Quinta-feira, 8 de janeiro de 2009 - 06h26
A CATÁSTROFE DO TRÂNSITO É UM
ASSUNTO QUE NÃO TEM SOLUÇÃO
Se em Rondônia e Acre, segundo a Polícia Rodoviária, houve apenas uma morte nas rodovias federais durante o feriadão de final de ano, no restante do país a tragédia só aumentou. Morreram dezenas de pessoas – famílias inteiras desapareceram para sempre em colisões terríveis – e os números de mortos e feridos só aumentaram. Se a PRF comemorou a queda no número de vítimas fatais – de oito no ano passado para um este ano – nas ruas e avenidas de Porto Velho, contudo, os últimos dias de 2008 e os primeiros de 2009 foram trágicos: pelo menos quatro pessoas morreram num período de menos de 24 horas. Em estradas federais mais movimentadas – como nas regiões de São Paulo, Rio e Minas – os policiais rodoviários pegaram um motorista bêbado dirigindo a cada 20 minutos. Parece que as leis são feitas só para enfeitar. Poucos as respeitam. Não adianta não só os pedidos e orientações mas nem as quase súplicas das autoridades. O motorista brasileiro, no geral, está cada vez pior, cada vez mais irresponsável, cada vez mais transforma seu carro numa arma. Morrem quase 50 mil por ano, nas rodovias e nas cidades. Ninguém mais sabe o que fazer para acabar com essa carnificina. Se os motoristas ignoram os perigos e não dão valor às suas vidas e às dos outros, realmente o problema não tem solução.
TUCANATO
Uma reunião nos próximos dias, não se sabe ainda se em Brasília ou São Paulo, vai definir os destinos do PSDB rondoniense. Duas alas – a que está no comando e a que quer chegar a ele – vão saber oficialmente qual a decisão da cúpula nacional sobre para que lado vão os tucanos no Estado. O assunto está nas mãos de gente como José Serra, FHC, Aécio Neves e outros.
CHANCES MAIORES
Uma fonte muito bem informada disse ontem que o deputado estadual Euclides Maciel tem hoje “80% de chances de ser o futuro presidente regional do PSDB”. O parlamentar, que está fora do Estado em férias, não foi localizado para confirmar ou não a informação.
EM SILÊNCIO
Chico Paraíba, que a partir de hoje passa a ser ex-deputado e novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, ficou 15 meses quieto, sem comentar pubicamente uma liminar da Justiça – clara interferência de um poder em outro – que o impedia de chegar ao TCE depois de escolhido pela Assembléia Legislativa.
DESABAFO
Há expectativa de que, agora, confirmado e empossado no cargo, Paraíba faça algum tipo de desabafo. A posse dele – e dos dois novos deputados que assumem suas vagas na Assembléia – é hoje de manhã, no auditório do TCE.
QI
Por falar em Paraíba, ex-parlamentares e alguns atuais, que conviveram e convivem com ele na política há muitos anos o consideram um dos mais altos QI e um dos melhores articuladores entre todos os deputados que atuaram na Assembléia nos últimos tempos. Não é por acaso que, entre tantos candidatos, foi ele o escolhido para ser conselheiro do TCE.
CADA UM POR SI
A política sindicalista volta ao passado e trabalha só pelos interesses – muitos deles discutíveis – de suas categorias, ignorando os prejuízos à população. Agora, é no setor de transportes coletivos de Porto Velho que meia dúzia quer impor à grande maioria a sua vontade. E a população que se dane.
NOVA MODA
Agora a moda é parar os ônibus, fechar a avenida Sete de Setembro e deixar os usuários na mão. Está na hora das autoridades competentes tomarem providências para pelo menos proteger quem não tem nada a ver com os devaneios sindicalistas.
NADA MUDOU
Um ano sem a CPMF. E o que aconteceu? Os cofres do governo, mesmo com a crise, estão abarrotados de dinheiro. A CPMF não faz falta alguma e, pelo menos dessa vez, o contribuinte ficou livre desse achaque.
TRILHÃO
Mesmo sem a CPMF, o governo terminou o ano de 2008 com mais de 1 trilhão de impostos arrecadados. Para onde vai toda essa fortuna incalculável? Infelizmente, um grande percentual desse dinheiro vai para custear a gordura do próprio governo. Não só desse atual, mas de todos os passados e vindouros.
IMPOSTO DO AR
Aliás, cada brasileiro pagou, no ano passado, mais de 2.300 reais em impostos. Foram quase 192 reais mensais, ou 6,4 reais por cada dia vivido. Pelo menos por enquanto não pagamos tributos pelo ar que respiramos e nem pelas horas de sono. Mas não nos surpreendamos se os homens de Brasília já estiverem pensando nisso...
Fonte: Sergio Pires / www.gentedeopiniao.com
ibanezpvh@yahoo.com.br
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