Terça-feira, 5 de abril de 2016 - 17h02
Robson Oliveira
Avião
A informação dada nesta coluna de que o deputado federal Marcos Rogério (DEM) estaria tirando um brevê para pilotar uma aeronave que teria adquirido não se confirmou. O parlamentar em conversa com este cabeça chata explicou que não pretende se habilitar para pilotar avião. Confirmou, no entanto, que comprou uma aeronave Baron.
Sociedade
De acordo com Marcos Rogério, a aeronave é usada e foi comprada em sociedade com mais dois amigos e a um preço acessível aos seus vencimentos (em 15 parcelas). Possuindo, portanto, um terço do bem que constará em seu imposto de renda a partir desse exercício financeiro já que a compra foi realizada ano passado.
Calúnia
O deputado Marcos Rogério explicou que, após a aquisição da aeronave, os adversários passaram a distorcer os fatos com as versões mais escabrosas com único intuito de desgastá-los, embora saibam que é uma aeronave antiga comprada em sociedade. “Como sou relator do principal processo no Conselho de Ética (processo de Eduardo Cunha), o que dá uma visibilidade nacional, fazem ilações sobre este bem de forma criminosa. Colocaram, por exemplo, nas redes sociais uma foto de um moderníssimo avião King Air como se meu fosse. Qual objetivo? Distorcer a verdade e tentar colocar meu nome na vala comum que chafurda aqueles políticos com conta a acertar com a justiça. Não vão conseguir”, desabafou Marco.
Ilação
A bem da verdade a nota dada nesta coluna visava também provocar o parlamentar a vir a público esclarecer aos eleitores a forma pela qual adquiriu um avião, visto que a remuneração de um deputado federal poderia não suportar gastos tão perdulários. Com os esclarecimentos dados à coluna, as ilações arrefecem mesmo que os desafetos continuem a propalar os boatos mais mirabolantes. Ademais, num congresso envolvido em malfeitos, poucos são aqueles que estão salvos pela transparência.
Vácuo
Desde que o prefeito Jesualdo Pires (PSB) decidiu não concorrer à reeleição que os partidos políticos batem cabeça para viabilizar seus candidatos à prefeitura de Ji-Paraná. O vácuo aberto deixa a eleição em igualdade de condições para todos os prováveis concorrentes, inclusive aventureiros. É a primeira vez na história do município que os grupos políticos não possuem nomes densos para oferecer à disputa.
Ressuscitado
Os Democratas de Ji-Paraná tentam convencer o ex-prefeito José Bianco a disputar pela quinta vez as eleições municipais. Embora derrotado de forma humilhante nas eleições estaduais passadas, quando disputou uma vaga na Câmara dos Deputados, Bianco sempre conseguiu obter vitórias nas disputas pela prefeitura de Jipa. Aceitando ao convite, conseguirá ressuscitar politicamente e não deve ser subestimado. Até porque os nomes especulados atualmente não empolgaram.
Consenso
A ex-deputada estadual Rosária Helena está conseguindo reunir em torno da sua pré-candidatura à prefeita de Ouro Preto os grupos antagônicos liderados pelo atual prefeito Alex Testoni e pelo ex-deputado federal Carlos Magno. Uma engenharia política capaz de fortificar qualquer pleito naquele município.
Desastre
Depois do aumento de apenas quarenta reais nos vencimentos dos professores da rede municipal de Porto Velho, com uma greve em andamento, a eventual reeleição de Mauro Nazif se afunda ainda mais. Para piorar a situação, muitos aliados de outrora começam a pular do barco em direção a outros pré-candidatos. A administração é um desastre total, aplaudida apenas por aqueles que possuem uma nomeação, e não vai ser fácil ampliar o arco de alianças.
Marajá
Há uma máxima na política de que o mau não deve ser feito aos eleitores em época de eleição. Ao que parece esta máxima não se aplica na Câmara dos Vereadores da capital: além de aumentar os vencimentos dos vereadores de forma acintosa, concedeu-se míseros quatro notas de dez reais de aumento aos barnabés. Uma provocação descomunal de quem vai às ruas no segundo semestre pedir votos para manter um salário de marajá.
Quimera
A proposta de uma nova eleição geral para dar cabo ao impasse político que se abateu sobre os poderes Executivo e Legislativo em Brasília pode ser utópica ou constitucionalmente questionável, mas é uma saída para a crise que se apresenta. O país tem que seguir normalmente antes que seja jogado ao fundo do poço por aqueles que apostam no caos. A situação é tão crítica que a intolerância tem prevalecido sobre a razão. E viva a utopia!
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