Terça-feira, 14 de agosto de 2018 - 20h35
HÁ ALGUM VENCEDOR NA BRIGA DO PT, DEPOIS
DA INTERVENÇÃO DO DIRETÓRIO NACIONAL?
O Partido dos Trabalhadores vai de Fátima Cleide ao Senado; Paulo Benito como candidato a vice na chapa encabeçada por Pimenta de Rondônia (PSOL) e pouquíssimas chances de eleger alguém, nessa eleição. Pelo menos é esse o quadro, depois da determinação vinda do diretório nacional, que fez uma intervenção branca em Rondônia, desautorizando a Executiva, que registrou no TRE, uma ata de convenção autorizando o partido a se coligar com o grupo politico de Acir Gurgacz. O racha no partido indica, ao menos até nova decisão, já que o grupo perdedor emitiu nota, dizendo, com outras palavras, que não aceita a intervenção nacional, que no PT, não importa quem acabe ganhando a queda de braço, todos sairão perdendo. Pode parecer que o grupo de Fátima tenha vencido a guerra interna, mas a verdade é que a divisão, tão acentuada, num partido que sempre foi unido, pode ser uma pá de cal nos planos petistas em Rondônia. O comando nacional, a partir de ordem assinada pela presidente Gleisi Hoffmann, anulou a convenção regional, realizada na semana passada. Ela determinou uma aliança com o PSOL (também com o PC do B, mas os comunistas não toparam) e que o partido não fechasse o acordo com o PDT de Acir Gurgacz, o PP de Ivo Cassol e o PR de Luiz Cláudio da Agricultura. Sem essa coligação forte, as chances do Padre Ton, nome forte à Câmara Federal e Lazinho da Fetagro, até então muito perto da reeleição à Assembleia, se reduziram substancialmente. Ambos estão apavorados com o novo cenário. E Fátima, tem alguma chance? Ela vai disputar o Senado num partido extremamente dividido, onde parte importante da militância não concorda com a decisão de, praticamente excluir do jogo, nomes quentes que o partido poderia eleger. O resultado disso tudo, representa uma ruptura total no PT, como o seria caso a outra ala vencesse. Agora, vamos ver qual a resposta que o eleitorado petista dará a essa situação. Em 7 de outubro saberemos.
Quem está soltando fogos e dançando nas nuvens com a decisão do diretório nacional do PT, é o Pimenta de Rondônia. Pilotando novamente uma candidatura ao Governo, Pimenta, o nome do PSOL ao Governo, agora sim terá um tempo bastante razoável, no horário eleitoral gratuito. Ele terá como parceiro de chapa o jornalista Paulo Benito, que seria o candidato ao Governo do PT, caso o partido saísse com chapa puro sangue, mas, na nova negociação, abre mão para que Pimenta fique com a cabeça da aliança. Enquanto isso, Fátima Cleide começa a preparar sua campanha, baseando-se em pesquisas que diz ter, que a colocariam até entre os três candidatos ao Senado, com chances reais de chegar lá. Tais pesquisas espelham mesmo a realidade? Não se sabe. O que se sabe é que Padre Ton e Lazinho da Fetagro, os candidatos antes viáveis do petismo, foram os grandes derrotados dentro do partido. O que restará do PT em Rondônia, depois de 7 de outubro? Qual será o próximo capítulo dessa novela? Respostas em breve!
