Quarta-feira, 31 de maio de 2017 - 20h03
MORTES DE BEBÊS E MAMÃES TÊM QUE
SER INVESTIGADAS E EXPLICADAS
Enzo e Kalil são nomes de alguns bebês que não sobreviveram. Márcia, uma das mães. Houve outras. Em apenas uma semana, foram registrados nada menos do que quatro mortes de futuras mamães ou de bebês recém nascidos ou natimortos, em Rondônia. Três casos em Porto Velho, um em Jaru. Famílias destruídas pela tristeza, até agora estão tentando entender o que aconteceu. Não há respostas. Nos últimos dias, uma série de reportagens nos programas jornalísticos da SICTV/Record, escancarou de novo o grave problema que está acontecendo em hospitais e também na Maternidade Municipal de Porto Velho. Muitas mortes poderiam ser evitadas, segundo as reportagens de Larissa Vieira, da equipe comandada pelo competente jornalista Eduardo Kopanakis, se o sistema de saúde funcionasse; se os pacientes fossem tratados de forma humana; se não houvesse negligência e falta de respeito com as mamães e seus bebês. Os números de mães que morrem no parto têm diminuído, cerca de 45 por cento desde 1990, mas, em pleno século 21, eles ainda assustam, Todos os dias, mundo afora, ao menos mil mulheres morrem por causa de complicações na gravidez e no parto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a taxa oficial de mortalidade materna é de 75 mortos de mulheres, para cada 100 mil nascidos vivos. A OMS diz que o aceitável seria, no máximo, 20 mortes para 100 mil nascidos vivos. Ou seja, estamos com quase quatro vezes mais do que o aceitável.
Por aqui, há ainda muitas reclamações sobre o atendimento às mães e seus bebês, principalmente na Maternidade Mãe Esperança, que pertence ao município, mas também no HB, onde os casos mais sob risco são atendidos. Principalmente sobre o tal parto humanizado, que nada mais é que uma forma do SUS pressionar os médicos a não fazerem cesariana e forçarem as mamães a terem seus bebês por parto normal. Só que, em muitos casos, quando o bebê nasce, já é tarde demais para salvá-lo. Muitas mamães ficam traumatizadas com a experiência de dar a luz e se desesperam quando precisam recorrer ao serviço público. Não se pode aceitar tantas mortes num período tão curto. Elas precisam ser investigadas profundamente e as autoridades da saúde têm obrigação de vir a público, explicar o que está ocorrendo. Nesse sentido, até agora, apenas ouviu-se a voz do silêncio.
BOATOS E VERDADES
Boataria sobre eventuais operações da Polícia Federal se tornaram comuns, tanto em Rondônia quanto em outros Estados. Não há semana em que não se fala sobre isso. Está acontecendo novamente. Nas rodas políticas e nos papos de jornalistas, começa a ser citada uma super operação, que estaria começando agora e que teria seu ápice entre julho e agosto. Por enquanto, na verdade, não há nada de concreto, a não ser boatos mesmo. Mas...O que se comenta além dos boatos, é que uma série de investigações estão sendo feitas. Há sim um trabalho silencioso da PF, por enquanto apenas em alguns cidades do interior. Uma importante fonte comentou com essa coluna, mesmo com o assunto no mais profundo sigilo, que o caso vai chegar em Porto Velho, daqui a algumas semanas. O motivo das investigações só surge dentro da indústria da boataria. Resumindo: não se sabe a intensidade do trabalho e nem o que ele pretende descobrir. Mas que a PF está agindo no Estado, neste momento, está sim...
MENOS BOLSA FAMÍLIA?
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, confirmou que o atual governo vai passar um pente fino no programa Bolsa Família. Claro que na tradução governista, o corte é chamado de “focalização!” (cada apelido que essa gente arruma!), porque a intenção é focar apenas nos realmente necessitados e extirpar todos os demais, que não têm os requisitos necessários para manterem-se no Bolsa. Será uma medida bemvinda, até porque não se pode aceitar que vagabundos, canalhas, safados, sejam atendidos por um programa social que visa ajudar as famílias que vivem na miséria ou na extrema pobreza. Manter o Bolsa Família e ampliá-lo, para quem precisa mesmo é de fundamental importância. Fazer uma limpeza, excluindo dele quem quer que seja que receba indevidamente o benefício, é mais que obrigação. Nos governos do PT, o Bolsa foi transformado num programa de compra de votos. Uma vergonha. Mas ele é vital para os milhões de brasileiros que, se não o receberem, morrem de fome. Aliás, todos os que receberam indevidamente devem ser obrigados a devolver cada centavo, com multas e correção e devem ir para a cadeia. Aí sim, tudo estará certinho.
