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Sergio Pires

Primeira Mão - 15/02/09


Primeira Mão - 15/02/09 - Gente de Opinião
Primeira Mão - 15/02/09 - Gente de Opinião
 
NO TRÂNSITO, UM EXERCÍCIO
ASSUSTADOR DE FUTUROLOGIA

Tudo tem uma explicação razoável. Não é de graça que o trânsito de Porto Velho transformou-se, pelo menos em alguns momentos e em alguns pontos, em algo próximo do caos. Nos últimos anos, enquanto o crescimento da frota nas maiores cidades do país ficou em torno dos 5 por centro , na Capital rondoniense ele saltou para a média de nove por cento. E em 2008 atingiu a incrível marca de 15 por cento de aumento. Rodam pelas ruas – a grande maioria delas sem estrutura para receber trânsito tão pesado – quase 140 mil veículos, sem contar os mais de mil caminhões pesados que passam diariamente em direção ao porto graneleiro. Para uma população que beira 400 mil habitantes, existem hoje em Porto Velho nada menos do que um carro para cada três habitantes. No Estado, estão registrados perto de 350 mil veículos e o crescimento da frota na grande maioria das cidades rondonienses também excede, em muito, a média nacional. Está na hora, portanto, de se começar a executar grandes projetos de reorganização do trânsito, principalmente nas cidades maiores, a começar pela Capital. Sem isso, a certeza absoluta do caos não será apenas um exercício assustador de futurologia.

 

70 A 30

Fevereiro está indo, o carnaval vem aí e a partir de meados de março começa a esquentar a correria em direção às eleições de 2010. A classe política brasileira, que vive em função das eleições, dispensará 70% do seu tempo para a preparação da disputa e os restantes 30% para os interesses maiores do país.

RODÍZIO NO PODER

Aliás, a idéia de se transformar em eleições gerais de quatro em quatro anos – melhor ainda seria de cinco em cinco – precisa ser retomada. O Brasil está num momento inédito da sua história e não pode viver apenas em função de política e eleições, que na verdade interessam a uma minoria que faz rodízio no poder.

PEDINDO DEMAIS?

O problema real é que não há vontade de mudança, porque com eleições de tanto em tanto tempo, os políticos teriam que trabalhar muito mais no interesse da coletividade do que dos seus próprios. Daí, isso talvez seja pedir demais para nossos governantes, ministros, parlamentares e toda a estrutura do poder.

AMORFA

O mandato de cinco anos sem reeleição para presidente da República e governadores dificilmente será implantado agora. Mas quem sabe a partir do sucessor de Lula? Há uma ânsia pelo fim de campanhas políticas encostadas umas nas outras, ouve-se aqui e ali. A verdade é que a população, que deveria se pronunciar sobre o assunto, continua amorfa, como se isso nada tivesse a ver com ela.

COMEÇANDO

Enquanto isso, os candidatos a candidatos ao Governo em 2010 se mobilizam desde agora. O primeiro nome a se autolançar, a senadora Fátima Cleide, já está trabalhando. João Cahulla, o vice-governador, homem de confiança de Ivo Cassol e a quem ele gostaria de ver como seu sucessor também já fala como candidato.

DOIS PLANOS

No PT, um segundo pré-candidato também começa a ir para a estrada. Eduardo Valverde tem primeiro o projeto de ser o presidente regional do partido e comandar a escolha dos candidatos para 2010. Com ele mesmo como o indicado para entrar na briga pelo Palácio Presidente Vargas.

EMPECILHOS

O prefeito de Ariquemes, Confúcio Moura, já é candidatíssimo. No seu caminho há dois empecilhos. O primeiro, a alinça com o PT, que se mantida, poderá ter um petista como cabeça de chapa. A outra é dentro do proprio PMDB: Marinha Raupp tem o diretório na mão e será a candidata se quiser.

PISTOLEIRAS

Onde estamos? A que nível de selvageria chegamos para que duas mulheres, montadas numa moto, saiam à rua, armadas e matem, a sangue frio, uma empregada doméstica que saía de um supermercado? Foi o que aconteceu esta semana em Porto Velho, uma terra onde a vida humana tem cada vez menos valor.

SEM CONFUSÃO

Nem começou o carnaval e já tem confusão no ar. Um grupo de líderes de blocos não querem que outros saiam na mesma noite. Confusão à vista. É bom lembrar que carnaval é festa e não conflitos ou brigas. Já chega o resto todo do ano em que a pauleira é geral. Pelo menos na semana carnavalesca, a turma poderia baixar os flaps e largar de mão de briga.

Fonte: Sergio Pires / www.gentedeopiniao.com.br
ibanezpvh@yahoo.com.br

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