O DIA D DO BERON
Hoje é um dia extremamente importante para Rondônia, embora o calendário
não mostre isso claramente. É que, caso cumpra a ameaça feita ao
governo rondoniense, a União vai sequestrar nada menos do que 300
milhões de reais de recursos a que nosso Estado tem direito e que serão
retidos no Tesouro Nacional. A tentativa de chantagem é clara: se
Rondônia não assinar uma renegociação da dívida, que a estenderá por
mais algumas décadas, corremos o risco de ter toda essa dinheirama
apreendida. O que, aliás, pode significar um estado de risco de
quebradeira dos cofres públicos, incluindo-se aí o perigo de não haver
recursos para o pagamento em dia do funcionalismo, até o final do ano. O
governador Daniel Pereira, em entrevista na SICTV e no programa Papo de
Redação, da Parecis FM, nesta terça, protestou com veemência contra a
situação, mas garantiu que tudo será feito para superar este complexo
momento por que passamos. Daniel destacou também o apoio que o assunto
vem recebendo da Assembleia Legislativa e conclamou o parlamento a
apoiar a renegociação da dívida, o que poderia contornar a situação, ao
menos nesse momento de extrema dificuldade. Técnicos do governo,
advogados, representantes dos demais poderes, todos estão envolvidos na
briga para que não sejamos penalizados de novo, por uma dívida que
começou com 50 milhões de reais; o Banco Central multiplicou por dez e
da qual já pagamos mais de 2 bilhões. E ainda teremos que pagar outro
tanto. Daniel está fazendo tudo que pode ser feito para contornar o
enorme problema que lhe foi colocado pela frente.
REGISTROS ATÉ ESTA NOITE
Até
às 19 horas desta quarta, coligações e candidaturas devem ser
registradas na Justiça Eleitoral. A partir de agora, começa a fase da
análise dos nomes dos que pretendem disputar o pleito de 7 de outubro. A
primeira coligação, entre as maiores, a registrar seus candidatos foi a
que reúne PDT/PSB/PP/PR e outros partidos, de menor porte. Na relação
apresentada, há pelo menos dois nomes, na proporcional, que estão
praticamente fora do pleito, por terem condenação em segundo grau e
estarem incursos na lei da ficha limpa. Todos os demais partidos e
coligações têm que encaminhar a relação, com nominatas completas, até o
anoitecer desta quarta. O mesmo está acontecendo em nível nacional. O
PT, por exemplo, vai registrar a candidatura de Lula, preso e cumprindo
pena. Todos os que estão enrolados com a Justiça, desde que já tenham
tido condenação em segunda instância, estão praticamente eliminados da
eleição, a menos que suas condenações sejam suspensas. Os TREs e o TSE
têm repetido: ficha suja não vai concorrer. Vamos ver no que dá...
OS APELIDOS ESTRANHOS VOLTARAM
Manejo,
Luciene Gavião, Paco, Dr. Charles Coração, Chapeuzinho, Buguinho do
Salão, Adailton Fúria, Coxinha, Fronteira, Afonso da Mabel, Mão de
Cacoal, Paulinho Cinema: esses são apenas alguns dos apelidos curiosos
de candidatos que já encaminharam seus pedidos de registro à Justiça
Eleitoral. Quase todos são candidatos à Assembleia Legislativa. Um ou
outro vai à Câmara Federal. E isso que é só o começo, pois esses
apelidos saíram das primeiras relações encaminhadas ao TRE. Vem muito
mais por aí. Como os candidatos podem registrar seus apelidos, cada
eleição tenta superar a anterior, em pseudônimos esdrúxulos, alguns
engraçados, alguns de mau gosto e outros totalmente incompreensíveis. Há
quem diga que a política jamais será levada a sério enquanto for
possível um candidato concorrer com um apelido estranho e não com seu
próprio nome. A lei, contudo, tenta facilitar de todas as formas com que
o eleitor identifique com a maior facilidade possível aquele em quem
quer votar. Então, o uso do apelido – inclusive alguns que se tornaram
tão ridículos que nem merecem ser citados – seria a forma mais correta
de se praticar a ampla liberdade na hora de votar. Nos próximos dias, na
medida que os candidatos de outras coligações sejam confirmados, tem
mais uma relação desses pseudônimos estranhos...
