Quinta-feira, 26 de novembro de 2015 - 19h10
Silvio Persivo (*)
Há certos tipos de comportamento que me incomodam e, por ser uma pessoa até certo ponto antiga, ainda do tempo em que o Brasil possuía tecnologia de boas maneiras, me incomodam muito mesmo, até mesmo em alguns bons amigos que tenho, a forma como agem. Não sei explicar, sob o ponto de vista psicológico, que, por sinal, não é meu forte, a razão, porém, elas existem, pois, assim como acontece com muitas pessoas que pegam na direção de um veículo ou de motoqueiros, que se acreditam ases do motociclismo, muitas vezes, também as pessoas que se colocam diante da tela de um computador parecem perder a própria personalidade e passam a agir como se fossem selvagens ou brutos. É a impressão que tenho quando vejo certas coisas, em especial, no Facebook ou no Whatsapp, embora seja quase ausente de sua utilização pela interatividade que provoca.
Sou um dos que creem que as redes sociais são um importante instrumento de relacionamento. Acredito mesmo que, hoje em dia, seja imprescindível estar nelas que nos auxiliam sob diversos aspectos da vida e da profissão. Para mim, é impossível não estar, por exemplo, na internet e, com extrema frequência, uso os e-mails, sou um blogueiro permanente e gosto de passear no Instagram. Enfim, sou um dinossauro com certa tendência para o mundo digital, mas, embora faça diferença entre as mídias digitais e o mundo real, não creio que a ética que nos move possa ser diferentes e não nortear o nosso comportamento em ambas as esferas. Não é o que parece acontecer com muitas pessoas que parecem mudar completamente de personalidade pelo seu comportamento no mundo digital.
É comum que, por exemplo, me surpreenda com pessoas que, face a face, sejam muito delicadas e tolerantes em relação as opiniões alheias se comportem na discussão virtual como se fossem verdadeiros trogloditas. Também me espanta, fora a quantidade de besteirol que se reproduz, os convites inumeráveis para jogos ou temas que, em nada, nos interessam, além da quantidade de comportamentos e fotos inapropriadas, de vídeos preconceituosos ou até mesmo pornográficos, de correntes sem sentido, de convites religiosos ou orações sem consideração pela religiosidade do outro e comentários completamente descabidos. E, para minha surpresa, partem, justamente, de pessoas que jamais pensaria que se comportariam assim. Como sou tolerante e democrático prefiro não dizer nada, todavia, também, em muitos casos, surgem as ameaças de ser excluído pelo silêncio ou deixar de ser amigo por não ler algo que, no fundo, é coisa de quem não tem o que fazer no momento. São formas comuns que costumam desfazer as imagens pessoais nas redes (e, por via de consequencia, fora delas). Isto sem contar os casos de vaidade explicita, de pessoas que não dão um passo sem um selfie ou um comentário. Longe de mim querer moldar todo mundo, mas, por que se expor além do necessário, se isto é até perigoso para a própria vida? Não, não pretendo ter uma resposta. Mas, previno aos amigos, que evitem certas imagens, que usem as imagens privadas com moderação. Afinal ninguém precisa saber o que você come e bebe nem passa suas férias. Menos ainda ficam bem os palavrões ou os comentários maldosos ou falar mal de colegas de trabalho, de faculdades ou até mesmo de empresas. É preciso lembrar que seu procedimento na internet pode subsidiar tanto os bandidos que assaltam pessoas como também os conteúdos podem gerar uma imagem completamente falsa de sua pessoa. Lembre-se que o ambiente digital é público e tudo que se vê nele é como um cartaz posto no meio da rua. Seja prudente e cuide da sua imagem.
(*) É Doutor em Desenvolvimento Sustentável pelo NAEA/UFPª e professor de Economia Internacional da UNIR.
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