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Silvio Persivo

Jipa-Festival de Gastronomia e Música, uma feliz iniciativa


Jipa-Festival de Gastronomia e Música, uma feliz iniciativa - Gente de Opinião

Como um estudioso e incentivador do empreendedorismo e da economia criativa li, e me deixou muito feliz, a iniciativa do Governo do Estado de, durante o período da Rondônia Rural Show Internacional ter criado uma experiência inédita e inovadora que é o Jipa-Festival de Gastronomia e Música, em Ji-Paraná, uma proposta que visa aprimorar o setor gastronômico da cidade aproveitando o fato de que as pessoas que para lá se deslocam ficam sem opções fora da feira. Trata-se também de uma proposta arrojada na medida em que reúne mais de 30 bares e restaurantes, no período de 22, esta segunda feira, até o dia 28 de maio no antigo Posto Vitória 1, bairro 2 de Abril (1º Distrito) pratos de culinárias variados com opções musicais de vários estilos e ainda exposições de artesanato com participantes dos projetos municipais Empreende Mulher e Troca de Saberes, que valorizam a arte local. Ainda mais que todos os participantes tiveram um treinamento; foram capacitados, por meio de oficinas, para além de oferecer o melhor da cozinha e da música local- tem bandas de todos os tipos: MPB, sertaneja,samba e eletrônica-com foco em dar ao público o melhor atendimento possível.

 

Não há como não bater palmas para a iniciativa na medida em que sempre reclamo, o que, aliás, acontece em toda a Amazônia, constata-se a falta de políticas públicas para gerar renda e emprego por meio da economia criativa, que  um modelo de negócio ou gestão que se origina em atividades, produtos ou serviços desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual de indivíduos. Este tipo de política é sumamente importante por não apenas valorizar e dar identidade ao que se produz localmente e, quando bem aproveitado, ser uma forma de projetar o município e o estado. Lembro-me aqui, de passagem, que do Festival de Parintíns, que, às margens do rio Amazonas, a 420 quilômetros de Manaus, deu visibilidade à rivalidade dos bois amazonenses, uma variação dos boi-bumbás do Maranhão que agregou aspectos indígenas e tem uma identidade própria. Ou o Festival de Jazz & Blues de Maranguape, que também coloca a cidade em evidência, entre tantos outros. É verdade que, hoje, já existem em Rondônia muitas iniciativas neste sentido, mas falta o governo estadual ter uma política e organizar esses movimentos até como uma forma também de incentivar o turismo. Por isto saúdo a iniciativa, que inclusive aproveita o fato de Ji-Paraná ter um público visitante numeroso gerando uma oportunidade única e espero, por ter certeza do sucesso da iniciativa, que seja repetida na próxima feira. Mas, mais do que isto espero que este seja o início do despertar do Governo de Rondônia para a necessidade de criar uma forte política pública de economia criativa e, principalmente, de gerar uma iniciativa, em Porto Velho, similar a do Porto Digital, de Recife, aproveitando a reabertura da Complexo da Madeira Mamoré. Como o centro do Recife foi, o de Porto Velho precisa ser revitalizado para se tornar um grande espaço de shows e de economia criativa. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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