Quarta-feira, 25 de junho de 2014 - 05h01
Robson Oliveira
Convenções
Como esta coluna afirmou por diversas vezes, o Partido Progressista, legenda que possui como donatário o senador Ivo K-Sol, deverá mesmo descartar a postulação de Maurão de Carvalho e aprovar na convenção o nome de Jaqueline K-Sol ao Governo de Rondônia. O cenário político não é vantajoso para as pretensões da irmã do senador K-Sol e as legendas que outrora seguiram as ordens do senador dão de ombros nas articulações do PP. Os cassolistas caminham para o isolamento político e nem o padre Ton, que tentava articular uma candidatura ao governo com o apoio do PP, quer pregar ao lado da família de Rolim de Moura. Todas as convenções estão marcadas e a sorte está lançada.
Convenções I
Sexta-feira, no clube Talismã, na capital, das 14 às 19 horas, o tucanato reúne todos os filiados para homologar a pré-candidatura de Expedito Junior ao Governo de Rondônia. Unem-se à coligação o PSD, PSDC, PV e uma penca de partidos menores.
Convenções II
Os governistas também marcaram sua convenção para homologar a pré-candidatura de reeleição de Confúcio Moura (PMDB) e de Acir Gurgacz ao Senado Federal (PDT). Juntam também um número expressivo de partidos nanicos que eventualmente gravitam em torno de quem estiver governando. Ainda que o PSB, partido da família Nazif, reivindique a vaga de vice, os peemedebistas passaram o dia em negociações com os petistas e ofereceram a vaga para indicação pelo padre Ton.
Convenções III
Embora o PT tenha aumentado o tom nas inserções da TV contra a administração de Confúcio Moura e o padre Ton tenha declarado precipitadamente que preferia voltar a celebrar missa a apoiar a reeleição do governador, tudo indica que o PMDB conseguiu capitular o PT e o deputado federal Anselmo de Jesus deverá formar a chapa governista à reeleição. Já o padre não vai voltar ao altar das pregações e optou por disputar a reeleição a deputado federal numa coligação com o PMDB.
Preferido
O nome preferido dos peemedebistas para vice-governador na chapa de Confúcio Moura era o do suplente de senador Tomás Correia. No entanto, depois de avaliar com a família, Correia declinou ao convite dos partidários, abrindo caminho para que o PMDB oferecesse a vaga ao PT. Tomás Correia é uma daquelas pessoas da melhor qualidade e capaz de dar credibilidade a qualquer chapa, mesmo uma liderada por um candidato desgastado a exemplo do atual mandatário.
Chapão
Em reunião ontem com o governador Confúcio Moura o deputado federal Nilton Capixaba exigiu a formação de um chapão entre os partidos PMDB, PDT, PSB, PTB, entre outras legendas, para a nominata à Câmara Federal. Há resistências para o fechamento de um chapão entre os postulantes peemedebistas e petistas, mas Moura garantiu ao petebista que bastará um puxão de orelha para acabar com as resistências. Há quem advogue também coligações separadas entre os partidos que apoiam o governador.
Golpe baixo
Durante esta semana os adversários de Expedito Junior tentaram impedir que Neodi Carlos, força política incontestável na região do atual governador, mantivesse o nome de vice na chapa tucana. A pressão foi tão forte que usaram inclusive uma gravação clandestina com conteúdo fora do contexto para tentar dissuadir Neodi. O horizonte promete uma disputa acirrada com golpes da cintura pra baixo.
Boatos
A estratégia dos governistas – falam isto abertamente em todos os lugares – é disseminar nos municípios que o principal concorrente, Expedito Junior, está com impedimento jurídico e não consegue registrar a candidatura no Tribunal Regional Eleitoral. Especulam sem nenhum pejo até o placar e revelam supostos diálogos de coxias.
Verdade
É verdade que até no dia do registro das candidaturas (5 de julho) há restrição na elegibilidade do tucano, mas quem lê a lei sem paixões nem má-fé verificará que há casos supervenientes em que é possível a homologação da candidatura quando o candidato recupera seus direitos plenos antes do dia da eleição, como é o caso de Expedito Junior.
Verdade I
É verdade também que o registro de Junior corre o risco de ser negado caso o TRE interprete a legislação pertinente de forma mais severa e elástica, mas as decisões reiteradas proferidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são amplamente favoráveis ao tucano. Significa dizer que Expedito Junior tem consciência de que pode sangrar durante um período da campanha até que o TSE garanta o registro. O importante é que consegue.
Imbróglio
Diferente das eleições passadas, nestas todos sabem que, Expedito Junior ganhando, toma posse sem problemas. O grande desafio é explicar ao eleitor esse imbróglio jurídico e esvaziar a estratégia governista. Algo tranquilamente exequível numa disputa em que a população almeja mudanças e não poupa adjetivos acerbos às autoridades, especialmente as que prometeram cooperação e vivem da empulhação.
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