Domingo, 8 de abril de 2007 - 17h47
Falar de mulheres é falar de humanidade, de beleza e amor. Isto é mais verdade ainda quando se juntam mulheres e livros. E não consigo falar de livros sem lembrar os maravilhosos versos de Castro Alves:
"Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe que faz a palma,
É chuva que faz o mar".
No caso são as "benditas" que semeiam livros. Este texto é, na verdade, um reconhecimento e um agradecimento a três mulheres que, não somente por sua trajetória, como pela dedicação, o esforço e o trabalho de lançarem seus livros estão sedimentando a sociedade e a cultura de nosso Estado como já o tem feito, cotidianamente, sem o reconhecimento devido em suas tarefas diárias. È, de fato, uma louvação a três batalhadoras, guerreiras completamente distintas nas suas personalidades, porém com a vocação e o desejo de ser, a necessidade de criar, de fazer, de influir no nosso meio ambiente e, quando falo de meio ambiente o faço no sentido mais exato, no sentido que não distingue a Natureza da Cultura, que não isola o homem do seu mundo, mas procura dar à vida humana o significado mais profundo da igualdade e da beleza que requer as palavras não para o exercício do poder e sim para se doar ao próximo, pois a verdadeira liberdade consiste em ser livre para realizar o melhor que há em si que é sempre a auto-satisfação dos outros- o único meio real de se prosperar. Não há sociedade boa com violência, dominação e oportunismo.
Pedindo perdão pela digressão volto a elogiar os três livros lançados nos últimos quinze dias. O primeiro deles o de Marlene Rolim, "Gente Que Faz Rondônia-Fatos e Causos", um livro de reminiscências e pesquisa que resgata uma parte importante da história de nosso Estado. O segundo de Mariluce Paes de Souza, "Governança no Agronegócio-Enfoque na Cadeia Produtiva do Leite", que estuda uma cadeia importante de nossa economia sua estrutura, seus participantes e desempenho. Uma notável contribuição para melhorar o desempenho do setor. E, por fim, o livro de Carolina Rodrigues da Costa Doria, "Ecoturismo na Amazônia-Alternativa de Renda para as Comunidades Locais", um exame da viabilidade do ecoturismo que vai além da Amazônia, feito em parceria com Claudia Azevedo Ramos. São sintomas de que Rondônia avança no sentido cultural, mas, principalmente, que a contribuição feminina para isto é, cada vez mais, importante. A estas maravilhosas mulheres os parabéns de todos nós que desejamos um Estado melhor e sabemos que sem cultura não há salvação.
Fonte: Silvio Persivo
silvio.persivo@gmail.com
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