Quarta-feira, 7 de junho de 2017 - 20h06
SEM MÁQUINA DE FABRICAR DINHEIRO,
MAIS UM ESTADO ESTÁ QUEBRANDO!
Um dos poucos Estados brasileiros que, junto com Rondônia, estava conseguindo sobreviver à crise econômica do país, acabou sucumbindo. Faltou gestão para o rico Mato Grosso, onde o agronegócio é imensamente maior que o nosso e a produtividade também. Mas não deu. Nessa semana, o governo do nosso vizinho se viu obrigado a escalonar o pagamento dos servidores públicos. O secretário da Fazenda, Gustavo de Oliveira, ao explicar a situação financeira de MT aos deputados estaduais (só com a saúde, há uma dívida de mais de 162 milhões de reais), disse uma frase comum, mas que é cada vez mais verdadeira: “o governo não tem máquina de fabricar dinheiro”. E qual o diferencial entre Rondônia, cada vez mais no azul, com dinheiro para pagar o salário religiosamente dentro do mês e ainda a primeira parcela do 13º neste 30 de junho? Gestão, portas fechadas para agrados ao funcionalismo, cortes de custos e gastos. Mato Grosso estava indo bem, até começar a abrir as pernas às pressões. Ao invés de fechar o cofre, as decisões foram políticas. Gatilhos salariais e verbas indenizatórias de até 5 mil reais a auditores, procuradores do Estado, delegados de polícia, aparentemente esconderiam o gasto acima da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas o que houve foi bem o contrário. Hoje, o MT já está gastando com o funcionalismo 52 por cento do seu orçamento, muito acima da LRF. Tem coisa pior? Claro que tem. Agora, várias categorias de servidores que não foram agraciadas com as benesses, estão anunciando greve...
Há formas de gerenciar a coisa pública. Nesse quesito, há que se destacar a diferença de Rondônia porque, enquanto quase todos os Estados estão às portas da quebradeira, por aqui as coisas ainda andam tão bem que, só nesse mês de junho, o Governo vai injetar mais de 400 milhões de reais na economia, apenas com os salários e metade do 13º do funcionalismo. Confúcio comanda uma espécie de núcleo duro da administração estadual, formado também pela Casa Civil, Secretaria do Planejamento, Secretaria da Fazenda e Procuradoria Geral, que constantemente se reúnem para avaliar a situação financeira do Estado e, antes de tudo, dizer Não! Existe outra forma de governar, quando se quer um governo sério? Porque, como repetiu o secretário da Fazenda do agora recém quebrado Mato Grosso, “o governo não tem máquina pra fabricar dinheiro”!
MUDANÇA DE NOME
Há que se levar em consideração a opinião da jornalista Mara Paraguassu, sobre o nome do Parque Ecológico de Porto Velho, chamado Parque Olavo Pires, em homenagem ao senador assassinado quando disputava o Governo do Estado, em outubro de 1990. Olavo merece homenagens sim, por que não? Mas nunca teve nada a ver com as questões ambientais. Quem criou o Parque, por decreto, em 1989, foi o então prefeito Chiquilito Erse, com o surgimento da Fundação Instituto do Meio Ambiente, Fima, a partir de sugestões do pai de Mara, Raimundo Paraguassu. Em 1992, o então prefeito José Guedes assinou decreto dando o nome de Olavo Pires ao Parque. Muita gente lutou muito, antes, durante e depois, para que o Parque fosse criado. Não há qualquer menção a algum trabalho do então Senador nesta área. Mara lembra que há uma série de personagens que realmente lutaram pela causa e pelo parque, que mereciam ser lembradas, mas não o foram. Ontem, ao tomar conhecimento do assunto, o prefeito Hildon Chaves ligou para o programa Papo de Redação, da Rádio Parecis FM, onde o assunto estava sendo debatido, para dizer que vai propor a mudança no nome do Parque, depois de ouvir a comunidade. Olavo Pires merece sim homenagens e certamente as terá, em alguma outra grande obra. Já o Parque Natural de Porto Velho, certamente terá novo nome, o de alguém que realmente lutou por ele....
MÚLTIPLAS ATRAÇÕES
Por falar no Parque, deve-se sim destacar como ele ficou muito melhor, com várias atrações, embelezado, com qualidade muito melhor do que foi no passado. Sua reinauguração no último sábado, depois de obras que custaram mais de 180 mil reais e da abertura do Museu que estava fechado há uma década, merecem todos os elogios. Na gigantesca área, num local aprazível da cidade, o parque tem uma área equivalente a 390 hectares; tem também três trilhas na mata para crianças e adultos; um museu do acervo biológico; sala de educação ambiental para cursos e oficinas; novo playground; mesas para piquenique; academia ao ar livre e viveiro de animais. Numa cidade onde as opções de lazer são tão pequenas, para uma população de mais de meio milhão de habitantes, o Parque Natural transforma-se num local aprazível e de qualidade, para receber o porto velhense. Afora o senão do nome, escolhido em 1992, o resto por lá só merece elogios. Agora, cabe à população ajudar a cuidar de uma área que é só sua...
