Segunda-feira, 11 de dezembro de 2017 - 14h09
Silvio Persivo
Mídias sociais são um novidade muito recente. São, segundo os especialistas, um grupo de aplicações para Internet construídas que permitem a criação e troca de conteúdo de forma fácil, barata e a criação e a colaboração compartilhada. Também se afirma que as mídias são apenas mais uma forma de criar redes sociais, inclusive na internet. De modo que elas podem ter diferentes formatos como blogs, compartilhamento de fotos, videologs, scrapbooks, e-mail, mensagens instantâneas, compartilhamento de músicas, crowdsourcing, VoIP, entre tantos outros. E, cada vez mais, se afirmam como ótimos canais de marketing digital. Aí é que a porca torce o rabo.
Toda hora aparece algum guru nas redes sociais se autoproclamando capaz de fazer com que qualquer leigo se transforme num grande influenciador, numa pessoa capaz de gerar grande conteúdo e uma imensa legião de seguidores, quando não de transformar qualquer empresa ou marca num sucesso, ou como costuma se dizer, viralizar, ou seja, ganhar grande repercussão, ser top trend, ou seja, um conteúdo dos mais vistos e compartilhados. As promessas, neste sentido, são ótimas, porém, o que entregam, não se enganem, geralmente, é muito pouco. Há muito mais “chutadores” do que especialistas reais na área. E, vou logo dizendo, sou só um curioso, um fuçador, mas, não gosto de que me enganem, nem que enganem as pessoas.
Em geral esses falsos gurus afirmam que a questão é de “atrair o interesse das pessoas” ou de “gerar valor” e prometem grande visibilidade e exposição rapidamente. Já fiz experiência com alguns e ganhei alguma experiência. Uma coisa que posso dizer, com consciência, é que alguns até conseguiram viralizar um conteúdo ou outro, mas, com a mesma rapidez que aparecem, como estrelas cadentes, caem. Uma das poucas coisas que sei sobre mídia social é que se a firma, a marca ou a pessoa não oferecer valor de forma permanente o que se pode ganhar se perde ainda mais rapidamente. Mídia social não é um lugar para se promover vez por outra. É preciso atenção permanente e foco no público que se quer atingir, o que não é nada fácil de delimitar, saber quem é e qual o motivo que o leva a acompanhar seu site ou blog. O que sei é que será sempre uma troca desigual, pois, você terá que oferecer sempre valor e somente pedir algo uma vez ou outra. Por isto mesmo, como foram criadas para ser uma janela da vida social de uma pessoa, não servem para ser, como muitos fazem, um local para se poluir com a marca ou tentar impressionar pelo número de vídeos. Lembro aqui uma grande consultora que conheço, Áurea Castilho, que afirma que “Não há nada pior que você fazer propaganda de si mesmo”. Assim é preciso, necessário, indispensável entender que a questão não é fazer publicidade e sim fornecer valor, de fato, para as pessoas. As mídias sociais geram um tipo novo de comportamento e ensinam que é uma armadilha pensar que se deve centrar em publicidade sem fornecer bons serviços, sem gerar valor. Quem fornece o que as pessoas ou as empresas desejam conseguem mais clientes, vendas e fidelidade do que os que, insistem, em fazer apenas publicidade.
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