Quinta-feira, 14 de novembro de 2019 - 12h19
Cada vez mais merece atenção o
tema de transformação das cidades em cidades inteligentes, ou, em inglês, Smart
Cities, que são sistemas de pessoas interagindo e usando energia, materiais,
serviços e financiamento para promover o desenvolvimento econômico e a melhoria
da qualidade de vida. Estes fluxos de
interação são inteligentes por fazer uso estratégico de infraestrutura e
serviços e de informação e comunicação com planejamento e gestão urbana para
dar resposta às necessidades sociais e econômicas da sociedade. O Cities in
Motion Index, do IESE Business School na Espanha, utiliza 10 dimensões para
indicar o nível de inteligência de uma cidade: governança, administração
pública, planejamento urbano, tecnologia, o meio-ambiente, conexões
internacionais, coesão social, capital humano e a economia. A importância que
se dá as cidades inteligentes pode ser medida pela criação do Ranking Connected
Smart Cities, um estudo desenvolvido pela Urban Systems para o evento homônimo,
idealizado pela Urban Systems e pela Sator e realizado desde 2015, criando uma
plataforma de discussão e negócios sobre o de Cidades Inteligentes. Com 5
publicações já realizadas, as versões 2015 a 2019, o Ranking Connected Smart
Cities se configura um esforço da Urban Systems para o entendimento e a definição
dos indicadores que apontem o desenvolvimento inteligente das cidades. A última edição do Ranking Connected Smart
Cities, de 2019, avaliou 700 cidades brasileiras, levando em consideração 70
indicadores distribuídos nos eixos de mobilidade, urbanismo, meio ambiente,
energia, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança,
empreendedorismo e governança. Campinas (SP) conquistou o primeiro lugar geral,
seguida por São Paulo (SP) e Curitiba (PR), respectivamente. A liderança de
Campinas se explica pelo quesito economia, com independência do setor público,
uma vez que 94,5% dos empregos formais não estão na administração pública. Mas,
também, pela tecnologia e inovação: Campinas possui cinco parques tecnológicos
e cinco incubadoras de empresas, e apresenta 4,9% de crescimento do número de
entidades de tecnologia, mesmo em período de crise econômica. No Norte, porém,
entre as 100 cidades listadas como as mais inteligentes do Brasil só uma
aparece: Palmas, a capital de Tocantins. É preciso, portanto, que nossos
prefeitos e nossas lideranças passem a olhar com mais carinho a questão de como
tornar nossas cidades inteligentes. Até porque para se ter uma cidade
inteligente não se pode olhar os setores de uma maneira isolada. Todos eles
precisam ser entendidos como fazendo parte de um ecossistema integrado que afeta o
dia a dia do cidadão. Daí, que o
processo para tornar as cidades mais inteligentes é sempre gradativo
exigindo não só gestão pública, mas,
também a compreensão dos próprios
cidadãos de que são também responsáveis pelo futuro de suas cidades. É preciso
que, urgente, se discuta como tornar nossas cidades inteligentes buscando soluções
que atendam a realidade e a necessidade de todos nós.
Quando chega o fim do ano, por mais difícil que a vida esteja, as esperanças são renovadas. Até quando se pretende negar sempre colocamos uma boa ca
Acordo Mercosul-EU e seus efeitos
Nesta última sexta-feira (6) foi anunciado o acordo comercial firmado entre o Mercosul e a União Europeia. O governo brasileiro comemorou o fato com
Que tempos não são difíceis? Há tempos que não o são? Sei lá. Sei que é difícil viver em qualquer época e, como não vivemos as outras, a nossa sempr
Os prováveis efeitos negativos de uma jornada menor de trabalho
Na imprensa, e entre os adeptos de soluções fáceis para os problemas sociais complexos, ganhou imenso espaço, e a adesão espantosa e, possivelmente,