Terça-feira, 19 de maio de 2015 - 16h03
Robson oliveira
Chatô
Depois de 20 anos, aguardando a sua conclusão, entre problemas de financiamento e jurídicos, o filme Chatô, o rei do Brasil, baseado na obra escrita pelo biógrafo Fernando Moraes, sobre a vida do jornalista paraibano Assis Chateaubriand, finalmente vai ser lançado em breve.
Jagunço
Caso o roteiro mantenha-se fiel à obra, o filme deverá ser um sucesso. Embora tenha sido uma pessoa contraditória na vida pessoal e beirado ao excêntrico na política, Chatô é responsável pela criação dos Diários Associados, da primeira TV no país, do Museu de Arte Moderna em São Paulo, entre outros feitos. Foi senador, embaixador na Inglaterra e o mais arrojado empresário de comunicação, antes do império Globo. Um genuíno nordestino que se regozijava das origens para atazanar os desafetos: transformou o gibão de couro (um vestuário rústico usado pelo vaqueiro nordestino para se proteger dos arbustos) numa comenda nacional e obrigava autoridades a posar nas fotos com a marmota feita de couro grosso.
Expansionista
O império de comunicação que criou alcançou todo o território nacional. Em Rondônia, por exemplo, Chateaubriand associou o jornal Alto Madeira, dos irmãos Tourinho, ao grupo de comunicação dos Diários Associados. Há registros do jornalista Euro Tourinho fotografado ao lado do jornalista paraibano em visita ao então ex-território. Um filme que merece ser assistido. Razão pela qual a obra de Fernando Moraes virou best seller. Além de ser uma leitura prazerosa sobre alguns aspectos do Estado Novo de Vargas.
Tarifa
Enquanto as empresas de transportes coletivos da capital buscam na justiça os meios para permanecerem explorando (literalmente) o sistema, além de aumento nas tarifas, a população, destinatária dos serviços, continua sendo servida de um transporte ruim, obsoleto e caro. É papo furado a justificativa de desequilíbrio das tarifas imposto pela municipalidade enquanto a frota não é totalmente renovada.
Caduco
O importante nesta querela jurídica é o interesse público e um sistema de transportes urbanos digno de uma população ávida por respeito. Ao suspender a liminar o Tribunal de Justiça permeia a concorrência entre as empresas. Da forma como está não pode ficar. Essas empresas exploram os serviços de transportes urbanos na capital anos seguidos e nunca demonstraram sinais de melhora no atendimento aos passageiros. É um contrato caduco, ótimo para os empresários e péssimo para o usuário. Agora é hora de ficar de olho nas empresas interessadas em entrar na concorrência, verificar a idoneidade e a capacidade financeira e técnica, além das relações políticas...
Nitro
Os diálogos telefônicos supostamente com a voz da chefe de gabinete do prefeito de Cacoal complicam a situação jurídica e política do padre Franco nos fatos investigados pela operação “Detalhes”, inclusive envolvendo outras figuras carimbadas da política municipal. A coluna teve acesso a parte do diálogo narrando o verdadeiro detalhe na relação dos agentes políticos de Cacoal com uma empreiteira e constatou que o conteúdo é nitroglicerina pura.
Alô
Aparelhos e linhas telefônicas supostamente utilizados indevidamente em campanha eleitoral podem causar danos irremediáveis. É o que está sendo minuciosamente averiguado nas perícias em andamento na Justiça Eleitoral. Informações ainda não confirmadas oficialmente sinalizam nesta direção. Um alô que pode custar mandatos. A ver!
BNDES
Empresários que pegaram empréstimos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) para investir na criação de emprego e renda e desviaram os recursos para outras atividades estão na mira dos órgãos de fiscalização. Uma caixa preta que começa a ser desvendada com desdobramentos incalculáveis. Haja barulho.
Esgoto
Qual o problema que emperra o processo das obras de esgotamento sanitário em Porto Velho, mesmo com recursos disponíveis em conta? A quem interessam essas obras? Que ingerência política há por traz desta questão (caso haja)? São perguntas que necessitam de respostas de nossas autoridades políticas. Enquanto os procedimentos administrativos ficam travados, a população da capital continua sem saneamento básico e vivendo em locais contaminados, o que aumentam os problemas de saúde. Está na hora de desobstruir esse esgoto...
Modal
Embora nossas autoridades estaduais permaneçam inertes em relação a nossa hidrovia como modal importante para a economia estadual e municipal, o Amazonas construiu no município de Humaitá um moderno porto que está em operação e poderá esvaziar o nosso. O porto de Porto Velho é obsoleto e nossa hidrovia do Rio Madeira de péssima navegabilidade. Sem investimentos em curto prazo a nossa hidrovia começa a perder espaço para a da cidade amazônica, o que significará prejuízos à economia estadual. Porto Velho possui um porto literalmente velho. Com a nova ponte sobre o rio e a recuperação da rodovia 319, os grãos embarcados no porto da capital migrarão para o porto amazônico. Uma questão de tempo já que nossas autoridades não fazem nada para reverter a situação.
Piada
Já virou piada entre os especialistas em modais a incapacidade de nossas autoridades em resolver os problemas estruturais do complexo portuário da capital. Além de obras em terra, é necessário dragar e sinalizar o canal. Nos períodos de chuvas o porto fecha por excesso de água (alagação) e durante a seca por falta dela o que provoca encalhe das balsas.
Transoceânica
O acordo comercial firmado entre Brasil e China pode viabilizar a construção da ferrovia transoceânica que parte do porto do Açu (RJ) com destino ao Peru. A mega ferrovia está projetada para cortar Rondônia (de Vilhena a Porto Velho). Além do Brasil, os asiáticos têm interesse econômico na via férrea que transportará produtos com frentes mais baratos. A princípio está orçada na bagatela de dez bilhões de reais. Isto sem os famosos aditivos. A notícia é um bálsamo num estado em que o agronegócio cresce independentemente de governos incompetentes.
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