Quarta-feira, 13 de julho de 2011 - 07h55
NA SALADA DE FRUTAS DE NOMES, NÃO HÁ
QUEM SAIA NA FRENTE NA DISPUTA DA CAPITAL
Nas últimas eleições municipais na Capital, o número de pré-candidatos nunca ultrapassou sete, no máximo oito nomes. Na depuração, ficaram cinco. Quatro deles com chances reais de vitória. O eleitorado, meses antes do pleito, já tinha pelo menos uma ideia do desenho do quadro e a reta final das campanhas só servia para que ele tomasse sua decisão. Para 2012, tudo mudou. Como não há um, ou dois ou até três nomes de ponta, daqueles que podem sacudir o eleitorado e ter chances reais de vitória, nesse momento em que faltam 16 meses para o pleito, surgem todos os dias novos pré-candidatos. E todos imaginando que, como o quadro está nebuloso, como não há uma liderança forte, todos têm chances praticamente iguais. Daí surgem no cenário nomes quase desconhecidos, integrando uma longa lista de postulantes àq substituição de Roberto Sobrinho. Fala-se, claro, em figuras já conhecidas da política como Mauro Nazif, Fátima Cleide, Lindomar Garçon e Zequinha Araújo, não necessariamente nessa ordem. Fala-se em Expedito Júnior (esse também com chances reais, caso possa disputar) e, a partir daí, há uma enorme relação de pré-candidatos ou com chances muito pequenas ou até com chance zero.
O eleitor fica confuso. Os partidos, no geral divididos em interesses pessoais ou de pequenos grupos, não sabem que rumo tomar. As poucas lideranças com chances reais, temem entrar numa briga em que até os sem voto poderiam acabar tirando-lhes a chance de chegar ao Palácio Tancredo Neves. Como o PT se dividiu e não preparou uma liderança forte para a sucessão de Sobrinho, todos os demais partidos acham que não podem ficar de fora e que, mesmo com nomes fracos, devem tentar a loteria. Não há, no quadro atual, alguém que se destaque para se poder e dizer que tem chances definitivas em 2012. Daí, aventurar é o caminho.
CONFÚCIO NA PESQUISA
Pesquisa do Instituto Previsão, realizada no mês passada em Porto Velho, mostra o que a população da Capital pensa sobre os primeiros seis meses do governo Confúcio Moura. Entre ótimo (apenas 1,87%) e bom, o percentual de aprovação chega a 20,8%.
REGULAR À MAIORIA
Considerar o governo apenas regular, foi a opção de cerca de 42,5%. Somando-se ao ótimo e bom (20,8%), chega-se à conclusão que 63,3% ou estão a favor de Confúcio ou acham que ele começou mais ou menos. Já os números negativos foram os seguintes: Ruim, 17,62%; 13,7%; não opinaram ou não responderam, 5,61%.
CRISE DE BURITIS
A crise de Buritis, que por pouco não terminou num grande conflito, foi o ápice da revolta de madeireiros e população da região, que se diz perseguido pelo Ibama e pela Força Nacional de Segurança. Nesta semana, o assunto será tratado em Mato Grosso, num encontro com a ministra do Meio Ambiente. É importante lembrar que ela apoia integralmente a ação dos órgãos oficiais, mesmo quando exageram.
MAIS ESPAÇO
Políticos de peso e com bala na agulha andam sondando empresários do setor de comunicação, querendo negociar rádios e TVs estado afora. Os que podem e têm grana, estão buscando espaço maior na mídia. Várias propostas já foram feitas. Não se sabe quantos negócios serão fechados. Mas que há o interesse, sem dúvida há.
PRÁ INGLÊS VER
Enquanto a Lei Seca só serve pra inglês ver, os bêbados continuam destruindo e matando no trânsito. No final de semana foram várias ocorrências, incluindo uma em que um jovem embriagado destruiu sete carros e feriu várias pessoas. No Brasil inteiro, os suspeitos negam-se a fazer exame do bafômetro. Inclusive o agora deputado federal Romário. E nada lhes acontece.
PÉSSIMO SERVIÇO
Muita gente – seria a maioria? – que trabalha no serviço público, chega a se irritar quando tem que atender alguém. Aliás, quando tem que atender pessoas que pagam seus salários. O atendimento, na maioria dos casos, é horroroso e o servidor trata o consumidor como se ele fosse um inimigo, a atrapalhar a tranquilidade do seu dia. Foi o que aconteceu na ex-Ceron essa semana, quando duas mulheres foram ofendidas e agredidas. Porque exigiam seus direitos.
CASSOL E VALTER
Depois do ex-governador e atual senador Ivo Cassol, seu arquiadversário, a direção petista do Sintero encontrou outro alvo para brigar: o presidente da Assembleia, deputado Valter Araújo. Valter denunciou que, por ação errada da direção do Sintero, milhares de professores podem ser prejudicados. Bastou para ser transformado em inimigo.
UNIVERSIDADE
Mais de 90 mil menores estão detidos em instituições Brasil afora. A maioria por pequenos roubos, assaltos e furtos. Muitos por assassinato, alguns cometidos com requintes de extrema violência e crueldade. Não há qualquer perspectiva, a não ser no papel e nos discursos, de que esses jovens serão recuperados. Pelo contrário: estão na Universidade do Crime.
PERGUNTINHA
Quando dirigentes sindicais ignoram decisões da Justiça, como ocorreu na greve dos ônibus em Porto Velho, o que se pode esperar em termos de radicalismo?