Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Silvio Persivo

Entra em campo o Sr. Inesperado de Almeida


Foto: Internet - Gente de Opinião
Foto: Internet

Que futebol são onze contra onze todo mundo sabe. E que é sempre possível que um time mais fraco ganhe de um mais forte também. A questão gira em torno das probabilidades. E daquele detalhe essencial: o gol. Porém, se ninguém, ou quase ninguém, acreditava numa vitória do Japão sobre a Alemanha, muito menos, parecia provável que, depois de um humilhante 7x0 aplicado pela Espanha em Costa Rica, que não jogou nada, seria possível ganhar dos japoneses. E foi o que aconteceu: o sr. Inacreditável de Almeida entrou triunfantemente no Estádio Ahmed bin Ali. O  técnico Luis Fernando Suárez da Costa Rica, como é comum quando se perde, mexeu na sua equipe colocando o zagueiro Waston para dar mais solidez na defesa e procurou ser mais ofensivo com Gerson Torres. O Japão, é verdade, dominou o jogo, com mais posse de bola (56%), 11 finalizações contra apenas 3 e 5 escanteios sem conceder nenhum. E daí? Só uma bola entrou no gol. E, por ironia, aconteceu com os japoneses o que aprontaram com a Alemanha: dominaram a maior parte do jogo e sofreram o gol. Os japoneses não tiveram os mesmos  que espaços que os alemães deram, desta vez encontraram um adversário fechado em bloco baixo e diante da necessidade de criar o espaço não souberam. As poucas vezes que chegaram na meta encontraram em Navas um paredão. O jogo, ao fim do primeiro tempo, cheirava a 0x0 porque ninguém acertava o gol. O técnico Moriyasu viu que precisava mudar e colocou Asano na vaga de Ueda e Hiroki na lateral-esquerdo no lugar de Nagatomo. Com isto, a seleção japonesa passou  a jogar com três zagueiros, repetindo a estratégia que deu certo com a Alemanha.  Funcionou bem, pois o time teve duas chances com apenas dois minutos, uma delas com Asano. Em ambas, Keylor Navas impediu o gol. Nos primeiros 15 minutos foram seis finalizações. Aos 16, depois de uma jogada individual, Endo foi derrubado por Borges próximo da área. Doan cobrou a falta, mas mandou por cima do gol de Navas. Costa Rica trocou dois jogadores para tentar equilibrar o jogo sem sucesso. O Japão continuou superior, mas sem efetividade. A retranca costariquenha desenhava cada vez mais o placar mudo. Até que, aos 35 minutos, o inesperado apareceu. Costa Rica conseguiu dar seu primeiro chute a gol nos dois jogos desta Copa. Fuller, que recebeu na entrada da área, finalizou colocando a bola nas redes de Gonda, que chegou a tocar na bola sem conseguir impedir o gol. O Japão foi para cima com tudo sem sucesso. Já nos acréscimos, Mitoma, depois de invadir a área e cruzou e a bola ricocheteou dentro dela até que Navas conseguiu defender. A vingança alemã veio de Costa Rica. O Japão pagou na mesma moeda: dominou e não fez os gols que precisava.

Quem teve isso foi Costa Rica. Aos 35 minutos, na sua primeira finalização no alvo na Copa do Mundo, a seleção costarriquenha chegou ao gol. Destaque contra a Alemanha, o goleiro Gonda falhou no chute de Fuller que garantiu o 1 a 0 para a Costa Rica, um duro castigo para os japoneses, que até tentaram reagir, mas não conseguiram vencer Keylor Navas.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoDomingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Os prováveis efeitos negativos de uma jornada menor de trabalho

Os prováveis efeitos negativos de uma jornada menor de trabalho

Na imprensa, e entre os adeptos de soluções fáceis para os problemas sociais complexos, ganhou imenso espaço, e a adesão espantosa e, possivelmente,

Uma noite mágica do coral do IFRO

Uma noite mágica do coral do IFRO

Fui assistir, neste dia 06 de novembro, o espetáculo “Entre Vozes e Versos”, que está sendo apresentado no Teatro Guaporé, os dias 5, 6 e 13, às 20h

Um brinde em nome do Santo

Um brinde em nome do Santo

Neste agosto, por uma série de razões, inclusive uma palestra que tive de ministrar sobre a questão da estabilidade e do desenvolvimento no Brasil,

A grande atração de agosto é o 8º aniversário do Buraco do Candiru

A grande atração de agosto é o 8º aniversário do Buraco do Candiru

Agosto, mês do desgosto? Que nada! Consta que, em todas as épocas e meses, enquanto uns choram outros vendem lenços. Bem vindo agosto! Só depende de

Gente de Opinião Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)