Primeira Mão - 21/02/09

 
ATÉ QUE ENFIM, HÁ UMA BOA NOTÍCIA,
MESMO PERDIDA ENTRE TANTAS RUINS

“Ôba, ôba Skindo”! Só se fala em carnaval, até a quarta-feira. Mas escondida no meio do noticiário, uma pequena nota, quase minúscula – afinal, notícia boa não merece espaço, não mesmo? – antes do bater do bumbo, dá uma informação que, ela sim, mereceria um carnaval. Embora decidindo apenas pelo lado técnico, o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, mandou arquivar uma ação contra a obrigatoriedade dos exames da OAB para bacharéis em Direito. A esdrúxula petição inicial teve até o apoio de vários setores da sociedade. Felizmente não das pessoas decentes, daquelas que ainda têm esperança nesse País, muito menos da atuante OAB. Queriam que a prova não fosse mais obrigatória. Quem estava torcendo a favor do pedido eram os ralapsos, os que não querem aprender de verdade, os que entram para faculdades de fundo de quintal querendo sair de lá formados de qualquer jeito, não importando a qualidade do ensino. Os que tentam transformar o ensino superior brasileiro numa loja de negócios apenas, também cruzaram os dedos, torcendo para que o STF acabasse com o exame da OAB. Felizmente isso não aconteceu. Se acontecesse, um enxame de ineptos, incompetentes e ignorantes  invadiria os corredores da Justiça. Sem preparo, sem base, sem condição de exercer com dignidade e qualidade sua profissão. Mas mesmo escrita por linhas tortas, a posição do ministro do STF repôs as coisas nos seus devidos lugares.

SEM NOVIDADES

Mudou pouco o quadro. Os nomes que andam sendo comentados como possíveis candidatos ao Governo em 2010 continuam praticamente os mesmos. A única novidade é João Cahulla e assim mesmo seu nome andava rondando relações não oficiais de candidatos. Os demais não mudaram.

SÓ CINCO

Vamos relembrar: João Cahulla, Expedito Júnior, Neodi Carlos e Jesualdo Pires e  Alex Testoni (no lado do governo); Acir Gurgacz (PDT); Fátima Cleide, Eduardo Valverde e Roberto Sobrinho (PT); Marinha Raupp e Confúcio Moura (PMDB) e Adilson Siqueira (PSOL), na oposição. Onze ao todo, que, na hora H, se transformarão no máximo em cinco. Não mais.

E O DESMENTIDO?

Ainda repercutem no país as duras críticas e ataques do senador e ex-governador Jarbas Lima contra seu próprio partido, o PMDB. Em entrevista concedida à revista Veja, Jarbas detonou o fisiologismo da sigla e acusou a maioria dos peemedebistas de corrupção. Até agora ninguém o desmentiu.

SOBROU PARA LULA

Mas a entrevista teve outro lado pouco explorado. As também duríssimas críticas de Jarbas Vasconcelos ao governo Lula, a quem ele denominou de medíocre. Chamou o Bolsa Família de maior programa de compra de votos do mundo e protestou contra o “lava mãos” do governo nos vários casos de corrupção denunciados nos últimos anos. O Palácio do Planalto também nada comentou sobre a polêmica entrevista. Pelo menos até ontem.

SEQUELAS

Que ninguém se engane. A eleição para a segunda secretaria da Mesa Diretora da Assembléia não foi tão pacífica quanto pareceu e deixará sequelas sim. Não só aos adversários do deputado Amauri dos Santos, do PMDB como também no caso do petista Ribamar Araújo.

NÃO VOTARAM

Os deputados Neri Firigolo e Professor Dantas seguiram a orientação partidária de não participar da Mesa. Por isso, abstiveram-se de votar no próprio companheiro Ribamar Araújo, que tinha a preferência de pelo menos alguns dos nomes mais importantes da ALE. A abstenção dos dois representantes do PT tiraram as chances de Ribamar.

CASOS DIFERENTES

Neri Firigolo e Dantas foram orientados pelo comando partidário a se afastar da Mesa Diretora, sob a alegação do PT de que a Assembléia é subserviente ao governo do Estado. Nas cidades onde as Câmaras Municipais rezam pela cartilha de prefeitos petistas, como em Porto Velho, o partido não tem a mesma posição.

TUDO DE NOVO

Começam agora as diferentes versões sobre o caso do assassinato do senador e virtual governador de Rondônia à época (outubro de 1990), Olavo Pires. O criminosos, preso em Minas e que confessou o crime com frieza, deu uma volta e disse que o crime não foi político. Alguém acredita?

TUDO DE NOVO

Este é o risco, quase duas décadas depois da morte de Olavo Pires. Os vivos é que ditam as regras e contam o que querem. Podem optar por transformar a vítima em vilão, como é muito comum os bandidos fazerem. Resta à polícia e à Justiça, agora que têm o matador nas mãos, esclarecer as coisas muito bem esclarecidas.

 NA LIDA

O presidente da subseção da OAB, Hélio Vieira, é outro nome que está posto para entrar na corrida por uma cadeira, provavelmente para a Câmara Federal. Hélio tem atuado muito em todo o Estado, já deixando claro que é nome disponível para 2010. Tem participado até de manifestação por melhores salários de servidores públicos.

Fonte: Sergio Pires / www.gentedeopiniao.com.br 
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