Sexta-feira, 28 de setembro de 2018 - 15h08
Silvio Persivo (*)
É um exercício inútil, bem sei, mas, em época eleitoral, gosto de fuçar nos números das pesquisas. Foi o que fiz com os últimos números do IBOPE relativos aos resultados divulgados no último dia 24 de setembro que estão disponíveis por estado no link https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2018/eleicao-em numeros/noticia/2018/09/26/pesquisas-ibope-nos-estados-veja-evolucao-da-intencao-de-voto-para-presidente-26-09.ghtml. É verdade que faltam lá os números dos estados do Paraná e do Espírito Santo, mas, não eliminam a possibilidade de se fazer algumas análises, quando as eleições estão, aparentemente, polarizadas, de vez que Bolsonaro surge com 27%, seguido por Haddad com 21% e o mais próximo deles seria Ciro com apenas 12%.
Vendo os dados por estado o que salta aos olhos é que Bolsonaro vence em 15 estados e no DF, incluindo os três maiores colégios eleitorais: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Já Haddad só lidera em sete estados, todos do Nordeste. Fora eles, somente Ciro Gomes ganha no Ceará. Quando se somam os votos totais, considerando apenas os válidos, ou seja, considerando 20% a menos dos votos, se verifica que Bolsonaro apresenta 30, 7 milhões de votos contra 23,4 milhões de Haddad, uma diferença muito significativa de 7,3 milhões de votos. Acrescente-se que Haddad no Nordeste inteiro consegue ter uma diferença de 3,9 milhões de votos, o que é muito significativo, porém, só em São Paulo, ironicamente, onde o petista foi prefeito da capital, Bolsonaro consegue ter uma diferença de 5,6 milhões de votos. No Rio de Janeiro, a diferença é de 2,1 milhões de votos; em Minas Gerais de 1,6 milhões de votos e no Rio Grande do Sul é de 1,2 milhões de votos. Em suma, é uma surra monumental, considerando o atual retrato do instituto de pesquisa.
Interessante também é verificar que, se considerarmos os votos válidos, teríamos, sem considerar os dois estados que não aparecem na pesquisa, algo como 109.587.875 votos válidos ( pode ser alguma coisa mais ou menos). Não precisamos ser muito exatos numa especulação. Ora, os demais candidatos reuniriam, neste contexto, algo como 23% dos votos válidos, ou seja, considerando que Bolsonaro possui 28% deles e, pelos dados por estados, Haddad somente 23,1%, então ainda existem cerca de 25% dos votos em disputa e não apenas os 18% dos brancos e nulos ou dos que não sabem ou não responderam. Talvez isto explique muito dos ataques insanos, de última hora, contra Bolsonaro: a decisão desses votos se dará na última e decisiva semana. O esforço, a artilharia pesada que se vê contra Bolsonaro, mesmo aceitando os números do IBOPE, parece comprovar que o temor real é de que Bolsonaro ganhe mesmo no primeiro turno. Inclusive porque, no Nordeste também, o antipetismo cresce de uma forma exponencial. De qualquer forma o que os dados mostram, de vez que a própria pesquisa informa que 85% dos votos de Bolsonaro são cristalizados, é que carece de sentido pensar que será possível batê-lo fácil se houver um segundo turno. Seja quem for encontrará um candidato com forte contingente eleitoral nos maiores colégios eleitorais do País e que se assemelha a massa de bolo: quanto mais batem mais cresce.
(*) É Doutor em Desenvolvimento Sustentável pelo NAEA/UFPª e Professor de Economia Internacional da UNIR.
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