Terça-feira, 25 de novembro de 2008 - 05h51
GOVERNO QUER 40 MIL SOLDADOS
ATUANDO NA REGIÃO DA AMAZÔNIA
Embora nem o governo federal e nem a base aliada deixem claro suas posições acerca da verdadeira invasão estrangeira que a Amazônia vem sofrendo, principalmente através de ONGs, mas também pela compra de terras por pessoas de outros países e pela presença de uma verdadeira Torre de Babel na região (há áreas em que o português é a língua menos falada), na prática começa sim a aparecer uma preocupação concreta do governo Lula em relação ao assunto. Um dos sintomas disso foi o anúncio feito pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim (foto), de que o efetivo das Forças Armadas vai praticamente dobrar nos próximos anos. Passará dos atuais 22 mil para 40 mil homens e mulheres. Além disso, o governo também confirmou a instalação de uma base naval na região.
Outro sintoma: Jobim falou duro com as lideranças indígenas, que permitem a entrada de qualquer estrangeiro em suas terras mas não querem que ninguém do Exército Brasileiro entre nelas. Jobim avisou que os soldados vão entrar sim em qualquer pedaço do território brasileiro e que as áreas indígenas pertencem ao Brasil e não aos índios. Será só discurso?
DEMOROU!
Estava demorando! Até agora, apesar de todas as pressões, as obras das hidrelétricas do rio Madeira estavam andando. Mas a decisão da Justiça Federal de mandar parar tudo na usina de Jirau é o primeiro passo para a complicação que vem por aí.
CASQUINHA
A partir de agora, todos os que são contra as usinas – principalmente grupos representando interesses internacionais, disfarçados em ONGs – vão apelar para todos os santos para atrapalhar as obras. E cada juiz vai querer “tirar sua casquinha”. Infelizmente é o que se desenha. Tomara que a coluna esteja errada.
E A BIOGRAFIA?
Há políticos que passaram a vida discursando em defesa da democracia, da voz das urnas, da decisão soberana do povo. Basta que percam uma eleição para jogarem suas biografias no lixo. Querem mesmo é o poder, não importa se ganharam ou não.
OLHA NÓS NA TV!
Os dois lados da moeda. No domingo, dois programas nacionais de televisão mostram reportagens especiais sobre Rondônia. Num deles, outra vez foram apresentadas informações sobre a banda podre da política. No outro, as maravilhas do Vale do Guaporé.
CONDENAÇÃO
A Rede Globo, no programa Fantástico, destacou a condenação – mesmo que em primeira instância – do grupo de ex-deputados estaduais envolvidos no caso das gravações das fitas em que aparecem parlamentares da legislatura passada tentando conseguir dinheiro com o governador Cassol.
SHOW DE BELEZA
A Rede Record, no programa Domingo Espetacular, apresentou uma longa reportagem sobre o Vale do Guaporé, as belezas de uma região pouco conhecida até pelos próprios rondonienses e até o caso de um rio em que os peixes pulam na canoa. Um show de informação e imagens positivas sobre nosso Estado.
ENGROSSOU
Por questão de Justiça, tem que se registrar que o governo brasileiro engrossou a voz com o Equador, que quer nos dar um calote numa dívida que fez e, na malandragem não quer pagar, de mais de 300 milhões de dólares.
REVENDO
O presidente Lula não embarcou de novo na conversa mole dos novos líderes populistas da América Latina, como tinha errado no caso da Bolívia com a Petrobras. Agora, o jeito de tratar o Equador será bem diferente, ao que tudo indica. Então, as críticas feitas, por justiça, têm que ser revistas, assim como a posição do governo brasileiro o foi.
DESANDOU
A sucessão estadual já começou. Um dos sintomas é a virulenta campanha que adversários do governador Ivo Cassol já fazem através da imprensa oposicionista. Sem qualquer balanço – ou seja, sem divulgar nada de positivo em relação ao governo e muito menos suas versões – a imprensa opositora “fechou” desde agora com seus candidatos para 2010.
E O RESTO?
Daqui para a frente a coisa vai ser assim. Dois anos antes da eleição, infelizmente a classe política coloca os interesses eleitorais acima de qualquer outra coisa. E não só aqui em Rondônia, claro, mas também em todo o Brasil. Como se não tivéssemos problemas mais importantes para resolver.
Fonte: Sergio Pires/Gentedeopinião
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