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Silvio Persivo

No adeus brasileiro a vitória da eficiência


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O que dizer do jogo Brasil x Croácia? Foi um jogo de alto nível. Talvez o melhor desta Copa até agora. A Croácia tem um meio de campo excepcional formado por Kovacic, Brozovic e o Modric, um exemplo de excelência em campo, e, apesar da posse de bola ter sido quase igual, os croatas tocavam a bola com muito mais consciência. É fato que o Brasil foi mais ofensivo. Há uma questão que, em fubebol, é essencial e faz a diferença: gol. Examinando com uma boa lupa se observava que mesmo chegando mais não havia acerto nos chutes a gol. Ou eram errados ou apressados. Neymar não fazia uma boa partida e foi acompanhado por Casemiro, que errou muitos passes. Perisic, um jogador extremamente rápido e perigoso, teve as melhores oportunidades da Croácia, mas não foi também muito feliz. Neymar, todas as vezes que tentava, não conseguia superar a defesa. Nem os dribles de Vini Jr. ou a raça de Richarlison surtiram efeito. E, nas poucas vezes, que Paquetá ou qualquer outro chegaram perto de criar erraram no passe final ou na finalização. A preocupação em segurar os avanços do adversário parecia ser maior que a opção no ataque. E os jogadores da Croácia, quando tinham a bola, tocavam com maestria custando a  haver a recuperação. No segundo tempo a equipe cresceu de produção e Tite, entendeu de tirar Raphinha e colocar Antony; mas, errou feio foi em tirar Vini Jr. para a entrada de Rodrygo. Naquela posição o jovem pecou pela lentidão. Não puxou os contra-ataques, porém criou algumas jogadas. Neymar, duas vezes na cara do gol, não acertou e foi acompanhado por Paquetá. Pedro entrou no lugar de Richarlison e, sem eficiência dos dois lados, acabaram indo para a prorrogação. Apesar do Brasil parecer melhor não parecia o jogo ter ficado diferente na prorrogação. Até que Neymar, no único lampejo na partida, fez uma tabela, no último minuto do primeiro tempo, com Lucas Paquetá, driblou o goleiro e fez o gol.

No segundo tempo da prorrogação o time da Croácia tomou conta da bola. E tudo parecia ficar do mesmo jeito. Não estava. Faltava, no campo e fora, quem alertasse que era uma final de quinze minutos e o Brasil, quando tivesse a bola, teria que fazer a mesma coisa do adversário: tocar para passar o tempo. Assim se comportava de uma forma errada isolando a bola, de qualquer maneira, ou procurando o gol de uma forma desorganizada. E foi assim que, quatro minutos antes do fim do jogo, Petkovic teve a chance e aproveitou. Num contra-ataque rápido recebeu a bola e chutou. Ainda contou com a sorte de desviar em Marquinhos  antes de vencer o goleiro Alisson. A decisão foi para os pênaltis. Rodrygo, o primeiro a bater, errou. Todos os croatas que bateram acertaram até mesmo quando chutaram mal no meio do gol. E Marquinhos acertou a trave na quarta cobrança. Vini Jr. tinha dito que vencesse a melhor equipe. Venceu. A Croácia foi mais eficiente e ganhou com a elegância das grandes equipes. Pelo menos não foi uma queda vergonhosa como a da Copa passada contra a Bélgica, quando Tite devia ter sido dispensado. Um erro fatal. 

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