Quarta-feira, 20 de setembro de 2006 - 23h01
São tempos difíceis os de hoje. Tempos em que pensar pode se constituir no pior crime. Manifestar o pensamento, ter sua própria visão do mundo e da vida, nos obriga a ser sempre contra-corrente, a sempre desagradar os poderosos de plantão que gostam somente dos que abaixam a cabeça, dos papagaios, dos paus-mandados, dos que, enfim somente batem, palmas, tecem loas, enxergam nas palavras de quem tem a caneta a genialidade na expressão das mais rematadas tolices. É, infelizmente, é gente assim, sem opinião definida, sem caráter, sem formação, capaz de qualquer coisa para manter seus altos salários que jamais ganhariam em situações normais.
A mediocridade, vestida da falta de respeito, de um verniz de franqueza, quando é apenas falta de educação, com a ousadia que só a ignorância produz quer intimar, pela força, as pessoas que pensam a não pensar. A verdade é que pensando incomodamos os "patrões" estaduais ou federai. Pensar, expressar o pensamento se torna um crime, uma desobediência porque, segundo os iluminados de plantão, que alegam representar o povo, querem que suas ordens sejam obedecidas sem pensar, que o que seja divulgado, falado, dito e até pensado seja somente o que os comandantes querem, desejam. A contestação, que o livre pensar, enseja se torna a própria expressão do mal. Não importa que a realidade mostre que os atuais iluminados somente estão piorando a vida. As imensas despesas publicitárias, o cerceamento da disputa eleitoral, a transformação da eleição num mercado aberto de compra de votos, a repetição somente do que se quer que se repita, as pesquisas pagas, e divulgadas, a peso de ouro, transformaram as eleições numa farsa sórdida na qual se duvida de tudo, inclusive de que não há nenhuma garantia de que as urnas não serão, de fato, fraudadas apenas para confirmar o embuste que as pesquisas e as televisões vendem.
A fórmula atual de fazer política virou apenas um espetáculo televiso imoral em que os candidatos montados nas burras das verbas públicas tentam impor suas conveniências, multiplicar as repetições ad nauseam para nos impor uma obediência formal a um sistema que reduz tudo desda imaginação humana, à moral, aos bons costumes, à fé e, principalmente, a possibilidade de termos um futuro melhor.
Infelizmente, e os sucessivos escândalos, a falta de crenças e de princípios nos induzem a ter que dizer que estão acabando com os sonhos e as possibilidades do País ter futuro. Nos oferecem apenas a mediocridade e a falta de esperança como se tivéssemos que aceitá-la. Nos dizem para comer mandi e dizer que se trata de salmão. Porém não se pode enganar o paladar. Eu digo não a medicoridade. Digo não o que está aí. E não votarei nulo, mas lutarei para mudar a imoralidade geral que nos assola enquanto forças tiver. Não posso aceitar as trevas só porque muitos chamam a escuridão de luz.
silvio.persivo@gmail.com
Fonte: Sílvio Persivo
Os prováveis efeitos negativos de uma jornada menor de trabalho
Na imprensa, e entre os adeptos de soluções fáceis para os problemas sociais complexos, ganhou imenso espaço, e a adesão espantosa e, possivelmente,
Uma noite mágica do coral do IFRO
Fui assistir, neste dia 06 de novembro, o espetáculo “Entre Vozes e Versos”, que está sendo apresentado no Teatro Guaporé, os dias 5, 6 e 13, às 20h
Neste agosto, por uma série de razões, inclusive uma palestra que tive de ministrar sobre a questão da estabilidade e do desenvolvimento no Brasil,
A grande atração de agosto é o 8º aniversário do Buraco do Candiru
Agosto, mês do desgosto? Que nada! Consta que, em todas as épocas e meses, enquanto uns choram outros vendem lenços. Bem vindo agosto! Só depende de