Segunda-feira, 16 de julho de 2007 - 12h48
Foi uma iniciativa vitoriosa, principalmente para a Prefeitura Municipal de Ariquemes, o "Encontro Intermunicipal de Biodiesel-A Nova Energia do Interior"que congregou políticos e técnicos para discutir as possibilidades e lançar um projeto intermunicipal para viabilizar o uso do biodiesel em Rondônia, especialmente na região da Grande Ariquemes, que envolve os municípios em volta. O encontro foi excelente para mostrar que a alternativa tem amplas condições de dar certo, porém envolve uma reestruturação do programa em nível governamental. A política energética nacional do biodiesel, centrada na inclusão da pequena propriedade familiar, cerceia os investimentos privados na medida em que, hoje, o biodiesel é feito a partir da soja e os outros tipos de cultura disponíveis são de custo muito mais elevado retirando a competitividade do combustível obtido. Não se pode assim embarcar na onda de euforia sem frisar que se há um aspecto bastante descuidado é o relativo ao mercado. Ainda mais quando fontes governamentais dizem que não haverá mais leilões de compras de biodiesel. Isto nos leva citar o caso da Oleoplan SA Óleos Vegetais Planalto que inaugurou uma usina de biodiesel em Veranópolis, no interior do Rio Grande do Sul e já possui capacidade ociosa. Até agora, a usina forneceu 10 milhões de litros de biodiesel à Petrobras o que equivale a 15% da produção prevista anual e será difícil vender para outros setores dado que o produto é cerca de 35% mais caro do que o diesel tradicional.
Este fato foi que, na ocasião do Encontro, no painel que participei, procurei ressaltar. Efetivamente é o chamado mercado obrigatório, constituído pela Lei nº 11.097/05 que estabelece os índices de 2% até 2008 e 5% até 2013 para ser misturado com o diesel que cria um mercado, porém, com as 23 plantas existentes e em implantação, que já poderão produzir 928 milhões de litros, o mercado oficial já se encontra saturado. O outro mercado possível, o das empresas de transporte coletivo e de cargas encontra sérios problemas por causa do custo mais alto do combustível alternativo. Sobra, portanto como opção o mercado externo, que hoje se concentra na União Européia, no entanto não se pode esquecer que este já é o maior produtor da atualidade e que, por adoção de uma política agrícola protecionista, isto impede uma maior exportação brasileira para o bloco. Por tudo isto já se cobra a antecipação, de 2008 para este ano, da adição obrigatória de 2% de biodiesel ao diesel comum e os produtores querem que esse índice suba logo para 5% até 2010. De qualquer forma é preciso ter cuidado. O biodiesel pode ser uma ótima opção, mas ainda exige um tratamento da cadeia produtiva, uma reformulação do programa com atenção aos impostos e consolidar o mercado.
Fonte: silvio.persivo@gmail.com
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