Domingo, 27 de novembro de 2022 - 10h46
No primeiro tempo, apesar da seleção
francesa ter sido sempre superior e criado
oportunidades não conseguiu furar a retranca dinamarquesa. Só num
contra-ataque a Dinamarca foi perigosa. Mesmo com a grande diferença de 12
chutes contra apenas dois para a Dinamarca, o que foi realmente importante é
que só uma finalização foi certa, o que dava a impressão de que o jogo podia
não ter gols. Depois as coisas ficaram diferentes porque, logo no início do
jogo, Mbappé apareceu, tabelou e fez a diferença. Por um momento a Dinamarca sentiu, todavia respondeu na sequência, empatando numa jogada
muito bem trabalhada. O 1 a 1 não interessava a nenhum dos dois times e, por
causa disto, ambas as seleções partiram para a ofensiva. O jogo ficou aberto,
porém o domínio do meio de campo dos franceses foi decisivo. E com a pressão
exercida as falhas do time australiano se tornaram mais constantes ate que,
novamente, brilhou a estrela de Mbappé para fazer justiça ao melhor desempenho
dos franceses: 2x1. Depois a França foi quem teve mais perto de fazer outro.
Contra o México a Argentina entrou imensamente pressionada. A derrota
inesperada na partida contra a Arábia Saudita obrigava o time a ir para cima e
foi sem muita criatividade. O jogo foi fraco, na etapa inicial, e o México só
teve a melhor oportunidade na cobrança
de falta com Alexis Veja que o goleiro
Emiliano Martínez defendeu. Também só Lautaro Martínez conseguiu criar perigo
com uma cabeçada que saiu pela linha de fundo. No segundo tempo a Argentina,
com algumas modificações, tomou conta do meio de campo e encurralou o México.
Messi se movimentou mais e cobrou uma falta, por cima da meta. Era seu sinal de
que estava vivo. E o gênio apareceu, no ataque seguinte, Di María serviu o
camisa 10 na entrada da área, e o craque finalizou como somente um craque faz:
a bola passando por um mar de pernas e indo se aninhar no cantinho, aos 18
minutos. Com o alívio surgiu o apoio maciço da torcida da Argentina nas
arquibancadas do Lusail empurrando o time. E neste ritmo só uma vez o México
teve chance de fazer alguma coisa. Tudo indicava que a partida teria somente um
gol até que, aos 41 minutos, o volante Enzo Fernández recebeu um passe do lado
esquerdo da área depois de uma cobrança
curta de escanteio, driblou o marcador e chutou com perfeição no ângulo oposto.
Ochoa se esticou todo, mas não teve como evitar o golaço que recuperou o
mundial para os albicelestes. Depois tudo virou festa e o fantasma da
desclassificação parece ter sido afastado. É verdade que terão pela frente a
Polônia, um osso duro de roer, todavia, cheios de confiança, os argentinos
passaram a depender de si próprio e podem se classificar até com um empate
dependendo dos resultados da última rodada. O fato é que tanto Mbappé, pela
França, como Lionel Messi, pela Argentina, brilharam e mostraram porque são
respeitados: sem eles, dificilmente, suas equipes estariam na situação que se
encontram. Decisivos.
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