Segunda-feira, 3 de maio de 2021 - 10h27
A
Covid é uma catástrofe? Claro que é quando se vê o que acontece na Índia, no Peru, na África do Sul e no
México, talvez, na Argentina ou na
Indonésia. Não no Brasil, como artificialmente se propaga, embora a questão
seja grave, mas, dentro dos limites esperados. Sim a Covid está se tornando uma
tragédia global, uma catástrofe de proporções imensas. E também é verdade que
todos os países estão despreparados para epidemias similares. É a amarga
verdade. Não sabemos os chineses-onde não há nenhuma transparência- mas a
catástrofe que o mundo está sofrendo com a covid mostra que o mundo ocidental é
muito mais despreparado e desigual do que se pensava. São os mais pobres as
grandes vitimas de toda esta tragédia seja em que país for. E, em muitos deles,
a falta de preparo, em especial político, acrescentou aos problemas da doença o
peso das medidas restritivas que aumentaram enormemente a pobreza.
Também,
não se pode esconder a realidade- é que os países mais pobres não têm como
obter vacinas. E, sem vacinas, é previsível que venham uma segunda e uma
terceira onda. É o que ocorre na Índia, por exemplo, ou no México. Estes países,
seus governos, podem ter cometidos muitos erros, porém, há uma realidade
inescapável, que é a de que nenhum governante é Deus. Não podem; ninguém sabe
como impedir a morte. E a epidemia leva uma quantidade previsível de pessoas,
independente das medidas tomadas, dependendo das condições e do sucesso de
políticas públicas, o que depende também do grau de educação da população. E,
em casos como o do México, com centros populacionais muito densos, o vírus
tende a se espalhar com mais rapidez. No entanto, há um fator mais danoso ainda:
os países mais pobres não têm como obter vacinas. Por quê? Aqui entra em cena
os interesses financeiros dos países mais desenvolvidos que, certamente, causarão
milhões de mortes. É de conhecimento público que o Canadá e os Estados Unidos
bloquearam as renúncias de direitos de drogas na OMC para vacinas do covid. Isto
limita em muito a produção que, se o código fosse aberto, poderiam ser
produzidas em muitos locais. De fato, entregaram quase um monopólio para o
Serum Institute of India, um grande produtor que pode abastecer cerca de metade
do globo, ou seja, algo como 4 bilhões de pessoas. Há toda uma história
complicada em torno disto, mas, o fato é que metade do mundo espera vacinas de um instituto na Índia. É de espantar que não
existam vacinas suficientes? Grande parte dos contratos que foram feitos, no
mundo inteiro, são promessas de vacinas. E, com no estágio em que se encontra a
Índia, que não tem doses nem para eles mesmo, o que se pode esperar? A
verdadeira tragédia é que se não há vacinas suficientes se deve ao bloqueio do acesso
às patentes de vacinas na OMC, que,em nome das grandes empresas farmacêuticas,
criou a escassez de vacinas. Onde o bom velhinho Joe Biden ou Justin Trudeau e
tantos outros “bons” dirigentes entram nisto? Estes bons homens sabem do que
acontece e fazem de conta que não é problema deles. Talvez por egoísmo, que
aliás pode custar caro com um mundo tão interconectado, mas, nada fazem para
vacinar o mundo que seria a atitude decente a ser feita. Afinal quanto mais
tempo se leva mais são as chances de novas variantes, novas mutações, que se
espalharão, o que poderá tornar a pandemia incontrolável. Falam sempre mal do
capitalismo. Mas, o capitalismo é feito
pelos homens. Não foi o capitalismo que privatizou um bem público. Em outras
palavras, os países pobres estão pagando pelas vacinas preços muito mais altos
do que os ricos e, muito mais ainda, em termos de vida. As vacinas,
originalmente, foram bens públicos, criados para serem compartilhados, porém,
agora o mundo não está recebendo vacinas porque transformaram a pandemia num
negócio. E, não se enganem, esta situação é fruto de um conluio de governantes
de países desenvolvidos com os detentores de grandes fortunas. Não se enganem
há muitas fortunas sendo feitas com o infortúnio de milhões de pessoas. E aqui,
no Brasil, estas vergonhosas medidas restritivas são também provenientes de
interesses políticos e financeiros escusos. A tragédia do coronavírus não veio
sozinha.
Os prováveis efeitos negativos de uma jornada menor de trabalho
Na imprensa, e entre os adeptos de soluções fáceis para os problemas sociais complexos, ganhou imenso espaço, e a adesão espantosa e, possivelmente,
Uma noite mágica do coral do IFRO
Fui assistir, neste dia 06 de novembro, o espetáculo “Entre Vozes e Versos”, que está sendo apresentado no Teatro Guaporé, os dias 5, 6 e 13, às 20h
Neste agosto, por uma série de razões, inclusive uma palestra que tive de ministrar sobre a questão da estabilidade e do desenvolvimento no Brasil,
A grande atração de agosto é o 8º aniversário do Buraco do Candiru
Agosto, mês do desgosto? Que nada! Consta que, em todas as épocas e meses, enquanto uns choram outros vendem lenços. Bem vindo agosto! Só depende de