CADÊ A SEGURANÇA?
Falta estrutura, falta segurança, faltam escolas. O enorme pacote de habitações populares que o Governo do Estado e a Prefeitura, sempre em parceria com o Governo Federal, que foi quem investiu pesado em Porto Velho, de um lado ajuda a resolver um grave problema de falta de casas populares que se arrastava há décadas, mas, de outro, não fornece aos novos moradores, algumas das mínimas condições. Nesta sexta, por exemplo, o Governo entrega mais 1.120 apartamentos nos prédios do Orgulho do Madeira. Outros 1.680 já foram entregues há meses. Ou seja, a partir da próxima semana, o enorme conjunto popular terá 2.800 imóveis ocupados, com uma população de cerca de 14 mil pessoas. Vem mais gente, em breve. Naqueles apartamentos e em outros conjuntos próximos, não há segurança; a água de poços artesianos tem sido insuficiente para atender a todas as famílias; crianças não têm escolas onde estudar (há o caso de um menino, só como exemplo, que sai de casa às 10 da manhã e volta às oito da noite, para estudar na zona sul). Mas o pior de tudo é a invasão de noiados, drogados, traficantes e ladrões, atazanando a vida da grande maioria das pessoas de bem. Não está na hora de criar postos policiais naquela região?
HOLOFOTES NOS MINISTROS
Menos, menos! Os ministros Gilmar Mendes e o relator do processo que pode cassar a chapa Dilma Rousseff/Michel Temer, Herman Benjamin, estão concentrando os debates sobre o caso, trocando farpas, tentando um brilhar mais que o outro; atraindo os holofotes, ao invés de se aterem apenas ao assunto que está em pauta. Nada pior para a mais alta corte Eleitoral do país do que isso! Gilmar criticou o próprio TSE, dizendo que ele está cassando políticos mais do que os cassava na ditadura militar. Benjamin retrucou, dizendo que agora o TSE cassa quem é contra a democracia e no tempo da ditadura cassava quem era a favor dela. Apenas frasistas, como se estivessem disputando algum prêmio por talento do improviso. É isso que está preocupando um pouco mais o país, já envolto em tantos problemas e escândalos. Quando ministros ficam trocando farpas e frases, como se isso fosse a prioridade, em que posição fica o julgamento em si do processo? Está difícil de engolir....
NADA A COMEMORAR
Mais um secretário do prefeito Hildon Chaves entra em rota de colisão com a Câmara de Vereadores. Nessa semana, o alvo foi o titular da Semtran, Marden Negrão. Ele foi duramente criticado pelo vereador Marcelo Reis, que afirmou que, até agora, não houve qualquer melhoria no trânsito da Capital. Entrando no sexto mês da atual administração, vários vereadores têm questionado o que alguns deles chamam de “falta de ação” da Secretaria de Trânsito. Há também reclamações sobre o não atendimento de reivindicações apresentadas na Câmara, com coisas simples, como implantação de sinalização e outras pequenas medidas que não são cumpridas. Marcelo não poupou no palavreado e chegou a afirmar que não há sequer uma ação da Semtran, desde que iniciou o atual governo, que se possa dizer positivo para a cidade ou que tenha trazido um mínimo de melhoria para a caótica situação do pesado e complexo trânsito da cidade.
ÁGUA EM DOIS ANOS....
Até que enfim uma boa notícia, relacionada com as obras de implantação do sistema de água em Porto Velho. O governo está anunciando investimentos na ordem de 66 milhões de reais (entre recursos federais, a maior parte e a contrapartida do Estado), para a nova etapa das obras na Capital. As empresas que pretendem participar da licitação pública já poderão fazê-lo. A intenção é que, finalmente, dentro de dois anos, toda a Porto Velho esteja abastecida. O enorme atraso foi causado por uma série de causas, incluindo decisões infelizes do Tribunal de Contas da União e vários outros problemas. Não tivesse havido essa gama de irresponsabilidades, há muito tempo o serviço todo estaria concluído e grande parte da população da Capital não viveria, ainda, sem água ou com os poços amazonas, todos contaminados. Tomara que dessa vez, os irresponsáveis passem longe das obras....
PERGUNTINHA
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