Segunda-feira, 2 de abril de 2018 - 21h16
CONFÚCIO SEMPRE DECIDE
NO ÚLTIMO SEGUNDO DA PRORROGAÇÃO
Faltando ainda pouco mais de 96 horas para a famosa Dead Line, aquela hora que, no Jornalismo televisivo é a última chance de se colocar uma notícia no ar, Rondônia ainda não sabe se terá ou não novo Governador a partir de 7 de abril. Todas as indicações levam a crer que sim, que Daniel Pereira vai mesmo assumir o poder até no máximo o sábado, dia 7. Hoje, nem no entorno do Governador, há quem tenha certeza da decisão que ele vai tomar. Na semana passada, numa reunião com lideranças do MDB, Confúcio Moura anunciou ao menos uma posição definitiva: não sairá do partido, seja qual o caminho que escolher. Só. Mas definir as coisas na hora final é da índole dele.
Histórias, testemunhadas por várias pessoas, são contadas até hoje. Algumas: em 1998, Confúcio Moura era candidato a deputado federal. Um mês antes, confirmou que iria para a disputa. Dez dias depois, procurou o partido. A ata da convenção ainda não tinha sido fechada. Tinha mudado de ideia Como um amigo dele decidira concorrer à Câmara Federal, ele, Confúcio, achava que não seria correta disputar contra um parceiro. Estava fora. Foi a primeira emenda na ata, que naqueles tempos ainda podia ser mudada até a última hora.
Outros dez dias se passaram e ele voltou ao homem da ata, avisando que concorreria. Mais uma semana, voltou atrás de novo. Dona Alice, sua esposa, tinha pedido que ele não disputasse a eleição. Nova mudança na ata. Poucos dias antes do prazo final, Confúcio Moura
avisou que iria concorrer. A ata, cheia de emendas, foi entregue com o nome dele na Justiça Eleitoral. Ele disputou e ganhou. O mesmo aconteceu na sua reeleição. Ele anunciou que desistiria até a 25ª hora. Chegou a de que o nome do partido seria Marinha Raupp. Na última hora, decidiu concorrer e ganhou. Agora, mais uma vez, repete-se a indecisão.
E dai? O bom senso e o Histórico de tomar a posição final no último segundo da prorrogação, para usar uma linguagem futebolística, podem indicar que o Governador vai repetir o que fez várias vezes. A verdade é que ele está numa grande pressão. De um lado, os aliados de
Daniel Pereira contam os segundos para que ele assuma e escancare as portas do poder para eles. Aliados de Valdir Raupp torcem para que Confúcio não concorra, dando a ele, Raupp, chances maiores na eleição. Na família, há pressão também para que ele conclua seu governo e sua vida pública. Mas há o outro lado: os dos seus parceiros políticos, dos secretários que são candidatos e precisam dele na campanha; de amigos e até pessoas da sua família que vão disputar em outubro e o querem nos palanques. Confúcio tem a política no sangue. Ainda teria longos anos a se dedicar à vida pública. Tem chances concretas e reais para se eleger senador. Está tudo na balança. E está há meses. Afinal, Confúcio vai ou não vai? A resposta? Só na última hora. Como sempre!
AGNALDO E AS RODOVIAS MORTAIS
Agnaldo Muniz morreu muito jovem. Era pastor e um político com dois mandatos de deputado bastante produtivos. Estava se lançando novamente para concorrer a uma cadeira à Câmara Federal, quando sofreu um acidente fatal na BR 319, rodovia, aliás, em que se registram poucos acidentes. Foi uma morte abrupta e de uma pessoa que teria muito a dar ainda, ainda a dar à coletividade, para seus amigos e, principalmente, para sua família. Ele entra para as estatísticas dos milhares de brasileiros que morrem nas rodovias federais, estaduais e nas ruas e avenidas de todas as cidades deste país. Rondônia perde um destacado homem público, a família perde
um homem decente e batalhador e lamentavelmente será apenas mais um a morrer no trânsito assassino que todos os anos, tira pelo menos 50 mil vidas de brasileiros de todas as idades. A BR 319, sem manutenção, sem cuidados, sempre tratada apenas com discursos, é apenas mais uma rodovia nacional que está ruim e vai ficar cada vez pior. Pior ainda está a BR 364, com muito mais trânsito, esburacada, atirada à traças e matando todos os dias. E nossas autoridades? Ah, elas estão muito preocupadas com a eleição e em criar mais Impostos, para sustentar a grandeza do Estado, que nos engole.
SECRETÁRIOS CANDIDATOS
Dos secretários do governo que disputarão as eleições em outubro, apenas o então Titular da Agricultura, Evandro Padovani e o então diretor geral do DER, Ezequiel Neiva, já deixaram o cargo há mais tempo. Espera-se ainda decisões importantes, como a que envolve um dos nomes mais destacados do governo Confúcio Moura, o
do secretário de saúde, Willames Pimentel. Ele está sendo onvocado pelo seu partido, o MDB, porque é considerado um dos principais nomes que serão apresentados ao eleitorado rondoniense pelo partido. O secretário de Justiça, Marcos Rocha, também
deve entrar na briga por uma vaga à Assembleia. O secretário de turismo, Júlio Olivar, também já definiu: sai até dia 7, para buscar uma vaga no parlamento estadual. Chiquinho da Emater já deixou o posto e entra na disputa também. Vários outros nomes estão sendo
cotados para entrarem na corrida atrás do voto, em outubro, mas há também muitas indefinições e não só a do chefe. O MDB rondoniense anda cheio de esperança de que poderá eleger até seis representantes, formando a futura maior bancada da Assembleia.
Se conseguirá? Aí só quem tem bola de cristal para responder.
