Terça-feira, 17 de abril de 2018 - 15h56
RESENHA POLÍTICA
ROBSON OLIVEIRA
PROJETO – Mesmo reiterando que seu projeto inicial é a reeleição para a Câmara Federal, o deputado Marcos Rogério (DEM) não descarta mudar de ideia e colocar o nome na convenção para uma vaga ao Senado Federal. Em contato com a coluna o parlamentar revelou que a direção nacional dos Democratas tem insistido nesse projeto eleitoral e o momento é avaliar os cenários para tomar uma decisão. Embora reafirme que a vontade pessoal é a reeleição, mas ressaltou que é um militante partidário disciplinado.
INCERTEZAS – Na hipótese de Marcos Rogério optar em disputar uma vaga senatorial, o pré-candidato mais prejudicado será o ex-prefeito Jesualdo Pires (PSB), visto que ambos são do mesmo domicílio eleitoral e o deputado neste momento é mais bem conhecido no estado que o ex-prefeito. Nestas eleições, pelo menos em Rondônia, há mais incertezas em relação as candidaturas majoritárias do que em outros estados. Quem diz que é, não vai ser. Quem diz que não vai ser, poderá ser.
TITANIC – Já há quem defenda abertamente um chapão reunindo PDT, PSB, MDB, PRB, PTB, Rede, Podemos e PT, entre outras dezenas de legendas nanicas, com Daniel Pereira pilotando a candidatura a governador. É muito prematuro avaliar as probabilidades de um projeto dessa magnitude dar certo, apesar de que em política tudo é possível. O difícil será compatibilizar tanto interesse antagônico no mesmo palanque e conter a volúpia pelo poder do atual mandatário.
COMEÇO – Estreando como pré-candidato ao Senado e ex-governador, Confúcio Moura (MDB) aproveitou a estada em Cacoal e participou de um evento na condição de pré-candidato da Secretaria Estadual de Educação que ocorria no município. A lei não proíbe a visita de ninguém aos órgãos públicos, inclusive pré-candidatos, exceto quando pedem votos. A coluna não tem como afirmar que a regra tenha sido quebrada, mas não é bom começo iniciar a caminhada eleitoral em órgãos públicos. Este lembrete serve a todos!
INCÓGNITA – A filiação inesperada do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa ao PSB despertou desconfiança nos atuais pré-candidatos a presidente da república. O que era uma incógnita eleitoral, com a pesquisa Datafolha recentemente divulgada nos principais veículos de comunicação, revela que o ex-ministro tem capilaridade eleitoral para disputar a presidência. Ainda mais com Lula fora do páreo.
APELAÇÃO - Os percentuais conferidos nesta pesquisa a Joaquim Barbosa são expressivos para quem ainda não anunciou nacionalmente que é pré-candidato. Que os concorrentes ponham as barbas de molho porque o ex-ministro tem um currículo impecável a oferecer na campanha, embora o discurso seja apelativo, oportunista e de conteúdo populista. “Quincas” vai causar furor!
FÍSICA – Como esta coluna previu há mais de um mês, a turma ligada ao ex-governador anda se desentendendo com os novos colaboradores nomeados pelo atual governador. Era previsível o choque porque a cadeira governamental não tem espaço para duas bandas anatômicas traseiras de dois mandatários. Só cabe um bumbum. A lei da física explica.
CONVOCADOS – Daniel convocou para o primeiro escalão do governo a maioria dos titulares que compunha a equipe do ex-prefeito Mauro Nazif. Para quem almeja um segundo mandato é bom ficar esperto porque foram estes colaboradores que ajudaram na derrota do ex-alcaide nas eleições da capital. Com diz o adágio: não se mexe em time que está ganhando. Embora a convocação seja uma discricionariedade do técnico.
RICHELIEU – Nos corredores das secretarias estaduais e nos corredores da Assembleia Legislativa pipocam críticas contra a forma com que um capitão da PM blinda Daniel Pereira das pessoas que querem ter acesso ao chefe do executivo. O militar recebeu a alcunha de Richelieu, o primeiro-ministro informal do governo. Ninguém fala com Pereira sem passar pela peneira do cardeal.
PESAR – É com pesar que a coluna presta homenagem ao colega jornalista e advogado Maurício Calixtro que fez a passagem para o andar de cima. Tivemos a felicidade de ser convidado por várias oportunidades para ser sabatinado pelo colega e constatamos a inteligência e a sagacidade como Maurício abordava os diversos temas, especialmente da política. O jornalismo rondoniense ficou mais modesto com a sua partida.
O jornalismo rondoniense ficou mais modesto com a sua partida.
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