Terça-feira, 23 de outubro de 2007 - 10h10
Quando falo do despreparo do governo Lula da Silva no que tange as questões econômicas não se trata de uma visão unilateral ou que, como o próprio insiste em dizer, das pessoas que torcem a favor do pior ou por ser contra simplesmente. Sou contra as posições do governo, na verdade, por considerar que são um atraso. A explicação é simples: há um evidente viés estatista no governo e falta de conhecimento econômico. Todos sabem que não há muita diferença entre a política econômica do PSDB ou do PT. Na pratica, graças a Deus, se manteve a política anterior e até se exagerou para atender as exigências externas. Até aí é um mérito, pois tivesse feito às bobagens propaladas de sustação dos pagamentos de juros e moratória da dívida externa, certamente, estaríamos em pleno o caos econômico.
A questão real é a de que, para avançarmos, precisamos criar o capitalismo no Brasil. O governo é invasivo e incompetente. È preciso retirar o governo da iniciativa privada, desburocratizar, desonerar e flexibilizar. Não há outra formula. Isto o governo não fez e, quando faz, é como se tivesse vergonha de fazer o que deve ser feito. Infelizmente, sob o ponto de vista da tributação, o governo não avança. Agora mesmo adota a política de, custe o que custar, arrecadar mais 38 bilhões de reais da CPMF, em 2008, um imposto que deveria ser extinto, contra o esgotamento da sociedade civil criando tensões e apreensões.
Lula tenta vender que a elevação da arrecadação decorre do crescimento da economia quando os que pagam, os assalariados e a classe média, sentem na pele a pilhagem dizendo que a CPMF não dói. Nele não. O pior é que se sabe que se trata apenas de sanha arrecadatória sem esforço para melhorar os péssimos gastos públicos atestados pelas inúmeras auditorias do TCU onde a tônica dos superfaturamentos e desperdícios foi sumamente comprovada.
O governo diz que não pode abrir mão do dinheiro que toma dos nacionais, no entanto, por desconhecimento ou incompetência, editou, em 2006, a Medida Provisória nº 281, de 15 de fevereiro que reduziu a zero da alíquota do imposto de renda incidente sobre os rendimentos produzidos por títulos públicos federais, quando pagos, creditados ou remetidos a beneficiário residente ou domiciliado no exterior. Em termos simples, o brasileiro que adquire os títulos, emitidos pela União, paga imposto enquanto o estrangeiro não. E esta subserviência colonial também se mostra no fato de que, na comparação (que Lula tanto gosta de fazer) com o governo FHC, a remessa de lucros aumentou 3 vezes no seu governo. Antes de cada US$ 10, 00 apenas US$ 2,00 voltavam, mas, no atual governo, a relação passou para US$ 6,00 de cada US$ 10,00. Isto sem falar que o governo que fala tanto em combate à corrupção não conseguiu, dos R$ 800 bilhões de reais que se acredita existir em paraísos fiscais, a repatriação de meros R$ 3,6 milhões. Sem contar ações que busquem reaver a fortuna interna que se esvaiu em mensalões, sanguessugas & outras maracutaias que deveriam ser recuperadas. È, mas, para o governo isto não existe. È mais fácil taxar os assalariados. Se a CPMF passar a oposição acabou e a promiscuidade será geral e absoluta.
Fonte: silvio.persivo@gmail.com
Quando chega o fim do ano, por mais difícil que a vida esteja, as esperanças são renovadas. Até quando se pretende negar sempre colocamos uma boa ca
Acordo Mercosul-EU e seus efeitos
Nesta última sexta-feira (6) foi anunciado o acordo comercial firmado entre o Mercosul e a União Europeia. O governo brasileiro comemorou o fato com
Que tempos não são difíceis? Há tempos que não o são? Sei lá. Sei que é difícil viver em qualquer época e, como não vivemos as outras, a nossa sempr
Os prováveis efeitos negativos de uma jornada menor de trabalho
Na imprensa, e entre os adeptos de soluções fáceis para os problemas sociais complexos, ganhou imenso espaço, e a adesão espantosa e, possivelmente,