OS ALUNOS PAGAM O PATO
A greve dos professores continua. Várias reuniões, debates com representantes do Governo e,,,nada. Nesta terça, se completam 42 dias de paralisação, sem um só centímetro de avanço nas negociações entre a categoria e o Estado, A radicalização
do movimento não resolveu nada. Pelo contrário, deu um tom de envolvimento partidário, de forçacão de barra e, eventualmente, até de birra. O problema não essência é um só:o governo diz que não tem dinheiro para atender o que pedem os professores. Se fosse
atender o pedido do Sintero, ampliaria os custos do Estado em meio bilhão de reais e colocaria Rondônia no rol das unidades da federação totalmente quebradas. Afora isso, se atender as reivindicações do Sintero, o Governo terá que atender os pedidos de
pelo menos outros sete candidatos, o que seria, então, a pá de cal numa administração que tem se destacado por colocar os cofres públicos rondonienses entre os poucos que ainda sobrevivem no azul, enquanto perto de 95 por cento dos Estados ou estão quebrados ou estão caminhando, céleres, para a quebradeira.
Portanto, ao menos até nesta terça à noite, não se via luz no final do túnel, para um acordo que acabe com a greve. Ou seja, os milhares de estudantes Rondonienses continuarão sendo castigados. Eles pagam o pato, como sempre!
SÃO POUCAS MULHERES
Chupinguaia, São Francisco do Guaporé, Ariquemes, Cacoal, Pimenta Bueno e Alto Paraíso são as únicas seis cidades do Estado comandada por mulheres. Pouco mais de 11 por cento dos 52 municípios, embora se defenda todos os dias, uma maior participação das mulheres na política. Rondônia não é diferente do Brasil. Em várias cidades onde o eleitorado feminino já é maior do que o masculino, o fenômeno é mais claro: elas não votam nelas. Preferem votar em homens. Se mulheres já ocupam espaço
cada vez mais significativo na maioria das atividades, o mesmo quadro não se vê na política. Ao menos até agora, a participação delas não cresce na proporção em que cresce a presença feminina na vida brasileira. Nas eleições desse ano, por exemplo, não há um
só nome cotado do mundo feminino para disputar o Governo do Estado, apenas como exemplo. Para o Senado, fala-se apenas, até agora, em Fátima Cleide, do PT. Para a Câmara Federal, alguns poucos nomes: as atuais deputadas, Marinha Raupp
E Mariana Carvalho, além de Jaqueline Cassol, Cláudia Moura e Rosário Helena. Quem mais? Para a Assembleia, um pouco mais: Joelna Holder, Rosângela Donadon, Elis Regina e algumas outras que entrarão no decorrer da corrida. Mas é bom avisar que, ao
Contrário de algumas informações que se lê e ouve, a primeira dama de Porto Velho, Ieda Chaves, não será candidata à Assembleia.
A LUTA DO PESSOAL DA CAERD
Mesmo com toda a crise que está vivendo, a Caerd ainda tem servidores exemplares, que, embora estejam sem receber seus salários há meses, dão duro e fazem o que podem para não deixar a população com um serviço pior do que já tem. Como o sistema
de canalização usado na distribuição de água em Porto Velho é antiquado e com risco de romper a qualquer momento, como rompeu duas vezes dias atrás, o engenheiro Wagner, um dos responsáveis pelo trabalho de manutenção e toda a sua equipe, trabalharam duro
para conseguir, junto à Depasa, a estatal do Acre que abastece o Estado com água potável, vários canos emprestados, para reforçar o sistema de captação e distribuição na Capital rondoniense. Os canos, enormes, foram trazidos em caminhões gigantes desde Rio Branco
e já estão disponíveis para o uso, quando necessário. Obviamente que em breve o material emprestado terá que ser devolvido. Não há ainda um prazo estipulado, por causa da imensa crise financeira em que a Caerd está mergulhada. Mesmo que esteja, como empresa, à
beira da falência, sua equipe de técnicos e dedicados funcionários continua trabalhando duro e com eficiência. Pena que trabalham sem receber, desde dezembro passado. Isso sim, é uma vergonha!
THIAGO SURPREENDE COM O PSL
Enquanto nas redes sociais os adversários vociferam ofendem, tentam humilhar, esculhambam, achincalham, ridicularizam, não se pode negar que a pré candidatura de Jair Bolsonaro cresce em todo o país. Na região norte, que tem dados números expressivos de apoio ao candidato da direita, ele é recebido por onde anda com muito apoio e prestígio. Em Rondônia, alguns jovens que
estavam no PSL, decidiram deixar o partido, quando souberam que Bolsonaro nele tinha ingressado. Tempos depois, vários deles voltaram. Há sim lideranças políticas no Estado pensando que o PSL é um partido com grande potencial, não só por seu candidato à Presidência, como também por muitos novos nomes que a sigla tem atraído. Nesta segunda, em Rondônia, já apareceu uma dessas surpresas. O prefeito Thiago Flores,liderança emergente do Vale do Jamary, deixou o poderoso MDB e ingressou no PSL,
dando mostras claras de sua insatisfação com o status quo da política como ela funciona hoje e com os partidos tradicionais. Ariquemes quase sempre foi governado por grandes partidos. Ao assinar ficha com o PSL, ontem, Thiago acena com uma administração descompromissada com os acordos políticos tradicionais. Vai dar o que falar, certamente, essa decisão do jovem prefeito de uma das maiores cidades do Estado.
PERGUNTINHA
A quatro dias do prazo final, você acha que o governador Confúcio Moura vai renunciar ao mandato era concorrer ao Senado ou preferirá ficar no Governo até o fim e não disputar a eleição?
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