Sábado, 28 de março de 2009 - 05h27
OU SE DÁ UM BASTA AGORA OU SE
ENTREGA DE VEZ AOS BANDIDOS
Covardia pura se simples? Incompetência total e absoluta? Corrupção desenfreada, descontrolada que não permite mais reação? Ou tudo isso junto? O que está acontecendo no Rio de Janeiro, hoje, com quase uma década e meia de guerra civil não declarada, é um absurdo total, que coloca o Brasil sob os olhos preocupados do mundo. Mais que isso, põe todos nós brasileiros em alerta, porque se o crime organizado pode praticamente tomar conta de uma cidade como o Rio, porque não o fará em cidades iguais, médias ou menores? Um soma de incompetência, inação, falta de vontade política, discursos teóricos e vazios, gente que chega ao poder associada de uma forma ou outra à corrupção e ao crime e muito mais graves problemas estão enlouquecendo as pessoas de bem deste país. Todos assistimos diariamente notícias apavorantes da violência que chegou agora às moradias da rica zona sul carioca. Não dá mais para esconder que a impunidade, leis espúrias e demagógicas, envolvimento de muitos políticos com a corrupção e associados ao crime estão tornando a mais bela cidade brasileira refém dos bandidos. A ponto de muitos cariocas, que sempre amaram sua terra, irem para a televisão dizendo que vão sair de lá, desistir e abandonar sua cidade. Até quando o governo, o Congresso, o Judiciário e quem manda nesse país vão aceitar essa tragédia sem reagir à altura? Será que permitirão que o crime domine um dos mais belos cartões postais do mundo sem fazer nada? E será que o povo vai continuar elegendo essa gente que se acovarda ou se associa aos criminosos? Perguntas não faltam. As respostas é que são difíceis de aparecer.
PUNIÇÃO
A queda de quase 6,5 milhões de reais do Fundo de Participação dos Estados (FPE), que chegou encolhida de Brasília, é mais um sintoma da crise. Rondônia, que tem sido um estado diferenciado, acaba punido pelo contexto da queda de arrecadação nacional. O FPE é dinheiro dos cofres federais que retorna aos estados.
SEM ALARDE
Também na Prefeitura de Porto Velho houve queda preocupante no dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios, o FPE. Mesmo assim, o assunto não tem sido alardeado. No município, espera-se que a diminuição de receita seja passageira. Tomara.
BARBAS DE MOLHO
Enquanto isso, prefeitos de toda a Rondônia estão com as barbas de molho. Em alguns casos, com o FPE muito menor que o esperado, prefeitos não sabem ainda como vão pagar salários dos servidores e muito menos investir em obras. Se o FPE continuar em queda, pode haver quebradeira geral nas pequenas cidades.
NO PÉ
O caso envolvendo uma parte de um cofre que caiu num dos pés de conhecido personagem da Capital continua sendo assunto nos bastidores. O Ministério Público está prestes a apresentar a denúncia ao Judiciário. Se as acusações tiverem fundamento, é coisa grave.
AMIGUINHOS
Quanto mais se conhece a política mais se compreende que nela nada é impossível. Agora, o deputado federal Moreira Mendes e o empresário Acir Gurgacz, presidente do PDT regional estão ficando amiguinhos. Quem diria que isso iria acontecer ainda nesta vida?
E AGORA?
O acontecimento envolvendo dinheiro para campanhas da empreiteira Camargo Correa, colocou muitos dos grandes partidos do país na retranca. Praticamente todos tiveram acesso à grana da empresa e agora temem ter que prestar contas à Justiça Eleitoral. O caso vai longe.
AUDIÊNCIA
Houve muitos elogios à audiência pública da Assembléia para debater as obras do PAC em Porto Velho. As informações transmitidas foram consideradas de qualidade, deixando os parlamentares muito por dentro de tudo o que está sendo feito.
DO CONTRA
Houve uma exceção, contudo. O presidente regional do PSOL, Adilson Siqueira, não gostou do encontro. Seria surpresa se gostasse. Adilson não comemorou as obras, porque, segundo ele, não foram discutidas com a sociedade. Ah,bom!
À FORÇA
O governo anuncia que vai negociar indenização para arrozeiros e outros produtores que estão há décadas na agora área indígena da Reserva Raposa do Sol, em Roraima. Desde, é claro, que os produtores aceitem a miséria de indenização que a União quer pagar. Se não aceitarem, serão retirados à força.
JUSTIÇA?
Então, temos que comemorar. Depois de entregar uma área maior que São Paulo para alguns poucos índios e de desguarnecer nossas fronteiras, o governo, com o aval do Supremo e aplausos das ONGs internacionais, que mandam e desmandam por aqui, pode declarar guerra a famílias inteiras que trabalharam a vida toda na terra. Isso sim é que é justiça!
Fonte: Sergio Pires / www.gentedeopiniao.com.br
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