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Sergio Pires

Primeira Mão - 06/03/09


Primeira Mão - 06/03/09 - Gente de Opinião 

DO PECADO CAPITAL DA INVEJA
AO TALENTO DE ALGUNS POUCOS
 

Entre os sete pecados capitais, a inveja é um dos que mais resumem a que ponto pode chegar o ser humano. Inveja-se a beleza, a inteligência, a riqueza, mas inveja-se muito mais o talento. Porque o talento, aquele predicado que destaca um entre milhares e às vezes entre milhões, torna-se uma benção para quem o recebe e pode parecer um castigo dos céus para todos os que não o têm. Esse raciocínio vale para quase tudo, todos os dias, mas no caso específico, vamos tratar de um caso doentio de inveja, que assola milhões de seres comuns. Trata-se do jogador Ronaldo, o Ronaldinho, um dos maiores talentos esportivos que o Brasil já produziu. O que se ouve e lê contra a tentativa de um dos maiores craques de todos os tempos para voltar à exercer a sua profissão é algo doentio. O Brasil, aliás, geralmente não valoriza seus grandes talentos. É o único país do mundo onde até o Rei Pelé é, por vezes, contestado. Uma falha de caráter nacional que, com o passar do tempo, ao invés de ser superado, piorou. Há quem respeite mas há milhões de outros que invejam Ronaldo, um craque que o esporte certamente não produzirá em muitos anos. Essa gente esquece que ele não tem culpa de ser melhor naquilo que faz. Talvez a mediocridade nacional explique essa inveja. Quem sai da média pode ser condenado por ter talento. Uma pena. 

 

DE FORA

Depois do governador Cassol, foi o deputado Euclides Maciel quem protestou, com veemência, contra a contratação de trabalhadores do Mato Grosso para as obras da usina de Jirau e utilização de madeira de Minas, ao invés da de Rondônia, em parte da obra. Maciel fez um duro discurso na tribuna da Assembléia sobre o tema.

 

TEM CULPA?

Ele aproveitou a ocasião para dar mais uma cutucada no petista Sibá Machado, indicado pelo governo federal para representar Rondônia na coordenação das obras das usinas. Maciel quis dizer que Sibá teve culpa porque é do Acre e não representa os interesses de Rondônia. Nesse episódio, pelo menos, parece que o suplente de senador não pode ser acusado.

 

TURMA RENOVADA

O prefeito Roberto Sobrinho completou, ontem, o quadro de assessores diretos. Mexeu em secretarias, achou lugar para companheiros que estavam sem espaço, tentou agradar o PMDB e o PT na mexida que fez. Não se sabe se é a última troca de assessores diretos em Porto Velho. Pode vir mais por aí.

 

SÓ PERDEU

É ano de pré-eleição. E já começou a movimentação do Sintero, sempre pronto para politizar suas reivindicações. Anunciou para ontem uma paralisação no Estado e está querendo briga (de novo) com o governador Cassol. Até agora, o poderoso sindicato perdeu todas, no atual governo.

 

MASCULINO

O crescimento da violência contra a mulher no Estado vai ser alvo de audiência pública na Assembléia no próximo dia 30. Estranhamente, o pedido não partiu da única mulher na ALE, a deputada Daniela Amorim. O pedido da sessão especial, aprovada por unanimidade, foi do deputado petista Neri Firigolo.

 

MAIS BRIGA

Continua a briga entre o deputado Miguel Sena (PV) e o Ministério Público estadual. O MP não dá bola para vários pedidos de informações encaminhados pelo parlamentar. Ele, por sua vez, diz que cada vez que pede transferência do órgão, é alvo de perseguição e novos processos. Alguma coisa está muito errada nessa confusão toda.

 

É A HORA

Ora, a lei determina que o MP e qualquer outro órgão que receba dinheiro público preste contas, com clareza, do que recebeu e onde gastou. E se há perseguição a um deputado por causa de suas posições políticas, é coisa muito grave. Está na hora do Ministério Público esclarecer de vez o que está realmente ocorrendo.

 

NA BOA

O senador Valdir Raupp teve uma semana de boas notícias. Primeiro, foi escolhido para serr o líder da maioria no Senado, uma espécie de “promoção” em relação à liderança do PMDB, que tinha até agora. A outra é que se não houver nova contra-marcha, ele e a família Gurgacz voltaram a conversar numa boa.

 

DE VOLTA

O ex-presidente Collor de Mello, que saiu escurraçado do Palácio do Planalto, enxovalhado e cassado, está dando a volta por cima. Foi escolhido para comandar a Comissão de Infra-Estrutura do Senado, que cuida de projetos de alguns bilhões de reais, inclusive todos os do PAC. Nada como um dia depois do outro.

 

ERRO TÁTICO

Madeira e trabalhadores de outros estados: o pessoal que está fazendo a obra de Jirau parece que quer comprar briga com Rondônia. Vai enfrentar um problema atrás do outro...

Fonte: Sergio Pires / www.gentedeopiniao.com.br
ibanezpvh@yahoo.com.br

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