Terça-feira, 16 de junho de 2009 - 14h01
Uma questão que, cada vez mais, se impõe perante nós, aqui me situando na pele de quem não almeja mais do que ter seus direitos respeitados e ser uma pessoa que viva bem e feliz, é o estado perpétuo em que vivemos de ser cobrado por nossas opiniões. É verdade que, quando escrevo, me exponho publicamente e é lícito que assim seja, mas, muitas vezes, enredados nas redes de informações em que existimos, mesmo sem saber estamos opinando para pessoas que nos levam em consideração seja num blog, seja numa sala de aula ou até em conversas com colegas e alunos. É assustador que, embora seja uma das nossas necessidades não ter opiniões em certos momentos, principalmente quando não se conhece alguns assuntos, sempre somos chamados a ter. Neste sentido não tenho o menor problema em dizer que não sei do que não sei, porém, muitas vezes, me sinto invadido, em minha privacidade, tendo que explicar opiniões que escancaram partes de minha personalidade e de minha vida que, a rigor, não interessa a ninguém. E, algumas delas, não quero nem mesmo lembrar. Todavia, o mundo hoje parece não aceitar que nos calemos sobre nada. Parece que temos obrigação de falar e conhecer tudo. Sinceramente não é o meu caso. Sei o que sei, e se me considero quase um intelectual, não tenho a menor pretensão de opinar sobre tudo ou quase tudo. Tem certas horas mesmo em que não pretendo opinar sobre nada e só me interessa ficar quieto no meu lugar.
Sinto, porém, que há uma espécie de histeria por informações, por devassar tudo, por tudo saber e, em especial, parece existir uma histeria opinativa que não deixa espaço algum para quem não gosta de opinar. Sinceramente sei lá se Obama governa bem ou não. Nem quero saber se Chávez é a besta que parece ser ou se, de fato, o Egito foi garfado na Copa das Confederações, embora, se fosse o contrário, não acredito que marcassem um pênalti no último minuto. Enfim sobre o que se opinar não tem fim. E, só para não perder o embalo, pode-se opinar sobre questões tão transcendentes quanto se foi justo tirarem a Babi Xavier do programa A Fazenda mesmo que, para mim, a pergunta essencial é para que existe um programa deste tipo? O certo é que, assim como há uma ditadura do dinheiro, há também uma ditadura da informação e sua principal manifestação, sem dúvida, é a necessidade de opinar sobre tudo mesmo quando não se sabe de nada sobre o assunto. É o caso, principalmente, das opiniões sobre a Amazônia. Em especial quando se juntam artistas que, como se sabem, são muito bons para representar, mas, nem sempre, pensam muito a respeito de nada. Esta, é claro, a minha opinião.
Fonte: Sílvio Persivo
silvio.persivo@gmail.com
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