COMEÇA A CAMPANHA NAS RUAS
A
partir desta quinta, dia 16., começa pra valer a campanha eleitoral
deste ano. Ela vai, finalmente, para as ruas. Será uma campanha
curtíssima, com um horário gratuito ainda menor, que começará em 31
deste agosto e vai até três dias antes da eleição. Os grandes partidos e
as coligações mais fortes, saem com enorme vantagem, pelo tempo de
rádio e TV que terão, mas muito mais pelos recursos financeiros, vindos
do Fundo Partidário, que serão distribuídos principalmente para os que
têm mais representação no Congresso. Em Rondônia, MDB, PSDB e PDT, os
partidos que lideram as principais coligações, serão os grandes
beneficiados. Pelo menos duas dezenas de partidos estarão representados
na eleição rondoniense, a grande maioria deles de nanicos, com chance
zero de eleger alguém, mas que, na maioria dos casos, estão participando
da eleição para tentar se manterem vivos, embora inúmeros deles irão
sucumbir, por não atingir os índices mínimos de votos exigidos pela
legislação eleitoral. Para o Governo do Estado, nove candidatos estarão
na briga. Três deles com chances reais; um como uma possibilidades, mas
só se houver uma enorme surpresa e os demais só vão mesmo para
competir. A corrida eleitoral, enfim, sai às ruas...
UMA CADEIA FEITA PARA FUGIR
Mais
ou menos uma fuga a cada dois meses. Uma semana depois da inauguração,
em julho de 2017, houve o caso de um dos maiores grupos de fugitivos:
onze presidiários escaparam com a maior facilidade. Um mês depois,
outros dois escaparam. Moleza. Em setembro do ano passado, o recorde,
com a fuga de 15 detentos. Agora, na semana passada, outros quatro
encheram o saco de ficarem presos e saíram também, tranquilamente.
Alguém aí pode dizer, com segurança, que presídio é esse, apelidado de
Centro de Ressocialização de Ariquemes, onde os presos saem a toda hora,
sem que sejam incomodados? A genialidade de entregar a construção da
obra aos próprios presos é daquelas ações que os políticos adoram
discursar, mas se esquecem de combinar com os bandidos. Ora, eles não
são pessoas do bem, estão cumprindo pena, a grande maioria não tem
qualquer vontade de se recuperar e “voltar ao seio da sociedade”, como
discursam os que se acham mais inteligentes que o resto da humanidade e,
claro, se vão construir uma cadeia, farão de tudo para que ela lhes
propicie as maiores chances de fuga possíveis. Mas vai dizer isso aos
teóricos? Ah, para eles, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Será
que os idiotas somos nós, os leigos?
“Cansei de me indignar, escrever, falar...”
Há
dezenas, quem sabe centenas de novos nomes na política, tentando fazer
alguma coisa para mudar a situação como ela está agora. O problema é que
o eleitor faz um discurso, pelo novo, mas na maioria dos casos vota
mesmo é naqueles que já conhece e que estão na vida pública há anos. A
jornalista Jussara Gotlieb, por exemplo, é desses personagens que querem
trazer oxigênio para a política. O que ela escreveu, sintetiza um pouco
das enormes dificuldades de quem não é político profissional e que quer
ajudar na mudança das coisas como elas estão. Vale a pena ler: “muitos
amigos e amigas estão se manifestando sobre a homologação do meu nome,
na convenção, para concorrer ao cargo de deputada federal pelo DEM. Não é
fácil, eu sei. Os caminhos são gigantes e a coragem ainda maior! Vamos
ver o que acontece. Vou com meu nome real, sem apelidos ou designações
ou composições...Sou eu ...Euzinha e ponto! Cansei de ver, me indignar,
escrever, falar, reclamar e cheguei à conclusão que posso mudar as
coisas, se as pessoas confiarem em mim e na estrada que estou
percorrendo em Rondônia, desde muitos anos. Sou um grão de areia nessa
imensidão de interesses, mas vou andar e quem sabe o grãozinho aumente
com o volume dos ventos e com a confiança de quem quer mudar! Acredito
que tudo é possível...acredito mesmo!”.
PERGUNTINHA
Com
a posse da ministra Rosa Weber como presidente do Tribunal Superior
Eleitoral, você acha que a Lei da Ficha Limpa vai ser usada com maior
rigor ou que, com ela, as coisas serão mais leves para quem está com a
ficha suja?
ASSISTA ABAIXO, A ENTREVISTA DE
JAIR BOLSONARO NA RECORD TV
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