Quarta-feira, 22 de agosto de 2007 - 15h16
São muitas as pessoas, inclusive da melhor qualidade e formação, que insistem em dizer que não se deve discutir política, religião ou futebol. Os dois últimos temas, de fato, são escolhas pessoais (mas nem assim menos discutíveis) e se pode até mesmo passar uma vida inteira sem discutir e adotar posições, todavia o mesmo não se dá com a política. Ser cidadão é participar da vida pública. É contribuir para melhorar as nossas instituições. E não há como melhorá-las sem uma discussão sobre seus princípios, sobre as práticas sociais, sobre o Estado e seu controle. A pessoa, por mais culta que seja, que abre mão da política, inclusive muitos dizendo que não gostam dela, na verdade, abre o espaço para que os ignorantes e os mal intencionados a controlem. Isto é muito sensível, por exemplo, na pregação absurda do voto nulo que tomou conta da Internet nas últimas eleições.
É verdade que a Internet é um meio de comunicação maravilhoso. E, igual a todas as coisas, pode ser usada para o bem ou para o mal. Também se constitui, no momento atual, uma forma cada vez mais importante de expressão de opinião. É suficiente para comprovar sua crescente importância a quantidade de mensagens sobre política, na maior parte fazendo críticas aos políticos, aos partidos e o pântano de moral e ética que atravessamos no momento. Há também os conformistas e os equivocados que nos propõem cruzar os braços como protesto (afinal o que todos querem é apenas se dar bem) e os que se dizem cansados da política. Enquanto há vida há política e não é possível se cansar dela. Efetivamente fazem confusão com o péssimo desempenho das pessoas que nos representam muito mal com a necessidade da qual não se escapa de ter boas instituições que impeçam, justamente, que ocupem a vida pública pessoas que não possuem merecimento para tal. Não se muda as coisas com cansaço, mas com ação. Cansado? Jamais. Ativamente político sempre.
E não se pode deixar de fazer política porque ser homem, exercer a política faz parte da vida do homem, ser social por excelência, que dela não tem como abdicar, exceto se exilado ou morto. A mais conhecida, e reconhecida, definição de homem é a de que O homem é um animal político que se atribui a Aristóteles. Ou seja, ser homem é por natureza participar do destino da sua sociedade e não há como participar sem tomar posições, sem ser contra ou favor das ações que são feitas pelos políticos e pelo Estado. Neste sentido, não existe meio termo. A não participação também é um ato político. É, no fundo, um consentimento pelo silêncio, pela falta de coragem ou fé na participação, mas, quem não participa, também deixa seu destino entregue nas mãos dos que atuam na política, nas dos que são ativos. Por isto quando não concordo, como é o caso da prorrogação da Contribuição Provisória de Movimentação Financeira-CPMF escrevo, falo, chio e grito contra. É um imposto ruim, ilegal e economicamente nocivo. Podem até prorrogar esta imoralidade, mas, contra o meu mais veemente protesto. Ser cidadão é lutar por seus direitos, protestar, gritar, vaiar...
Fonte: silvio.persivo@gmail.com
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