SAIDÃO PARA A FESTA
Está cada vez pior, ao invés de melhorar. A legislação brasileira, protetora do crime e dos criminosos, criada por cabeças certamente voltadas aos seus próprios interesses e nunca das vítimas ou da Nação, continua abusando da grande maioria da população. Agora, mais uma: detentos do Distrito Federal vão ser beneficiados com um tal de “Saidão”. O que é essa porcaria? Nada menos do que autorização para sair das cadeias, para que os pobres coitados possam participar das festas juninas. Isso mesmo! Festas Juninas! Já não basta o Dia das Mães para quem matou mãe e tantas outra\s excrescências. Agora a lei nos dá, a nós, cidadãos do bem, uma bofetada a mais, bem no meio da cara. A partir de 9 de junho, Brasília ficará abarrotada de bandidos soltos nas rias, enquanto a população trabalhadora viverá suas festas juninas trancadas em casa, com medo do terror e do crime. Por enquanto não se sabe se o benefício chegará também aos presídios de Rondônia. Esse país ainda tem jeito?
LIXO, SOFÁS E TERRENOS
Aqui e ali já se nota uma pequena melhora. Mas ainda estamos longe, tão distante quanto da Terra à Lua, nesse quesito. O entupimento de canais e córregos com pneus, eletrodomésticos, sofás, lixo de todo o tipo, continua existindo, mas deu uma melhorada em algumas áreas, com a conscientização de moradores da Capital. O mesmo está acontecendo com terrenos baldios. Dezenas já foram limpos e cercados, em vários bairros (incluindo o centro da cidade), mas há outras centenas que continuam deixando transparecer que Porto Velho está abandonada. Só no bairro Marcos Freire, por exemplo, a Associação dos Moradores fez um levantamento e detectou nada menos do que 180 terrenos abandonados, onde proliferam mosquitos, répteis, animais peçonhentos, ratos por aí vai. Francisco Semão Neto, presidente da Associação do Bairro, está pressionando a Prefeitura para que resolva o caso, multando os proprietários, até que eles resolvam criar vergonha na cara e limpar o que é seu. Tem que ser assim em toda a cidade, aliás. As Associações de Moradores podem ser mobilizar e exigir solução. No Marcos Freire, já começou...
100 MIL TONELADAS
Não é só o agronegócio de Rondônia que está bombando. A criação de peixes deu um salto, praticamente multiplicando por dez nos últimos anos. Desde 2014, somos os líderes nacionais na produção do pescado e, quando acabar 2017, teremos atingido a incrível marca das 100 mil toneladas produzidas. A expansão do mercado do peixe foi tanta que, em menos de duas décadas, nosso salto na produção foi incrível. Nos últimos anos, durante a gestão de Confúcio Moura, o governo criou uma série de programas e incentivos à produção do peixe (principalmente em cativeiro), conseguindo resultados que, há pouco tempo atrás, seria impensáveis. Ariquemes, Cujubim, Mirante da Serra, Urupá e a capital Porto Velho estão entres os 10 maiores produtores de peixe do país e a tendência é que, em breve, tenhamos ainda mais cidades nesse rol. Hoje, o Estado tem mais de 4 mil piscicultores cadastrados; a produção nos últimos tempos tem crescido mais de 20 por cento ao ano e a produção de peixe já ocupa a terceira colocação na economia de Rondônia. Não é pra comemorar?
A BRIGA CONTRA O UBER
Taxistas, apoiados por autoridades da Prefeitura, incluindo o secretário da Semtran, Marden Negrão e vários vereadores, estão unidos contra o Uber. Pelo menos 45 veículos particulares teriam sido apreendidos até agora, sob suspeita de estarem sendo usados para o que a Semtran chama de “transporte clandestino”!. A alegação é de que os participantes do aplicativo Uber não estão cadastrados na Prefeitura e, portanto, não podem transportar passageiros. Uma grande passeata pela cidade, promovida pelos taxistas e até declarações eufóricas de vereadores, garantindo que o Uber jamais vai ser autorizado em Porto Velho, fizeram parte da manifestação. Marden Negrão garantiu, de público, que continuará mandando apreender veículos que são usados pelo sistema Uber. O mesmo, aliás, aconteceu em várias cidades mundo afora e, na verdade, continuam ocorrendo. O problema é segurar algo que é moderno, novo, renovando o sistema e, ainda, que veio para ficar na sociedade de todo o mundo. Mas a batalha dos taxistas continua...
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