Sábado, 30 de setembro de 2006 - 22h56
Não tenho nada de vidente. Escrevi isto muito antes, durante toda a campanha, mesmo quando diziam que não haveria segundo turno, e escrevo, agora, quando até os institutos mais chegados ao governo dizem que as probabilidades são grandes de que haja segundo turno. Não são grandes. Sabem que haverá segundo turno e sabem, ainda mais, por lerem as tendências que Lula está degelando rapidamente, secando como secam as garrafas próximas de bons bebedores-sem nenhuma alusão explícita ou oculta-é só mesmo uma figura de linguagem. Volto a dizer que não se trata de exercício de vidência, mas de lógica. A lógica é quem me levou a fazer as seguintes contas. Na eleição passada Serra teve mais de 33 milhões de votos. Foram os votos de quem não votava em Lula de forma alguma. Todas as pesquisas dizem que é, de longe, o candidato com maior grau de rejeição que, para alguns seria de 28%, para outros de 32% a 35%. Quem vota em Lula? O PT que nunca passou de 18% e, vamos dizer que tivesse 80% dos votos das distribuições de bolsa-família ainda assim teria algo como 38%. Que, com esforço, chegue a 41 a 42% dos votos vá lá, a partir daí, a boa lógica passa a ser desafiada. Assim, para vencer, Lula precisaria de quem pisou até dizer chega: da classe-média, dos funcionários públicos, dos professores, dos militares, enfim de gente que está com ele passando dos últimos fios de cabelo.
È verdade, e tenho que reconhecer, que os petistas, como fanáticos que são, e com a maciça propaganda governamental procuram, e até certo ponto venderam, a imagem de que tudo que o governo fez, todas as lambanças de Waldomiro, Zé Dirceu, Zé Genoíno, Delúbio, Silvinho, Gushiken, Marinho, Airton, Buratti e Palocci passando por tanto outros até Freud, Lorenzetti, Bargas e Veloso tudo é normal. Que é normal, e a bela lógica é a de que todo mundo fez e faz assim, bem como que não são culpados porque até agora somente foram indiciados, então como ninguém foi condenado são todos inocentes. E não pensem que não conseguem sucesso com a tática. Conseguem. No entanto isto se torna cada vez mais difícil não só porque, queiram ou não, os processos, mesmo em marcha lenta, são obrigados a andar e, para espanto geral, cada um que substitui o outro consegue ser mais inepto e criar mais fatos que obrigam o presidente a ficar cada vez mais cego. Até o Carlos Henrique Ângelo, que não foi jamais chegado a uma ironia, afirma que o pior não é fato de não saber, mas o fato de não querer saber.
A questão crucial, para mim, é a de que, para vencer, Lula precisaria arregimentar os votos, como fez da vez passada, dos que desejam um futuro melhor, dos que precisam de esperança. Agora este processo de arrebanhamento se torna improvável, e talvez, impossível, daí que, mesmo gastando uma fábula com publicidade e institutos de pesquisa, jogando o possível e impossível, não consiga como queria ganhar no primeiro turno e caminhe para um segundo turno no qual vai se desminlinguir.
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