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Sergio Pires

Primeira Mão - 22/11/08



OS CONFLITOS AGRÁRIOS SE AMPLIAM E
AS AUTORIDADES CRUZAM OS BRAÇOS

Primeira Mão - 22/11/08 - Gente de OpiniãoNesta semana, seis pessoas foram assassinadas brutalmente em áreas de conflitos agrários. Três delas, da mesma família na zona rural de Buritis. Outras três em União Bandeirantes. A violência, a morte, a lei do cão tomam conta desses lugares, cada vez mais populosos e sempre vivendo sob o domínio do medo. Por trás de tudo, uma guerra sem fim entre posseiros, antigos moradores da terra e movimentos de sem terra que optaram pela guerra rural, principalmente a famigerada Liga dos Camponeses Pobres. Depois de muito tempo, ouve-se também que fazendeiros estão contratando pistoleiros para proteger suas áreas.

A situação piora cada vez mais, enquanto não se vislumbra nenhuma ação concreta do Incra para regularizar as terras, distribuí-las a quem de direito, excluir os bandidos – muitos deles da LCP  - da futuras posses de áreas. Enfim, os braços dos governantes estão cruzados. Mas as armas dos bandidos – de todos os lados – não param de disparar.
 

PERGUNTAS NO AR

Passado o turbilhão da guerra imposta pelo TRE ao governador Ivo Cassol, baixada a poeira, muitas perguntas ficam no ar. Uma delas refere-se aos motivos pelos quais o tribunal rondoniense fez questão de ignorar decisões anteriores do TSE totalmente contrárias às que os desembargadores  daqui tomaram.

NÃO É ESTRANHO?

Outra  questão envolve o procurador federal Reginaldo Trindade. Inimigo declarado de Cassol, o representante do MP sabia também de que as decisões locais não teriam qualquer chance de serem mantidas. Então, não é estranho? 
 

SEM DEFESA

Igualmente fator importante é o vice-governador João Cahulla não ter sido incluído no processo e, pior ainda, não ter  sido dada a ele a chance da ampla defesa. Caso semelhante já havia sido julgado no TSE em fevereiro desse ano, com o TSE reformando sentença do TRE de Santa Catarina.
 

PRESUMINDO

Tanto o procurador Reginaldo como os desembargadores sabiam disso antes de tomarem suas decisões. E, por dedução, presume-se também que sabiam de antemão que seria derrubada em instância superior.

ATO POLÍTICO

Ora, se as decisões do TRE iriam contra a decisões anteriores do TSE, se a presunção é que magistrados e o representante do MP sabiam disso porque são especialistas no assunto, têm razão  todas as pessoas que comentam que o julgamento do caso, em Rondônia, foi apenas um ato político. 
 

LINHA DE RACIOCÍNIO

Embora essa ilação seja baseada em raciocínio lógico e não questões técnicas, não se pode,  pelo menos, ignorar essa linha de raciocínio. E leva a outra questão: porque o TRE faria um julgamento político? A resposta pode assustar, dependendo da conclusão que se chegue.

CHUVA E CAOS

Recém começou a temporada de chuvas e já se viu como ficaram algumas áreas da Capital. Na quinta-feira, quanto choveu torrencialmente durante pouco mais de meia hora, o trânsito ficou um caos. E a coisa tende a piorar. 
 

LAGOS NAS RUAS

Em avenidas – inclusive em áreas nobres – a chuvarada fez transbordar canais, como o da avenida Jorge Teixeira (BR 319). Alguns trechos de ruas transformaram-se em pequenos lagos. O saneamento básico de Porto Velho é necessidade urgente.
 

TUDO AOS AMIGOS

Depois da Bolívia, que nos passou a perna na questão das refinarias da Petrobras, agora é a vez do Equador. De forma unilateral, o governo do presidente Rafael Correa considerou uma dívida de mais de 700 milhões de reaisque tem conosco como ilegal. Tudo leva a crer que, para Correa, o governo brasileiro também deixará por isso. Como fez com o “amiguinho” Evo Morales.

CADÊ MINHA GRANA?

É importante que se diga que esse dinheiro todo – incluindo as refinarias da Petrobras, entregues a preço muito abaixo do mercado e várias doações feitas a Cuba e outros países – não pertencem ao governo Lula. 
 

SEM PERGUNTAS

Na verdade, tudo isso é  grana saída do bolso do brasileiro comum, que paga os maiores impostos do mundo. E ninguém nos perguntou se aceitamos dar de graça o que nos custou tanto suor. E ninguém nos perguntou se não achamos melhor investir esse dinheiro todo em segurança pública, saúde, educação, etc...

Fonte: Sergio Pires/Gentedeopinião

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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