Sexta-feira, 26 de outubro de 2018 - 18h40
Lula, que sempre foi o dono do Partido dos Trabalhadores-PT, afirmava que quando assumisse o governo daria solução para os problemas brasileiros. E passou mais de trinta anos chamando os outros partidos de corruptos, pregando a divisão de classes (o nós contra eles), xingando as elites (ainda quando comandava o país, ou seja, quando era ele é a elite-mor). Não se pode dizer que não teve seus quinze minutos de fama: amparado na multiplicação das benesses a sindicalistas, órgãos de comunicações e movimentos sociais montou a maior claque que o Brasil já teve. E, navegando no crescimento mundial e na liberação do crédito, fez a população acreditar que o Brasil, de uma hora para outra, tinha acabado com a fome, criado uma via de desenvolvimento sustentável e se transformado em país de primeiro mundo. A fantasia durou enquanto duraram as burras cheias de dinheiro do tesouro. Já no final do seu segundo mandato as coisas estavam feias, mas, pioraram significativamente quando entregou o cetro à Dilma Roussef, apresentada como a “gerente”. E ela gerenciou a derrocada por quatro anos. E, não satisfeita, apesar do rombo que o caixa apresentava, partiu para ganhar um segundo mandato, onde não somente gastou milhões com empresas de marketing político e de comunicações, utilizando amplamente as mídias sociais, inclusive fazendo o que, hoje, acusam Bolsonaro de fazer, o WhatsApp, com mensagens propagandísticas. Elegeu-se, mas, a deterioração do governo e do partido já havia alcançado limites inimagináveis: nunca antes neste país houve tanta corrupção. Todos os outros partidos estavam envolvidos, pois, o PT havia comprado todo mundo no atacado ou no varejo. A Lavajato explodiu o tumor e a credibilidade do PT foi para o ralo. O povo viu que Lula havia acusado os outros do que sabia fazer muito bem. Não são as mídias sociais, nem a inteligência ou a esperteza de Bolsonaro que estão derrubando o PT. O PT, hoje, luta contra o povo que acreditou nele. Pode mudar as cores, todavia, não pode mais se apresentar com a cara limpa e honesta que um dia já teve. Efetivamente, o povo não esquece o estelionato eleitoral de que foi vitima, da enganação maciça, da tapeação gigantesca que foi a reeleição desastrosa de Dilma. Nem de que, com ela, começou a pagar a conta do que o PT denomina, hoje, dos “anos felizes”: recessão, desemprego, corrupção e endividamento. Bolsonaro foi o felizardo por sua luta contra o que sabia ser errado. Com todas as suas contradições e limites encarna a mudança. Encarna a decência contra a corrupção, a esperança de paz contra a violência predominante, a esperança na política e nos políticos. É uma aposta que pode não dar certo? É. Mas, o povo não quer mais o PT. O PT não entendeu que não luta contra Bolsonaro, mesmo com a fala lúcida de Mano Brown. Luta contra a maioria da população que não aceita mais o partido. Não há a mínima condição do PT ganhar. Os petistas se desesperam gritam, esperneiam, choram, chamam os outros de fascistas, inventam fakes, usam crianças numa propaganda que chega às raias da inconsequência, querem puxar o tapete, mudar o mundo e as regras. O problema é que a democracia é uma questão aritmética, de voto: ganha quem a maioria quer. E o nome está na rua, na mídia e estará nas urnas do dia 28: Jair Bolsonaro. É uma aposta na interrogação, porém, os brasileiros preferem o desconhecido ao que já se provou ineficiente e danoso. Bolsonaro é a desarrumação popular contra tudo que esta aí e que o povo não quer mais.
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