Sexta-feira, 4 de setembro de 2009 - 05h26
TRANSPOSIÇÃO: ASSUNTO AINDA TEM PEDRAS
PELO CAMINHO ATÉ CHEGAR A UMA SOLUÇÃO
Não se quer colocar no caminho mais pedras do que já existem. Mas algumas fontes bem informadas estão achando que as dificuldades para a aprovação da PEC de Transposição, que será votada nos próximos dias no Congresso, poderão ser maiores que as esperadas. Na verdade, dentro da bancada federal, há toques de pessimismo. A senadora Fátima Cleide, por exemplo, disse em entrevista à TV Rondônia que o que é certo é que a PEC tem oito votos, que seriam os oito representantes rondonienses no Congresso. Já o senador Expedito Júnior está muito mais otimista. Para ele, toda a oposição estaria fechada com o projeto que transporia os servidores do ex-Território Federal para a folha de pagamento da União. Pelas contas do senador, DEM, PSDB, PPS, PP e PR, além de representantes de outros partidos, estariam comprometidos com a causa de Rondônia. O deputado federal Mauro Nazif também acha que há chances. O problema são as bancadas do PT e PMDB. Se seguirem a orientação do Palácio do Planalto, os dois maiores partidos podem facilmente acabar com o sonho – e com a justiça – de ver, como ocorreu em outros estados que antes eram territórios, o problema resolvido. A luta, por isso, não será fácil.
PÉ E MEIO
Por falar em Expedito Júnior, ainda esta semana ele responde ao convite do PSDB nacional que quer cooptá-lo para a sigla. Convidado pelo presidente do diretório nacional, Sérgio Guerra, Expedito está com um pé e meio no ninho tucano. Não oficializou ainda porque faltam pequenos detalhes a serem conversados.
AO GOVERNO
Como dificilmente a mudança não ocorrerá, Expedito já chega ao Estado nos próximos dias não só com o comando do PSDB rondoniense nas mãos como também com a indicação do partido para que ele dispute o governo do Estado pelos tucanos. Todas as conversações políticas estão se encaminhando para essa decisão.
VOTO ABERTO
Outra de Expedito: ele disse ontem que se a transposição dos servidores do ex-Território Federal não passar no Congresso, a culpa será única e exclusivamente das bancadas do PT e PMDB. E lembrou que como o voto será aberto, a comunidade rondoniense saberá quem ficou ao lado dela e quem ficou contra.
MAIS TROCAS
Mais mudanças à vista no quadro político regional e envolvendo pesos-pesados das urnas. Pelo menos dois deputados federais estão fechando as malas para sair de um partido e ingressar em outro. E são dois dos mais “quentes” em termos de votação. Nos próximos dias, os nomes e os novos partidos serão anunciados.
DOIS PALANQUES
Com essas mudanças todas, o grupo do governador Ivo Cassol ficará em dois palanques na eleição presidencial de 2010. Ele, João Cahulla e os partidos aliados para o pleito estadual fecharão com Dilma Roussef. Já Expedito e outros aliados – que no fundo são todos aliados de Cassol – vão pedir votos para José Serra.
BOM SENSO
O prazo dado para que fosse autorizado o plebiscito da região da Ponta do Abunã se esgotou e a comunidade, com bom senso, decidiu continuar negociando. Pelo menos até ontem não havia mobilização por novo fechamento da BR 364. Na última vez que isso aconteceu, quase terminou em tragédia.
EMARANHADO
Aliás, está na hora do governo federal e do próprio TST também agirem com bom senso, liberando o plebiscito que vai definir a emancipação. A região de Extrema, Nova Califórnia e Abunã há muito tempo está pronta para se transformar em município. Só não o foi pelo emaranhado de leis e pela burocracia infernal que governa o Brasil.
VERSÃO INFANTIL
Representantes de grupos que invadem terras na região de Jacinópolis andam enviando à imprensa textos com absurdas distorções da realidade sobre os graves conflitos agrários naquela região do Estado. Pelo texto, são eles, os invasores, vítimas dos donos das terras que invadem. E ainda têm o desplante de dizer que quando atiram para matar, apenas se defendem. Incrível...
GRANA PESADA
Sobre o assunto, está imperdível matéria desta semana da revista Veja contando em detalhes de onde vem e como é usada a fortuna que os cofres públicos liberaram para os grupos ligados ao MST, que não tem nem CNPJ mas está com os cofres abarrotados. Quem não leu, vá atrás que vale a pena.
Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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