passagem aérea, da locomoção entre municípios, dos gastos com telefonia, serviços postais etc. Cada deputado de Rondônia pode gastar ao mês até R$ 39.828,33. A cota existe para apoiar e dar suporte ao trabalho do parlamentar. “Padre Ton, até onde se sabe, a utiliza para seu trabalho – é um deputado atuante, vai a todos os municípios, muitos deles duas vezes ao ano”.
Resposta
A nota do parlamentar não se aplica à coluna. Não fizemos nenhuma acusação. Apenas reproduzimos a matéria publicada pela imprensa nacional (não foi apenas a local) porque o Padre demoniza os pares pelas redes sociais quando cometem malfeitos ou deslizes. Ao interpretarmos os gastos como perdulários, verificamos aí um deslize. Mesmo um pequeno deslize é capaz de desconstruir a áurea dos que posam de santo. Especialmente quando a média da população critica os congressistas por saber que no Congresso tem gente de toda espécie, menos santo.
E n t r e v i s t a
O jornalista Carlos Araújo tem nos brindados semanalmente com boas reportagens sobre diversos temas e personagens. Os entrevistados podem até decepcionar, mas as informações contidas nos textos são de grande valia. A última entrevista feita com o prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, traz muita informação preciosa e revela o isolamento que assola a administração do “Doutor”. Mas os comentários da coluna ficam para a próxima quinta já que a distância que separa a cidade administrada e relatada pelo “Doutor” é totalmente oposta à vivenciada pela população da capital.
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