Terça-feira, 9 de março de 2021 - 16h25
VAI E VEM
O governador Marcos Rocha (Sem partido) está mais perdido do que cego em
tiroteio para administrar o rescaldo do caos que assola a saúde pública
estadual. Hora edita decreto mais restritivo, minutos depois, após meia dúzia
de críticas, muda tudo. Uma coisa é certa: o aumento de mortes e infectados em
Rondônia continua em curva ascendente e, na medida que o número de infectados
em busca de atendimento médico aumenta, as críticas ao governo crescem na mesma
proporção. Não há como fazer um omelete sem quebrar os ovos: Rocha tem que
abrir os olhos e adotar medidas mais rígidas caso queira desafogar o sistema de
saúde, senão o caos será maior. Esse vai e vem revela um governo perdido e sem
rumo. O prefeito da capital, corajosamente, decretou lockdown ano passado
(achatando a curva) e nem por isto perdeu as eleições. A crítica, em qualquer
administração, existe. E é bom que haja para conter o ímpeto dos eventuais
governantes paspalhões.
OPERAÇÃO
Mesmo o judiciário restituindo as funções parlamentares do deputado
estadual Jair Montes, o estrago está feito e, pelo que podemos abstrair da
decisão, é alvo sim de uma investigação sobre suposto superfaturamento na
compra de testes rápidos da Covid. O magistrado do caso, desembargador
Roosevelt Queiroz, ao devolver as funções parlamentares ao investigado, revelou
surpresa no vazamento dos nomes envolvidos. Bobagem, pois a cidade é pequena e
qualquer operação policial vai às mídias sociais instantaneamente por vizinhos
ou curiosos. Principalmente na residência de um parlamentar com o histórico de
barulho como é Jair Montes. Não há como manter sigilo.
ALVO
Mesmo ficando livre para retomar suas funções legislativas, o
parlamentar sabe que é alvo dessas investigações sobre aquisição de testes
rápidos de covid. Outro dia discursou afirmando que é o “pai” da Covid,
arrancando dos seus pares boas risadas. Embora tenha usado um eufemismo para
falar do seu interesse com a pandemia, os eleitores ficaram sabendo agora que
este interesse, ao que parece, é ainda maior do que revelou. Dependendo da
investigação, além de genitor, pode ter colaborado com a cria a causar tantas
mortes.
INVESTIGAÇÕES
A coluna apurou nos bastidores que estão em curso várias investigações
relativas ao uso indevido da pandemia, por agentes públicos, para malversar os
recursos destinados exatamente ao combate à Covid-19. Não apenas na aquisição
dos testes, mas também na aplicação dos recursos em leitos e insumos. A lista
de alvos é longa, segundo a fonte, que ainda surpreenderá muitos outros: seja
por atos comissivos, seja por atos omissivos.
CRITÉRIOS
Na última coluna criticamos a inércia da bancada federal em exigir do
Ministério da Saúde uma cota maior de vacinas para Rondônia destinada à
imunização da população com mais rapidez para conter a contaminação do
coronavírus. O deputado federal Lucio Mosquini, líder da bancada rondonienses
no Congresso, requisitou ao ministério explicações sobre a quantidade destina
para Rondônia em relação à enviada para o Acre e, pela explicação, o Ministério
da Saúde adota critérios epidemiológicos e de grupos vulneráveis para
repartição das doses disponíveis, sem privilegiar nenhum estado. Nas
explicações ministeriais, com cópia para a coluna, verificamos a veracidade das
informações comprovando que não há disparidade nas cotas de vacinas destinadas
para o Acre e Rondônia. Os critérios são os técnicos que o MS adotou. O que
falta mesmo são vacinas para que a imunização dos brasileiros contenha o caos
em virtude do alto número de mortos e infectados. A bancada federal, portanto,
tem feito a sua parte. Mesmo que este cabeça chata ache pouco.
DISTRITÃO
Aproveitando o papo com o colunista, Mosquini adiantou que hoje, no
âmbito da Câmara Federal existe uma tendência na aprovação da proposta na
legislação eleitoral de adoção ao “Distritão”. O modelo consiste da seguinte
forma: o estado e município se torna um distrito eleitoral e funcionará para a
escolha de deputados federais, estaduais, distrital e vereadores. Assim, serão
eleitos os candidatos que obtivessem as maiores votações nos distritos, como
acontece hoje na eleição dos senadores. Não é levado em conta os votos para
partidos e coligações. Em síntese: estaria eleito aquele que recebesse mais
votos individualmente. De acordo com Mosquini, esta é a proposta. Sendo
colocada em votação imediatamente, é a que mais tem recebido apoio entre os
congressistas. O que não há consenso é em relação à cláusula de barreira que,
aprovada, acaba de vez com mais da metade dos partidos existentes.
COLIGAÇÃO
Os defensores das famigeradas coligações, onde partidos sem nomes em
suas nominatas com votos suficientes para alcançarem o coeficiente eleitoral
juntam-se com as legendas mais densas eleitoralmente para elegerem seus
candidatos, não estão conseguindo convencer a maioria para que seja reeditada
nas eleições de 2022. Na hipótese das coligações permanecerem vedadas, muitos
partidos denominados ‘nanicos’ tendem a desaparecer do cenário político. Com
são agremiações cartoriais, os seus dirigentes também perdem importância porque
fazem da legenda um meio de vida.
FILIAÇÃO
O tucano João Gonçalves Junior, prefeito de Jaru, está em negociações
para deixar o PSDB e ingressar do MDB. As conversas estariam bem adiantadas, o
que tem animado os emedebistas em avaliar lançar o jovem prefeito ao Governo de
Rondônia. A filiação no MDB é dada como certa, apesar da candidatura depender
de outros fatores e que não interfira nas relações comerciais da
família.
TRANSPOSIÇÃO
Existe algo estranho nos trabalhos da comissão especial da união
destinada a analisar os pedidos de transposição dos servidores de Rondônia para
os quadros federais. Enquanto os processos dos servidores do Amapá e
Roraima andam a passos largos, os processos dos servidores de Rondônia dormitam
nos escaninhos do Ministério da Economia, inclusive com rigor burocrático bem
mais rígidos dos exigidos para os servidores amapaenses e roraimenses.
TRANSPOSIÇÃO II
Esta é uma questão que vem se arrastando lentamente há mais dez anos sem
que os servidores com direito a migrar para os quadros federais consigam uma
solução com a rapidez que merecem. Embora inúmeros deputados federais e
senadores tenham faturado com a transposição, alegando estarem resolvendo os
entraves, o que constatamos é uma inércia política que discrimina os nossos
barnabés. O discurso dessas autoridades federais é lorota, a bancada anterior
foi mais efetiva no caso, pois o carimbo de inadmissão nos processos dos nossos
servidores é imensamente maior do que dos demais. No Amapá, terra do senador
Davi Alcolumbre, e Roraima, estado de Romero Jucá, a transposição anda a passos
largos.
POLARIZAÇÃO
Mesmo reconhecendo que o ex-presidente Lula foi julgado fora da
normalidade processual e que merecia (como qualquer outra pessoa) um julgamento
justo, corrigido tardiamente por um HC deferido pelo ministro Edson Fachin, a
polarização política um ano antes das eleições entre lulismo e bolsominos não é
bom para a política do país. Na medida que as eleições forem se aproximando
esta polarização tende a debandar para vias de fatos. O que aumenta a
incredulidade da população com os políticos e a política. Os destinos do
Brasil não deveriam ser decididos no par e ímpar.
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