Sábado, 10 de dezembro de 2022 - 11h57
O que
dizer do jogo Brasil x Croácia? Foi um jogo de alto nível. Talvez o melhor
desta Copa até agora. A Croácia tem um meio de campo excepcional formado por Kovacic,
Brozovic e o Modric, um exemplo de excelência em campo, e, apesar da posse de
bola ter sido quase igual, os croatas tocavam a bola com muito mais
consciência. É fato que o Brasil foi mais ofensivo. Há uma questão que, em
fubebol, é essencial e faz a diferença: gol. Examinando com uma boa lupa se
observava que mesmo chegando mais não havia acerto nos chutes a gol. Ou eram
errados ou apressados. Neymar não fazia uma boa partida e foi acompanhado por
Casemiro, que errou muitos passes. Perisic, um jogador extremamente rápido e
perigoso, teve as melhores oportunidades da Croácia, mas não foi também muito
feliz. Neymar, todas as vezes que tentava, não conseguia superar a defesa. Nem
os dribles de Vini Jr. ou a raça de Richarlison surtiram efeito. E, nas poucas
vezes, que Paquetá ou qualquer outro chegaram perto de criar erraram no passe
final ou na finalização. A preocupação em segurar os avanços do adversário
parecia ser maior que a opção no ataque. E os jogadores da Croácia, quando
tinham a bola, tocavam com maestria custando a
haver a recuperação. No segundo tempo a equipe cresceu de produção e
Tite, entendeu de tirar Raphinha e colocar Antony; mas, errou feio foi em tirar
Vini Jr. para a entrada de Rodrygo. Naquela posição o jovem pecou pela
lentidão. Não puxou os contra-ataques, porém criou algumas jogadas. Neymar, duas
vezes na cara do gol, não acertou e foi acompanhado por Paquetá. Pedro entrou
no lugar de Richarlison e, sem eficiência dos dois lados, acabaram indo para a
prorrogação. Apesar do Brasil parecer melhor não parecia o jogo ter ficado
diferente na prorrogação. Até que Neymar, no único lampejo na partida, fez uma
tabela, no último minuto do primeiro tempo, com Lucas Paquetá, driblou o
goleiro e fez o gol.
No
segundo tempo da prorrogação o time da Croácia tomou conta da bola. E tudo
parecia ficar do mesmo jeito. Não estava. Faltava, no campo e fora, quem
alertasse que era uma final de quinze minutos e o Brasil, quando tivesse a
bola, teria que fazer a mesma coisa do adversário: tocar para passar o tempo.
Assim se comportava de uma forma errada isolando a bola, de qualquer maneira,
ou procurando o gol de uma forma desorganizada. E foi assim que, quatro minutos
antes do fim do jogo, Petkovic teve a chance e aproveitou. Num contra-ataque
rápido recebeu a bola e chutou. Ainda contou com a sorte de desviar em Marquinhos
antes de vencer o goleiro Alisson. A
decisão foi para os pênaltis. Rodrygo, o primeiro a bater, errou. Todos os
croatas que bateram acertaram até mesmo quando chutaram mal no meio do gol. E
Marquinhos acertou a trave na quarta cobrança. Vini Jr. tinha dito que vencesse
a melhor equipe. Venceu. A Croácia foi mais eficiente e ganhou com a elegância
das grandes equipes. Pelo menos não foi uma queda vergonhosa como a da Copa
passada contra a Bélgica, quando Tite devia ter sido dispensado. Um erro fatal.
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