UM EXEMPLO TÍPICO: TRÊS DÉCADAS DEPOIS, UM
ASSASSINO AINDA NÃO PAGOU PELO SEU CRIME
É só pesquisar na internet. O número de casos com uma décadas, duas e até três emperrados na Justiça brasileira não são tão exceções como se possa imaginar. Um deles, por exemplo, ainda está por ter desfecho e é considerado o mais antigo em termos de processo criminal ainda aberto no país. Na noite de 17 de setembro de 1977, Otacílio César Branco, de 57 anos, foi acusado de ter matado a tiros Ubaldo Dacol, na cidade catarinense de Lages. Só 32 anos depois - no ano passado - o caso foi à júri e assim mesmo ainda há recursos para o réu, antes que ele cumpra a sua pena. E mesmo se cumprir, em breve estará solto, porque hoje tem vários benefícios que a legislação não concedia na época do assassinato. Três décadas depois, a morosidade do Judiciário, o verdadeiro labirinto de leis brasileiros, as jogadas de advogados e a inércia de juízes deixaram que o caso – e dezenas e dezenas como este, usado apenas como exemplo – não só praticamente apodrecesse nos corredores da Justiça como, pior que tudo, jamais permitiu que o culpado fosse definitivamente punido.
Histórias iguais se repetem por todo o país, todos os dias. Mesmo quando o juiz quer aplicar a dureza da lei, ele é obrigado a seguir um emaranhado sem fim de vantagens que dá aos criminosos a benção para continuar no crime, enquanto suas vítimas foram para outro mundo, quem sabe mais justo, para quem acredita nisso. Na lei dos homens, o que se vê no Judiciário brasileiro e nas leis que regem nosso país, é inércia, morosidade, falta de estrutura, muitas vezes de vontade e, mais que tudo, uma torcida imensa para que o criminoso seja tratado como vítima. Pode-se dizer o que quiser, mas nossas leis foram feitas para proteger o crime.
O MESMO FILME
Ano eleitoral não muda: lá vem o Sintero anunciando mais uma greve. O prazo final dado pelo sindicato dos professores ao governo termina nesta quinta. Se não aparecer algum acordo, a categoria promete greve geral. Onde o governo não é do PT, o sindicato dos professores sempre arruma uma grevezinha em ano eleitoral. Não mudou nada.
ANO ATÍPICO
Esta quinta também marca um evento importante para o Estado. Todos os governadores da região amazônica estarão em Porto Velho, para discutir questões regionais. Os governadores, com Ivo Cassol se anfitrião, vão debater temas sobre o presente e o futuro da região. Vamos ver se todos falam a mesma linguagem, neste ano atípico de eleições.
EM PÂNICO
O deputado federal Lindomar Garçon, do PV de Rondônia, não escapou das brincadeiras (algumas, diga-se de passagem, de mau gosto mas, no geral, muito boas), da turma do programa humorístico Pânico. No último domingo, Garçon apareceu na atração nacional. Acabou levando também as coisas na brincadeira.
VELHOS ARGUMENTOS
O presidente Lula aproveitou uma visita ao Rio, esta semana, para sentar o cacete na imprensa, que, segundo ele, só noticia desgraças e não valoriza as coisas positivas. Sensacional o Lula de hoje. Bem diferente daquele líder que defendia a ampla, geral e irrestrita liberdade da mídia quando era oposição. E, pior: usando os mesmos velhos argumentos dos poderosos de plantão.
MESMA LADAINHA
Para o presidente, a imprensa privilegia fatos menos relevantes. "É um desvio de comportamento. Quase nenhuma obra de inauguração merece matéria. O que merece é uma gafe, um erro que a gente comete ou alguma coisa que não aconteceu", desabafou Lula.
O OUTRO LADO
Mas não se pode apenas criticar. O Presidente tem dado duro, inaugurado obras em todos os recantos do país, valorizado as classes menos favorecidas e chegando a um patamar de aprovação raríssimo na história brasileira. O problema, no geral, não é Lula. Pelo contrário. Ele tem sido a solução. Os problemas têm vindo é da “cumpanheirada”...
QUER ENTREGAR?
Até quando o PSDB vai deixar seus pré-candidatos nos Estados pendurados no pincel (como Expedito Júnior em Rondônia), sem lançar seu candidato ao comando do país? José Serra não se decide, os tucanos não saem do muro e a campanha eleitoral clara que está andando em todo o país, por enquanto, é só da dona Dilma e seus aliados. O PSDB parece que está se esforçando para perder ( e feio) a eleição presidencial.
SONHO DE 2014
Há sonhos e sonhos. O do deputado estadual Valter Araújo, por exemplo, é o de reeleger-se para a Assembléia e começar uma batalha para ser o futuro Prefeito de Porto Velho. Valter já foi vereador, deputado e agora sonha com o Palácio Tancredo Neves. É nome certo na disputa em 2014.
ELA É QUEM MANDA
Quando mais se fala, ouve, lê e vê as tragédias do trânsito, mais desesperançada fica a população brasileira. O número de assassinos nas ruas só aumenta, a irresponsabilidade aumenta, os bêbados continuam matando famílias inteiras e...nada. Não há Justiça que coloque esses criminosos na cadeia e os faça pagar pelas mortes. É a trágica impunidade, a grande governante desse país.
Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)