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Silvio Persivo

A comunicação na crise do coronavírus


A comunicação na crise do coronavírus  - Gente de Opinião

A Comunique-se, empresa especializada em comunicação, realizou, nesta terça-feira (02 de junho) um webinar denominado de “Impactos da Covid-19 na comunicação corporativa” na qual apresentou uma pesquisa onde mostrou alguns dados muito interessantes. Um deles foi o fato de que constatou que 83,3% das agências tiveram perdas de receita e estas foram muito mais elevadas entre as empresas micros e pequenas. Outras constatações feitas foram a de que 36,5% das empresas reduziram suas jornadas de trabalho e mais 23,4% anteciparam férias. Embora tenha sido uma tendência geral do setor manter seu quadro de funcionários mesmo assim 24,7% delas promoveram demissões. Outra tendência observada foi a do trabalho home-office. E aqui um resultado que deve impactar no futuro das empresas: 55,3% disseram que a produtividade aumentou com o trabalho em casa. E isto é mais significativo quando mais 30% disseram que a produtividade permaneceu no mesmo patamar, enquanto que somente 13,8% disseram que a produtividade piorou. Uma pergunta que foi feita na pesquisa tentando sondar o futuro mostrou que 38,2% das empresas, depois da crise, terão escritórios menores e home office parcial. Por fim, verificou-se que houve uma procura muito maior de conteúdo, o que demonstrou a preocupação das empresas em se comunicar, em não perder o elo com seus clientes, bem e-mail marketing, por ser um meio de comunicação mais efetivo e menor custo.

Os especialistas em comunicação corporativa que discutiram os dados e o que será o que chamamos de o “novo normal” consideram que a comunicação será essencial para a economia e para as empresas, porém, a questão fundamental será como as empresas irão cuidar das “pessoas”. A principal razão é a de que tão necessária quanto a comunicação externa, ou até mais, será a comunicação interna, de vez que o home office tem suas indubitáveis vantagens, todavia, também afeta o psiquê das pessoas e a cultura das empresas. É preciso ver que o coronavírus cria, ao mesmo tempo, medo, crise e oportunidades. E obriga, forçosamente, a mudar os comportamentos, de vez que as coisas estão mudando rapidamente. Neste sentido, quem se comunica bem durante este período, quem constrói bem seus conteúdos e age com transparência e rapidez tem maior chance de protagonismo. Este é um momento, de fato, de se ter uma comunicação séria, consistente com a ação das empresas e das pessoas. Comunicar e comunicar bem é uma necessidade nesta época tão conturbada. E quem comunicar bem, certamente, ocupará espaços e terá mais condições de recuperar os prejuízos que a crise acarretou em quase todas as empresas. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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