Sábado, 3 de dezembro de 2022 - 09h01
A frase, atribuída a Neném
Prancha, de que quem não faz gol leva resume o que foi a rodada de hoje da Copa
do Mundo do Catar. O jogo entre Coréia do Sul e Portugal foi o mais importante
do grupo H porque, dependendo de seu resultado, qualquer coisa que acontecesse
no outro jogo seria pouco importante. Não foi assim. O jogo havia começado, logo
aos 4 minutos, Ricardo Horta, depois de uma jogada de Dalot pelo lado direito,
abriu o placar. A Coreia, sem opção, foi para o ataque e balançou as redes, aos
16 minutos, com Kim Jin-Su, mas o gol foi anulado por impedimento. Só, aos 26
minutos, com Kim Young-Gwon, num escanteio chegariam ao empate. Depois do gol,
Portugal voltou dominar a partida e teve as melhores chances de fazer o segundo gol. Também, no segundo tempo, a posse de bola era do time português que não
conseguia criar oportunidades efetivas de gol. Son, o Zorro, foi quem incomodou
e, no final, aos 45 minutos, puxou o contra-ataque enfiou, com maestria, a bola
nos pés de Hwang Hee-Chan, que só teve o trabalho de desviar de Diogo Costa e garantir a vaga para as
oitavas de final. Nem sem sofrimento, é verdade, tiveram que esperar Gana
impedir um terceiro gol do Uruguai, que classificaria os sul-americanos. No
grupo G algo similar aconteceu com o Brasil com menos emoção. O Brasil desde
que a bola começou a rolar teve o domínio da posse de bola contra Camarões.
Mas, apesar das escapadas de Antony e de Martinelli pelas pontas e de Rodrigo, pelo
meio, não surgiram chances efetivas de gol. Só Martinelli, com uma cabeçada, aos 13 minutos,
ficou numa posição melhor para abrir o placar. A ironia é que Mbeumo
proporcionou o primeiro perigo para a meta brasileira na Copa, aos 47 minutos, obrigando
Ederson a fazer uma grande defesa. No segundo tempo o Brasil voltou a dominar o jogo e a desperdiçar
chances de ser mais efetivo. Até fez o goleiro Epassy realizar algumas defesas
importantes. Mas nem mesmo as trocas,
colocando Bruno Guimarães, Everton Ribeiro e Marquinhos, no lugar do lesionado
Alex Telles, melhorou a capacidade de chegar com perigo ao gol de Camarões.
Gabriel Jesus, desaparecido, só foi substituído tardiamente por Pedro. E mesmo
este, que teve duas oportunidades, parecia que desaprendeu como concluir.
Algumas conclusões brasileiras em direção ao gol foram ridículas. Bruno
Guimarães, então, devia ter sido treinado para aprender a chutar. E, de novo, o
castigo aconteceu: numa jogada perfeita dos camaroneses, aos 46 minutos, Ngom
cruzou na área e Aboubakar com uma cabeçada certeira, deixou Ederson, sem pai nem mãe, olhando a
bola entrar. Foi uma despedida gloriosa de Camarões da Copa e, certamente, merecida.
Jogaram com seriedade, empenho e fizeram o que faz diferença: o gol. Um castigo
para Tite, que errou muito na escalação e no tempo de fazer as mudanças. O
Brasil, é fato, acabou em primeiro lugar por causa do outro jogo onde a Suiça
fez 3x2 na Sérvia.
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